tag:blogger.com,1999:blog-42021802047818654162024-02-20T16:29:37.561-08:00PROF CARLOSJA - LITERATURALITERATURAhttp://www.blogger.com/profile/13323491515933595802noreply@blogger.comBlogger38125tag:blogger.com,1999:blog-4202180204781865416.post-49875074074604481592012-08-21T13:09:00.001-07:002012-08-21T13:09:09.483-07:00A viagem do Elefante - Análise
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt;">HISTÓRIA</span></b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt;"></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt;">O elefante Solimão pertencia ao império português.
O animal vivia em Lisboa, aos cuidados de Subhro, o cornaca (condutor de
elefantes). A viagem do elefante tem início quando o rei de Portugal, D. João
III, precisava com urgência de uma presente de casamento para o herdeiro do
trono dos Habsburgo, arquiduque austríaco Maximiliano II. Daí ele lembra de ter
recebido um elefante indiano uns anos antes, que para ele já não tinha
utilidade.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt;">Nessa nova etapa, Solimão e Subhro terão as
identidades mudadas. O elefante passa por uma boa lavagem e recebe novas
roupas. Ele e seu condutor terão os nomes alterados. A mudança de identidade
não os agrada. Passam a se chamar Salomão e Fritz. Fritz é um nome comum na
Áustria, mas será o único com um elefante.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt;">O cornaca tem grande carinho pelo elefante. Os dois
viajam pela Europa de Lisboa a Espanha, de barco para Génova e atravessam as
apertadas passagens dos Alpes no Inverno para chegar a Viena. A partir de
então, o narrador passará a contar a história da longa viagem empreendida por
Salomão e Fritz, primeiramente de Portugal a Espanha, onde se detinha a
comitiva de Maximiliano II, e de Espanha a Áustria, incluindo-se aí uma
perigosa viagem marítima pelo Mediterrâneo e uma quase suicida travessia dos
Alpes.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt;">CARACTERÍSTICAS</span></b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt;"></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt;">“A Viagem do Elefante” aparenta uma simplicidade e
uma linearidade que parecem destoar da obra do autor. A história serve apenas
como pano de fundo para que José Saramago exercite seu mais fino humor e sua
mordaz ironia à burocracia de Estado e à corrupção intrínseca dos indivíduos.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt;">Assim, não foi casual a escolha de um elefante como
personagem central do livro. É Solimão (ou Salomão) que move a burocracia de um
Estado inoperante, muito mais preocupado com sua perpetuação e imagem, do que
com sua eficiência junto às necessidades de seu povo, e é em torno e em função
dele que se destacará toda uma comitiva e para qual se contratarão funcionários
que possam suprir suas necessidades particulares e tornar possível e segura sua
viagem.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt;">Solimão é, desta feita, o próprio Estado, cuja
ineficácia burocrática José Saramago discutiu em livros como “Todos os Nomes” e
“Ensaio sobre a Lucidez”, dentre outros. Subhro (ou Fritz), o cornaca, por sua
vez, constitui-se como personagem complexo: indiano de origem, emigrou para
Portugal acompanhando Solimão, a quem trata, treina e guia.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt;">Apesar de servir a seu soberano, seja este o rei
português ou o arquiduque austríaco, é dado a arroubos de autonomia, e chega a
contestar e ironizar seus superiores hierárquicos. Sabendo-se fundamental aos
interesses do seu governo, considerando ser o único a conhecer as manhas e
artimanhas de Solimão, Subhro emite suas opiniões próprias e, em nome do
bem-estar do elefante (e, consecutivamente, dos interesses de Estado), chega a
impor condições para a viagem.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt;">Entretanto, como todo ser humano, deixa-se levar
também por seus interesses próprios e, sempre que pode, usa do Estado (no caso,
Solimão) para obter lucros e benefícios pessoais, como no episódio em que passa
a vender pelos do animal a uma população crédula depois de ter usado o
paquiderme para forjar um milagre – uma clara referência ao momento em que a
história é ambientada, quando na Europa eclodiram os movimentos da Reforma
Protestante e da Contra-Reforma Católica.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt;">PARTES DO LIVRO</span></b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt;"></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt;">Primeira parte<span> </span></span></b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt;"><br />
Início da viagem, quando o rei de Portugal resolve se desfazer do elefante que
já não lhe tinha utilidade e estava sujo e abandonado. Como pretexto, aproveita
para dá-lo como presente de casamento ao arquiduque da Áustria. Além de se
livrar dos gastos com o paquiderme o monarca aproveita a oportunidade para dar
um presente exuberante.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt;">Segunda parte<span> </span></span></b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt;"><br />
O arquiduque aceita o presente. Agora eles precisam tomar as providências para
o transporte do elefante, que seguirá acompanhado do cornaca, Subhro.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt;">Terceira parte<span> </span></span></b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt;"><br />
A viagem é iniciada. Parte a comitiva formada por Subhro, dois ajudantes,
homens do abastecimento, carro de bois com água, pelotão de cavalaria, carro da
intendência puxado por mulas. A viagem é vagarosa pois dependem do ritmo dos
bois e precisam aguardar os longos banhos do elefante. Subhro, que entende do
cuidado com os animais, precisa expor suas ideias, mas com cuidado para não
desrespeitar a autoridade do comandante. O cornaca sugere que consigam, de
algum proprietários das redondezas, mais uma junta de bois para acelerar a
viagem.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt;">Quarta parte<span> </span></span></b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt;"><br />
Nessa parte eles irão colocar em prática a ideia do cornaca. Eles encontram uma
propriedade de um conde, em uma aldeia.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt;">Quinta parte<span> </span></span></b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt;"><br />
Eles passam por um temporal, inesperado na época de verão. Agora, terão que se
abrigar nas aldeias. Em uma delas, é discutido ao redor de uma fogueira
aspectos das religiões. É contada a história do deus com cabeça de elefante –
Ganesha. Os aldeãos começaram a acreditar que o elefante era um deus. Eles
trataram de informar o padre local. Pela manhã, foi feito um exorcismo em
Salomão. Ao final dessa parte um nevoeiro toma conta do local, trazendo
transtornos para alguns ajudantes que se perdem.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt;">Sexta parte<span> </span></span></b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt;"><br />
O comandante expressa saudades da família. Será o gancho que o autor terá para
acrescentar nessas lembranças as aventuras literárias do Amadis de Gaula
(novela de cavalaria). Os viajantes não passarão por Castela. Prevenidos, eles
vão até Castelo Rodrigo, seguindo orientações de carta enviada ao arquiduque.
Ela indicava que uma força militar espanhola ou austríaca estaria no local a
espera deles.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt;">Sétima parte<span> </span></span></b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt;"><br />
A caravana portuguesa chega antes dos espanhóis e austríacos em Castelo
Rodrigo.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt;">Oitava e nona parte<span> </span></span></b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt;"><br />
O destaque é para a expectativa dos portugueses pela chegada da suposta tropa
inimiga. Ao chegarem os austríacos querem levar o elefante. O comandante aceita
somente se sua tropa puder ir junto até Valladolid, para entregar o presente
pessoalmente.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt;">Décima parte<span> </span></span></b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt;"><br />
As duas tropas viajarão juntas. A vontade do comandante austríaco era de levar
o elefante sem a companhia dos portugueses para ganhar o mérito sozinho.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt;">Décima primeira parte<span> </span></span></b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt;"><br />
Acontece a chegada a Valladolid. É ordenada a troca do nome do elefante e do
cornaca, por serem difíceis de pronunciar. A viagem continuará por territórios
espanhóis e italianos. No caminho acontece um suposto milagre do elefante. Ele
teria se ajoelhado diante da catedral de Pádua. Um milagre fabricado pelo
cornaca, que adestrava o animal. A etapa seguinte é enfrentar o desfiladeiro de
Brunir e em seguida viagem fluvial. Pelo caminho, Solimão era aplaudido,
virando um eficiente instrumento político. Outro “milagre” acontece na chegada
a Viena. O elefante salva uma menina de cinco anos. Ele evita que seja
pisoteada por ele mesmo, pegando-a com a tromba e devolvendo aos pais.</span></div>
<b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Décima segunda parte<span> </span></span></b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><br />
A morte do elefante é citada na abertura do capítulo. A causa é desconhecida.
Após ser esfolado, cortaram suas patas dianteiras que após a higienização foram
servir de recipiente para depositar bengalas e afins na porta do palácio.
Subhro recebeu generosa quantia em dinheiro do arquiduque e o usa para comprar
uma mula e burro. Ao comunicar a morte do animal aos reis de Portugal,
tratando o elefante como um herói, a rainha Catarina (que só pensava em se
livrar de </span>LITERATURAhttp://www.blogger.com/profile/13323491515933595802noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4202180204781865416.post-85912019765028660232012-08-21T13:05:00.001-07:002012-08-21T13:05:51.543-07:00"A Viagem do Elefante" é uma metáfora da vida humana - José Saramago
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt;">"A
Viagem do Elefante" é uma metáfora da vida humana - José Saramago</span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt;">© 2008 LUSA - Agência de Notícias de Portugal, S.A.</span></b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt;"> 05 Nov, 2008, 14:51 </span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Times New Roman","serif";">** Ana Nunes Cordeiro, da Agência Lusa **</span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Lisboa,
05 Nov (Lusa) - Existiu, no século XVI, um paquiderme indiano que caminhou de
Lisboa a Viena, ao qual José Saramago chamou Salomão e cuja história conta no
seu novo livro, "A Viagem do Elefante", uma metáfora da vida humana.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">"O
livro narra uma viagem de um elefante que estava em Lisboa, e que tinha vindo
da Índia, um elefante asiático que foi oferecido pelo nosso rei D. João III ao
arquiduque da Áustria Maximiliano II (seu primo). Isto passa-se tudo no século
XVI, em 1550, 1551, 1552. E, portanto, o elefante tem de fazer essa caminhada,
desde Lisboa até Viena, e o que o livro conta é isso, é essa viagem",
disse o escritor, em entrevista à Lusa.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Apesar
das mais de 250 páginas do livro, uma edição da Caminho que estará quinta-feira
nas livrarias, Saramago considera-o um conto, e não um romance, "porque
lhe falta o que caracteriza em primeiro lugar um romance: uma história de amor
-o elefante não conhece uma elefanta no caminho - e conflitos, crises",
argumentou.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Para este
novo livro, o escritor não encontrou informação histórica suficiente "para
dar consistência a essa viagem, porque alguma coisa teria de acontecer enquanto
a viagem durou, e durou meses", pelo que lhe restou "a invenção,
fabricar uma história".</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">"Os
dados históricos eram pouquíssimos e o que há tem que ver principalmente já com
o que se passou depois da chegada do elefante à Áustria. Daqui de Lisboa até
lá, não se sabe o que aconteceu. Sabe-se, ou parte-se do princípio de que foi
de Lisboa até Valladolid - onde o arquiduque era, desde há dois ou três anos,
regente, em nome do imperador Carlos V (de quem era genro) -, que embarcou no
porto da Catalunha para Génova e que tudo o que não foi esta pequena viagem de
barco foi, como costumamos dizer, à pata", resumiu.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Teve
conhecimento da história "há uns anos, já bastantes", em Salzburgo,
cidade a que se deslocou a convite da universidade e onde foi recebido pela
leitora de português Gilda Lopes Encarnação.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">"Creio
que no próprio dia da minha chegada fomos jantar com outros professores a um
restaurante que se chamava `O Elefante`. O simples nome do restaurante não era suficiente
para despertar a minha curiosidade, mas a verdade é que lá dentro havia uma
escultura relativamente grande representando um elefante e havia, sobretudo, um
friso de pequenas esculturas que, entre a Torre de Belém, que era a primeira, e
outra de um monumento ou edifício público que representaria Viena, marcava o
itinerário do elefante entre Lisboa e Viena. Perguntei-lhe o que era aquilo,
ela contou-me e, naquele momento, eu senti que aquilo podia dar uma
história", relatou.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Começou a
escrever em Fevereiro de 2007, altura em que já estava bastante doente, com um
problema respiratório, escreveu "umas 40 páginas" e parou, porque a
doença se agravou, e acabou por ser hospitalizado durante três meses, tendo
chegado a pensar que não terminaria o livro. Mas recuperou, regressou a casa em
Fevereiro deste ano, embora "mal" - "de certo modo, uma sombra
de mim mesmo", observou -, pôs-se logo a escrever e acabou-o em Agosto, no
dia 12. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">"[Contei
esta história] em primeiro lugar, porque me apeteceu, e em segundo lugar,
porque, no fundo - se quisermos entendê-la assim, e é assim que a entendo - é
uma metáfora da vida humana: este elefante que tem de andar milhares de
quilómetros para chegar de Lisboa a Viena, morreu um ano depois da chegada e,
além de o terem esfolado, cortaram-lhe as patas dianteiras e com elas fizeram
uns recipientes para pôr os guarda-chuvas, as bengalas, essas coisas",
referiu.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">"Quando
uma pessoa se põe a pensar no destino do elefante - que, depois de tudo aquilo,
acaba de uma maneira quase humilhante, aquelas patas que o sustentaram durante
milhares de quilómetros são transformadas em objectos, ainda por cima de mau
gosto - no fundo, é a vida de todos nós. Nós acabamos, morremos, em
circunstâncias que são diferentes umas das outras, mas no fundo tudo se resume
a isso", defendeu.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Sobre a
epígrafe do livro, o prémio Nobel da Literatura português sustentou que esta
"é muito clara quando diz `sempre acabamos por chegar aonde nos
esperam`".</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">"E o
que é que nos espera? A morte, simplesmente. Poderia parecer gratuita, sem
sentido, a descrição, que não é exactamente uma descrição, porque é a invenção
de uma viagem, mas se a olharmos deste ponto de vista, como uma metáfora, da
vida em geral mas em particular da vida humana, creio que o livro funciona",
comentou.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
LITERATURAhttp://www.blogger.com/profile/13323491515933595802noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4202180204781865416.post-14136011671068679852012-06-19T13:36:00.003-07:002012-06-19T13:36:40.694-07:00<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
O trabalho realizado pelas minha queridas alunas da oitava série do conexão. </div>LITERATURAhttp://www.blogger.com/profile/13323491515933595802noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4202180204781865416.post-85446387045573905812012-05-22T13:06:00.001-07:002012-05-22T13:06:41.795-07:00LITERATURAhttp://www.blogger.com/profile/13323491515933595802noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4202180204781865416.post-42042868532732366302012-04-15T09:14:00.000-07:002012-04-15T09:14:09.014-07:00FERNANDO PESSOA E SEUS HETERÔNIMOS<link href="file:///C:%5CUsers%5CCARLIN%7E1%5CAppData%5CLocal%5CTemp%5Cmsohtmlclip1%5C01%5Cclip_filelist.xml" rel="File-List"></link><link href="file:///C:%5CUsers%5CCARLIN%7E1%5CAppData%5CLocal%5CTemp%5Cmsohtmlclip1%5C01%5Cclip_editdata.mso" rel="Edit-Time-Data"></link><!--[if !mso]>
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PESSOA E SEUS HETERÔNIMOS<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;">Importante!<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;">Vocês
já estão no último ano, um passo para a Universidade. Têm que ter o pensamento
crítico! Saber discernir cada heterônimo de Fernando Pessoa é um passo muito
relevante!<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;">Então,
mãos a obra! Carlos <o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;">MODERNISMO
PORTUGUÊS<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;">Marco inicial do Modernismo português: publicação de
<i>Orpheu</i>, 1915 – revista trimestral que teve apenas dois números
publicados (participação do brasileiro Ronald de Carvalho)</span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;"><span> </span>Principais
poetas: Mário Sá-Carneiro, Almada Negreiros, Fernando Pessoa.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;">Fernando
Antônio Nogueira Pessoa (Fernando Pessoa) </span></b><b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpFirst" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-indent: -18pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: Symbol; font-size: 10pt; line-height: 115%;"><span>·<span style="font: 7pt "Times New Roman";">
</span></span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;">Lisboa –
1888-1935</span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-indent: -18pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: Symbol; font-size: 10pt; line-height: 115%;"><span>·<span style="font: 7pt "Times New Roman";">
</span></span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;">Escreveu em
diversas línguas</span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpLast" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-indent: -18pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: Symbol; font-size: 10pt; line-height: 115%;"><span>·<span style="font: 7pt "Times New Roman";">
</span></span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;">Multifacetação
do sujeito: </span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;">Personalidades
literárias</span></b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;"> (Coelho Pacheco,
Alexandre Search, Vicente Guedes, Charles Robert Anon), </span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;">Heterônimos
</span></b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;">(Álvaro de Campos, Alberto Caieiro, Ricardo Reis)</span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;"><span> </span>Semi-heterônimo</span></b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;"> (Bernardo Soares) </span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;">Ortônimo</span></b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;"> (Fernando Pessoa)</span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;">Heteronimia</span></b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;">: podemos considerá-los outros EUS que habitam o
poeta – inclusive, tais “eus” possuem diferentes<span> </span>biografias, traços físicos, profissões – a
mais importante característica: cada heterônimo possui um tipo de abordagem/visão
de escrita.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="color: black; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;">"O desdobramento do eu é um fenômeno em grande número de
casos de masturbadores", escreveu Pessoa.</span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;">Antônio
José Saraiva</span></b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;">: “A sua obra,
como já foi dito, é uma literatura inteira, isto é, um conjunto de autores a
que ele chamou os seus heterônimos, cada um dos quais tem um estilo e uma
atitude que os distingue dos mais.”</span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;">Luís
Augusto Fischer</span></b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;">: “É como se
esses <i>eus</i> múltiplos e diferentes explodissem dentro do artista, gerando
poesias singularmente diversas.”</span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;">Álvaro
de Campos </span></b><b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;">“Multipliquei-me, para me sentir</span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;">Para me sentir, precisei sentir tudo. (...)</span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;">E há em cada canto da minha alma um altar a um deus
diferente”</span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<b><u><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;">Álvaro
de Campos</span></u></b><b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;"> </span></b><b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;"><span> </span>>
Engenheiro, formado em Glasgow</span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;">> Homem voltado para seu tempo – exaltação da
modernidade: máquinas, multidões, velocidade - associação com o Futurismo</span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;">> Questões existenciais/metafísicas</span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;">> Angústia </span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;">> Melancolia </span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;">> Indignação (falsidade, valores)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;">A
lucidez: Engana-se quem pensa que Álvaro de Campos é emoção, sistema nervoso,
febre; ele é, principalmente, lucidez.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;">“[...]<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;">Coitado
do Álvaro de Campos, com quem ninguém se importa!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;">Coitado
dele que tanta pena de si mesmo!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;">E,
sim, coitado dele!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;">Mais
coitado dele de que muitos que são vadios e vadiam,<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;">Que
são pedintes e pedem.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;">Porque
a alma humana é um abismo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;">Eu
é que sei. Coitado dele!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;">Que
bom poder-me revoltar no comício dentro da minha alma! <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;">Mas
até nem parvo sou!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;">Nem
tenho a defesa de poder ter opiniões sociais.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;">Não
tenho, mesmo, defesa nenhuma: sou lúcido.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;">Não
me queiram me converter a convicção: sou lúcido.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;">Já
disse: sou lúcido.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;">Nada
de estéticas com coração: sou lúcido.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;">Merda!
Sou lúcido.” Álvaro de Campos <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<b><u><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;">Ode
triunfal</span></u></b><b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;">À dolorosa luz das grandes lâmpadas elétricas da
fábrica</span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;">Tenho febre e escrevo.<span> </span></span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;">Escrevo rangendo os dentes, fera para a beleza
disto,<span> </span></span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;">Para a beleza disto totalmente desconhecida dos
antigos.</span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;">Ó rodas, ó engrenagens, r-r-r-r-r-r-r eterno!<span> </span></span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;">Forte espasmo retido dos maquinismos em fúria!<span> </span>(...) </span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<!--[if gte vml 1]><v:shape
id="Imagem_x0020_1" o:spid="_x0000_s1026" type="#_x0000_t75" style='position:absolute;
margin-left:229.9pt;margin-top:57.4pt;width:83.25pt;height:92.25pt;z-index:251659264;
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<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;">E há Platão e Virgílio dentro das máquinas<span> </span>das luzes elétricas</span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;">Ah,poder exprimir-me todo como um motor se exprime!</span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;">Ser completo como uma máquina!</span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;">Poder ir na vida triunfante como um automóvel último
modelo! (...)</span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;">Eu podia morrer triturado por um motor</span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;">Com o sentimento de deliciosa entrega duma mulher
possuída.</span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<b><u><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;">Alberto
Caeiro </span></u></b><b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;">> Considerado o mestre dos outros heterônimos</span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;">> Foge do conhecimento dos livros, de teorias
filosóficas e científicas - antimetafísico</span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;">> Retrata o campo exaltando a natureza - viver
simplesmente</span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;">> Linguagem coloquial</span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;">> <i>O Guardador de Rebanhos </i>(49 poemas)</span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;">I<span> </span>- Pensar
incomoda como andar à chuva</span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;">Quando o vento cresce e parece que chove mais</span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;">Não tenho ambições nem desejos</span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;">Ser poeta não é uma ambição minha</span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;">É a minha maneira de estar sozinho. (...)</span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;">E ao lerem os meus versos pensem</span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;">Que sou qualquer coisa natural</span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;">V - Há metafísica bastante em não pensar em nada.</span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;">O que eu penso do mundo? </span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;">Sei lá o que penso do mundo!</span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;">Se eu adoecesse pensaria nisso. (...)</span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;">Metafísica? Que metafísica têm aquelas árvores?</span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;">A de serem verdes e copadas e de terem ramos</span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;">E a de dar fruto na sua hora, o que não nos faz
pensar </span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;">A nós, que não sabemos dar por elas.</span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;">Mas que melhor metafísica que a delas,</span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;">Que é a de não saber para que vivem</span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;">Nem saber que o não sabem?</span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;">VI - Pensar em Deus é desobedecer Deus,</span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;">Porque Deus quis que o não conhecêssemos,</span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;">Por isso se nos não mostrou…</span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;">Sejamos simples e calmos,</span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;">Como os regatos e as árvores,</span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;">E Deus amar-nos-á fazendo de nós</span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;">Belos como as árvores e os regatos,</span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;">E dar-nos-á verdor na sua primavera,</span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;">E um rio aonde ir ter quando acabemos</span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<b><u><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;">Ricardo
Reis</span></u></b><b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;"><span> </span>> Amante
das culturas grega e latina.</span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;"><span> </span>> Criador
de odes </span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;"><span> </span>> Valoriza
a vida campestre</span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;"><span> </span>> A
passagem do tempo </span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;"><span> </span>> CARPE
DIEM</span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;"><span> </span>> Morte
como destino inevitável</span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;"><span> </span>>
Considerado o heterônimo clássico de Pessoa</span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;"><span> </span>> Vida
equilibrada, sem exageros </span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;"><span> </span>> Presença
da mitologia pagã</span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;">“Vem sentar-te comigo Lídia, à beira do rio.<br />
Sossegadamente fitemos o seu curso e aprendamos<br />
Que a vida passa, e não estamos de mãos enlaçadas. </span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;">(Enlacemos as mãos.)</span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;">Depois pensemos, crianças adultas, que a vida<br />
Passa e não fica, nada deixa e nunca regressa,<br />
Vai para um mar muito longe, para ao pé do Fado, </span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;">Mais longe que os deuses.</span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;">Desenlacemos as mãos, porque não vale a pena
cansarmo-nos.<br />
Quer gozemos, quer não gozemos, passamos como o rio.<br />
Mais vale saber passar silenciosamente (...)</span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;">Amemo-nos tranqüilamente, pensando que podíamos,</span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;">Se quiséssemos, trocar beijos e abraços e carícias,</span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;">Mas que mais vale estarmos sentados ao pé um do
outro </span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;">Ouvindo correr o rio e vendo-o.”</span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;">“Tão cedo passa tudo quanto passa!</span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;">Morre tão jovem ante os deuses quanto</span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;">Morre! Tudo é tão pouco!</span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;">Nada se sabe, tudo se imagina.</span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;">Circunda-te de rosas, ama, bebe</span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;">E cala. O mais é nada!”</span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;">“Antes de nós nos mesmos arvoredos</span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;">Passou o vento, quando havia vento,</span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;">E as folhas não falavam</span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;">De outro modo do que hoje. (…)</span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;">Inutilmente parecemos grandes.</span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;">Salvo nós nada pelo mundo fora</span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;">Nos saúda a grandeza</span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;">Nem sem querer nos serve.</span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;">Se aqui, à beira-mar, o meu indício</span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;">Na areia o mar com ondas três o apaga,</span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;">Que fará na alta praia</span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;">Em que o mar é o Tempo?”</span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;">“Uns, com os olhos postos no passado, <br />
Vêem o que não vêem: outros, fitos <br />
Os mesmos olhos no futuro, vêem <br />
O que não pode ver-se. </span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;">Por que tão longe ir pôr o que está perto — <br />
A segurança nossa? Este é o dia, <br />
Esta é a hora, este o momento, isto <br />
É quem somos, e é tudo. </span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;">Perene flui a interminável hora <br />
Que nos confessa nulos. No mesmo hausto <br />
Em que vivemos, morreremos. Colhe <br />
o dia, porque és ele.”</span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;">Fernando
Pessoa</span></b><b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;">> <b>Ortônimo</b> (ou heterônimo)</span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<i><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;">> Mensagem</span></i><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;"> (publicada em 1934, é a única obra que o poeta viu ser lançada, um ano
antes de sua morte) – canta os mitos e heróis passados de Portugal.</span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;">> A obra <i>Mensagem</i> está dividido em três
partes: e</span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;">- 1a. Parte - <i><u>Brasão</u></i>: conta-se a
história das glórias portuguesas</span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;">- 2a. Parte - <i><u>Mar</u></i><u> <i>Português</i></u>:
são apresentadas as navegações e conquistas marítimas de Portugal</span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;">- 3a. Parte - <i><u>O Encoberto</u></i>: o mito
sebastianista de retorno de Portugal às épocas de glória é o foco principal</span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;">X
- Mar Português</span></b><b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;">Ó mar salgado, quanto do teu sal</span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;">São lágrimas de Portugal!</span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;">Por te cruzarmos, quantas mães choraram,</span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;">Quantos filhos em vão rezaram!</span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;">Quantas noivas ficaram por casar</span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;">Para que fosses nosso, ó mar!</span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;">Valeu a pena? Tudo vale a pena</span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;">Se a alma não é pequena.</span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;">Quem quere passar além do Bojador</span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;">Tem que passar além da dor.</span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;">Deus ao mar o perigo e abysmo deu,</span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;">Mas nelle é que espelhou o céu.</span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<i><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;">></span></i><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;"> Saudade</span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;">> Solidão</span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;">> Nostalgia</span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;">> Melancolia </span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;">> Tédio</span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<b><u><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;">Quando
Ela Passa</span></u></b><b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;">Quando eu me sento à janela</span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;">P’los vidros<span>
</span>que a neve embaça</span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;">Vejo a doce imagem dela</span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;">Quando passa… passa… passa…</span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;">Lançou-me a mágoa sem véu: - </span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;">Menos um ser neste mundo</span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;">E mais um anjo no céu.</span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;">Quando eu me sento à janela,</span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;">P’los vidros que a neve embaça</span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;">Julgo ver a imagem dela</span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;">Que já não passa… não passa…</span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<b><u><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;">AUTOPSICOGRAFIA
</span></u></b><b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;">O poeta é um fingidor.<br />
Finge tão completamente<br />
Que chega a fingir que é dor<br />
A dor que deveras sente. </span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;">E os que lêem o que escreve,<br />
Na dor lida sentem bem,<br />
Não as duas que ele teve,<br />
Mas só a que eles não têm. </span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;">E assim nas calhas de roda</span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;">Gira, a entreter a razão,</span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;">Esse comboio de corda</span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;">Que se chama coração.</span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<b><u><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;">Bernardo
Soares</span></u></b><b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;">> Considerado pelo próprio Fernando Pessoa um
“semi-heterônimo” - mistura os estilos do ortônimo (ou heterônimo) Fernando
Pessoa e do heterônimo Álvaro de Campos <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<br /></div>
<br /><b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 150%;"></span></b><o:p></o:p><br />
<b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 150%;"></span></b>LITERATURAhttp://www.blogger.com/profile/13323491515933595802noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4202180204781865416.post-67874152512823849382012-03-08T10:47:00.001-08:002012-03-08T10:47:06.033-08:00<h6 class="uiStreamMessage" data-ft="{"type":1}">
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgeafOwseR8yfU7liVs_QL4oLP8YlZgq9wYCOtozIyp0s3hQiwrzZ_75fVYXz5Y2OUqHJb42NdiEN1li_WAVgPRhneyh32_RJQq2sgBK20qtSN_G45X3-JoTxgxetswLtHUoSo4iAaA1ntz/s1600/mulheres.jpeg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="280" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgeafOwseR8yfU7liVs_QL4oLP8YlZgq9wYCOtozIyp0s3hQiwrzZ_75fVYXz5Y2OUqHJb42NdiEN1li_WAVgPRhneyh32_RJQq2sgBK20qtSN_G45X3-JoTxgxetswLtHUoSo4iAaA1ntz/s320/mulheres.jpeg" width="320" /></a></div>
</h6>
<h6 align="JUSTIFY" class="western">
<span style="font-size: medium;"> </span></h6>
<h6 align="JUSTIFY" class="western">
<span style="font-size: medium;"> </span></h6>
<h6 align="JUSTIFY" class="western">
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<h6 align="JUSTIFY" class="western">
<span style="font-size: medium;"> </span></h6>
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<span style="font-size: medium;"> </span></h6>
<h6 align="JUSTIFY" class="western">
<span style="font-size: medium;"> </span></h6>
<h6 align="JUSTIFY" class="western">
<span style="font-size: medium;"> </span></h6>
<h6 align="JUSTIFY" class="western">
<span style="font-size: medium;">Mulheres,
vocês são as mais belas flores que já brotaram no jardim da
existência humana. Inacreditável como uns idiotas, através de seus
atos, motivaram e motivam a lei Maria da Penha. Feliz dia das
mulheres, minhas eternas princesas, vocês merecem tudo de bom. bjs</span></h6>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<br /><span class="messageBody" data-ft="{"type":3}"><br /></span><h6 class="uiStreamMessage" data-ft="{"type":1}">
<span class="messageBody" data-ft="{"type":3}"><br /></span></h6>LITERATURAhttp://www.blogger.com/profile/13323491515933595802noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4202180204781865416.post-34243974052957470772012-03-01T11:37:00.001-08:002012-03-06T13:02:48.009-08:00<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjNUKV1TVG8jtvGmuTCeJZiEbcRIGccne5J5aUmZaEpkjzXEx1VXJ0LWqHr0_iGg6nFiM0-dZI5f-Pn4fidVC2RNXffajcujAHjE-4OOiv552g7tCEkYMhzT3uOoDeEHcGKpPHtFpj9wUlK/s1600/o+pranto.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjNUKV1TVG8jtvGmuTCeJZiEbcRIGccne5J5aUmZaEpkjzXEx1VXJ0LWqHr0_iGg6nFiM0-dZI5f-Pn4fidVC2RNXffajcujAHjE-4OOiv552g7tCEkYMhzT3uOoDeEHcGKpPHtFpj9wUlK/s200/o+pranto.jpg" width="132" /></a></div>
<title></title>
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<br />
<h3 align="CENTER" class="western">
<span style="color: black;"><span style="font-family: Times New Roman,serif;"><span style="font-size: x-small;">PRANTO
DE MARIA PARDA - GIL VICENTE - 1522</span></span></span></h3>
<div align="CENTER" class="western" style="-moz-background-clip: border; -moz-background-inline-policy: continuous; -moz-background-origin: padding; background: rgb(191, 191, 191) none repeat scroll 0% 0%;">
<span style="font-family: Times New Roman,serif;"><span style="font-size: x-small;"><b>HUMANISMO</b></span></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="text-indent: 0.5cm;">
<span style="font-family: Times New Roman,serif;"><span style="font-size: x-small;">Humanismo
é o nome que se dá à produção escrita histórica literária do
final da Idade Média e início da Moderna, ou seja, parte do século
XV e início do XVI, mais precisamente, de 1434 a 1527 . Três
atividades mais destacadas compôs esse período: a produção
historiográfica de Fernão Lopes, a produção poética dos nobres,
por isso dita Poesia Palaciana, e a atividade teatral de Gil Vicente.</span></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="text-indent: 0.5cm;">
<span style="font-family: Times New Roman,serif;"><span style="font-size: x-small;">É
interessante ressaltarmos que o termo Humanismo é polissêmico,
podendo ser considerado sob vários enfoques, ao mesmo tempo
distintos e interdependentes. Para os limites desta aula, interessa
nos o seu sentido mais estrito ou histórico, entendido enquanto o
movimento literário e cultural de uma época marcada por profundas
transformações na sociedade européia. </span></span>
</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="text-indent: 0.5cm;">
<span style="font-family: Times New Roman,serif;"><span style="font-size: x-small;">O
Humanismo, segunda Escola Literária Medieval, também conhecido como
Pré-Renascimento ou Quatrocentismo, corresponde ao período de
transição da Idade Média para a Idade Clássica. Tem como marcos
iniciais as nomeações de Fernão Lopes como Guarda-Mor da Torre do
Tombo (local onde se guardavam os documentos oficiais), em 1418 e,
como Cronista-Mor do Reino, em 1434, quando recebeu de D. Duarte, rei
de Portugal, a incumbência de escrever a história dos reis que o
precederam. </span></span>
</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="text-indent: 0.5cm;">
<span style="font-family: Times New Roman,serif;"><span style="font-size: x-small;">Historicamente
o Humanismo foi um movimento intelectual italiano do final do século
XIII que irradiou-se para quase toda a Europa, isto porque, após a
queda de Constantinopla em 1453, muitos intelectuais gregos
(professores, religiosos e artistas) refugiaram-se na Itália e
começaram a difundir uma nova visão de mundo, mais antropocêntrica,
indo de encontro à visão teocêntrica medieval. Entre as principais
idéias humanistas estavam: </span></span>
</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="text-indent: 0.5cm;">
•
<span style="font-family: Times New Roman,serif;"><span style="font-size: x-small;">retomada
da cultura antiga, através do estudo e imitação dos poetas e
filósofos greco-latinos; </span></span>
</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="text-indent: 0.5cm;">
•
<span style="font-family: Times New Roman,serif;"><span style="font-size: x-small;">revalorização
da filosofia de Platão, especialmente no que diz respeito à
distinção entre o amor espiritual e o carnal – neoplatonismo.</span></span></div>
<div align="CENTER" class="western">
<span style="font-family: Times New Roman,serif;"><span style="font-size: x-small;"><b>GIL
VICENTE</b></span></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="text-indent: 1.25cm;">
<span style="font-family: Times New Roman,serif;"><span style="font-size: x-small;"><b>Gil
Vicente (1465? — 1536?) </b></span></span><span style="font-family: Times New Roman,serif;"><span style="font-size: x-small;">é
geralmente considerado o primeiro grande dramaturgo português, além
de poeta de renome. Há quem o identifique com o ourives, autor da
Custódia de Belém, mestre da balança, e com o mestre de Retórica
do rei Dom Manuel. Enquanto homem de teatro, parece ter também
desempenhado as tarefas de músico, a tor e encenador. É
frequentemente considerado, de uma forma geral, o pai do teatro
português, ou mesmo do teatro ibérico já que também escreveu em
castelhano - partilhando a paternidade da dramaturgia espanhola com
Juan del Encina.</span></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="text-indent: 0.5cm;">
<span style="font-family: Times New Roman,serif;"><span style="font-size: x-small;">A
obra vicentina é tida como reflexo da mudança dos tempos e da
passagem da Idade Média para o Renascimento, fazendo-se o balanço
de uma época onde as hierarquias e a ordem social eram regidas por
regras inflexíveis, para uma nova sociedade onde se começa a
subverter a ordem instituída, ao questioná-la. Foi, o principal
representante da literatura renascentista portuguesa, anterior a
Camões, incorporando elementos populares na sua escrita que
influenciou, por sua vez, a cultura popular portuguesa.</span></span></div>
<div align="CENTER" class="western">
<span style="font-family: Times New Roman,serif;"><span style="font-size: x-small;"><b>PRANTO
DE MARIA PARDA</b></span></span></div>
<div align="CENTER" class="western">
<br /></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="text-indent: 0.5cm;">
<span style="font-family: Times New Roman,serif;"><span style="font-size: x-small;"><b>O
Pranto de Maria Parda</b></span></span><span style="font-family: Times New Roman,serif;"><span style="font-size: x-small;">
é uma das mais célebres </span></span><span style="font-family: Times New Roman,serif;"><span style="font-size: x-small;"><b>peças</b></span></span><span style="font-family: Times New Roman,serif;"><span style="font-size: x-small;">
de Gil Vicente. Intencionalmente, o grande dramaturgo, retratou a
realidade das classes pobres de Lisboa, no Século XVI. Contrariando
os discursos que enalteciam e louvavam a beleza e opulência da
capital de um imenso império, Gil Vicente procura desvelar a
vivência dos negros e mestiços chegados e nascidos na metrópole
que, em Quinhentos, calcula-se que perfaziam 10% da população de
Lisboa. Muitos eram alcoólatras, mal cristianizados, deprimidos pela
subvida serviçal e sem perspectivas de futuro a que estavam votados.
Vêm-se carnalizados na figura literária de Maria, perspicaz e
corrosiva observadora da sociedade, amante do vinho carrascão.
Podemos imaginar apenas o impacto que o monólogo terá tido na corte
e junto do monarca; quando se viu defronte de atrevida mestiça, da
base da pirâmide social, para mais mulher, mais a mais sexualmente
livre, assumir, entre canadas (litros) de vinho, uma das mais lúcidas
e desesperançadas críticas à sociedade dos "fumos da Índia”.</span></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="text-indent: 0.5cm;">
<span style="font-family: Times New Roman,serif;"><span style="font-size: x-small;">Gil
Vicente foi genial e arrojado, mas quinhentos anos depois já o
império se foi, já nada diz. Na linha de exigência a que acostumou
o seu público. Para lá da coisificação compulsiva, uma criatura
parda; simultaneamente pária, perdida e deambulando com desespero na
solidão, procurando uma voz que não responde: - "Não sei que
faça..." – diz. "Quem quer fogo, busque lenha!" –
troça de si. Opressão auto infligida é um retrato e metáfora da
fragilidade humana.</span></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="text-indent: 0.5cm;">
<span style="font-family: Times New Roman,serif;"><span style="font-size: x-small;">Maria
Parda, </span></span><span style="font-family: Times New Roman,serif;"><span style="font-size: x-small;"><b>poderosa
sedutora</b></span></span><span style="font-family: Times New Roman,serif;"><span style="font-size: x-small;">
cheia de espírito, </span></span><span style="font-family: Times New Roman,serif;"><span style="font-size: x-small;"><b>sorumbática
neurastênica</b></span></span><span style="font-family: Times New Roman,serif;"><span style="font-size: x-small;">,
não é fácil de ser interpretada. </span></span>
</div>
<div align="JUSTIFY" class="western">
<span style="font-family: Times New Roman,serif;"><span style="font-size: x-small;"><b>SÁTIRA
E DATAÇÃO</b></span></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="text-indent: 0.5cm;">
<span style="font-family: Times New Roman,serif;"><span style="font-size: x-small;">Se
na disposição do PMP em livro não se acham provas conclusivas
respeitantes ao estatuto da obra, procuremo-las no conhecimento das
circunstâncias que envolveram a sua produção. </span></span>
</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="text-indent: 1.25cm;">
<span style="font-family: Times New Roman,serif;"><span style="font-size: x-small;">Vem
a obra intratextualmente datada de 1522:</span></span></div>
<div align="CENTER" class="western">
<span style="font-family: Times New Roman,serif;"><span style="font-size: x-small;"><i>na
triste era de vinte</i></span></span></div>
<div align="CENTER" class="western">
<span style="font-family: Times New Roman,serif;"><span style="font-size: x-small;"><i>e
dous desd’o nascimento </i></span></span>
</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="text-indent: 0.5cm;">
<span style="font-family: Times New Roman,serif;"><span style="font-size: x-small;">Na
cronologia vicentina terá sido composição de uma época em que o
autor já não fazia os autos de El-rei D. Manuel (falecido em
Dezembro de 1521) e ainda não fazia os de D. João III. Luciana
Stegagno Picchio fala dum Gil Vicente desempregado do paço, devido
ao luto, e atuando nas ruas de Lisboa, mais perto do povo. Em 1521 já
Gil Vicente teria composto uma comédia para o então príncipe D.
João, a de Rubena, e nesse mesmo ano de 22 estaria talvez a compor o
D. Duardos para enviar e oferecer ao mesmo D. João. Pouco antes no
final de 1521, as trovas relativas à aclamação do novo rei e,
sobretudo, as cópias atribuídas fantasiosamente, pela invenção do
autor, a certos membros da nobreza, do clero e do município de
Lisboa, eram com certeza destinada ao soberano, pois vão carregadas
de conselhos para a governação, do tipo dos que figuram nas artes
de reinar. Nessas cópias, a tônica é posta na necessidade de o
jovem monarca proteger o seu povo, o gado arrepiado, as ovelhas
suspirando / sem abrigo, os lavradores, os povos menores, ou seja,
esta manada a que o rei deverá dar pasto.</span></span></div>
<div align="CENTER" class="western">
<span style="font-family: Times New Roman,serif;"><span style="font-size: x-small;"><i>porque
o povo coitado</i></span></span></div>
<div align="CENTER" class="western">
<span style="font-family: Times New Roman,serif;"><span style="font-size: x-small;"><i>não
coma pão de dolor </i></span></span>
</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="text-indent: 0.5cm;">
<span style="font-family: Times New Roman,serif;"><span style="font-size: x-small;">E
a última fala trovada é atribuída à própria personagem Povo.</span></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="text-indent: 0.5cm;">
<span style="font-family: Times New Roman,serif;"><span style="font-size: x-small;">Frei
Luís de Sousa viria a descrever com veemência, nos seus Anais a
esterilidade e a seca de 1521, assim como a fome que Lisboa viveu nos
finais desse ano e ao longo do seguinte. Em começos de 1522
morria-se de fome nas ruas da capital, tal como </span></span><span style="font-family: Times New Roman,serif;"><span style="font-size: x-small;"><b>Maria
Parda</b></span></span><span style="font-family: Times New Roman,serif;"><span style="font-size: x-small;">
vai morrer de sede. O cronista refere-se igualmente ao sofrimento do
jovem rei com a desgraça, e à medida que tomou para atenuar a
calamidade social em Lisboa. </span></span>
</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="text-indent: 0.5cm;">
<span style="font-family: Times New Roman,serif;"><span style="font-size: x-small;">No
PMP, os seis taberneiros que recusam fiar o vinho poderão
representar um mercado lisboeta sovina, nos antípodas da caridade e
do espírito das Misericórdias em que se empenhou a rainha D. Leonor
e, com ela, o próprio Gil Vicente. Por encomenda da rainha, para
ajudar as suas instituições e o espírito de caridade cristã que
as sustinha, realizara Gil Vicente uma ação teatral sobre o milagre
de São Martinho, em 1504, na igreja das Caldas, na procissão do
Corpo de Deus. Há parentescos entre o auto de São Martinho e o PMP,
e este último apresentam traços que podem ser vistos como uma
inversão parodística e carnavalesca do primeiro: tal como Maria
Parda o pobre (figura do próprio Cristo) começa por lamentar ou
prantear a sua falta, a sua miséria, e também pede. Se São
Martinho, na boa ação que realiza em cena, tematiza a virtude da
caridade institucionalizada (as Misericórdias), os taberneiros
poderão representar o vício avareza e não apenas a crise
econômica. </span></span>
</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="text-indent: 0.5cm;">
<span style="font-family: Times New Roman,serif;"><span style="font-size: x-small;">Um
dos taberneiros é um cristão-novo e todos usam sentenças
economicistas, relativas à poupança e aos preços. Ao colocar
programaticamente dois provérbios em cada uma das cópias
correspondente a cada uma das falas dos taberneiros, Gil Vicente
conjuga oportunamente, como é regra na sua produção artística, o
</span></span><span style="font-family: Times New Roman,serif;"><span style="font-size: x-small;"><b>virtuosismo
retórico do constrangimento poético</b></span></span><span style="font-family: Times New Roman,serif;"><span style="font-size: x-small;">,
a que se obriga, com a caracterização judaizante e materialista das
personagens dos vendedores.</span></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="text-indent: 0.5cm;">
<span style="font-family: Times New Roman,serif;"><span style="font-size: x-small;">As
prosopopeias animais são tradições medieval. No PMP, mais realista
e usando de outra invenção ou estratagema ficcional, igualmente
tradicional, é digna de nota a multiplicação das referências a
preços e medidas: tão alta está a canada, de crescerem as medidas,
cento e um cinquinho, a dezaseis o dão, sete mil custou à pipa,
etc.</span></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="text-indent: 0.5cm;">
<span style="font-family: Times New Roman,serif;"><span style="font-size: x-small;">Esta
será uma hipótese de sentido para a obra vicentina: </span></span><span style="font-family: Times New Roman,serif;"><span style="font-size: x-small;"><b>a
sátira à carestia, a queixa pela fome, o apelo à caridade</b></span></span><span style="font-family: Times New Roman,serif;"><span style="font-size: x-small;">.
Outra se lhe pode opor: em época de escassez, </span></span><span style="font-family: Times New Roman,serif;"><span style="font-size: x-small;"><b>Maria
Parda representa o desgoverno, o gasto excessivo com vícios
terrenos, ou mesmo o pecado</b></span></span><span style="font-family: Times New Roman,serif;"><span style="font-size: x-small;">;
os taberneiros, por oposição, são figuras que representam uma
certa prudência, baseada na sabedoria proverbial popular. </span></span><span style="font-family: Times New Roman,serif;"><span style="font-size: x-small;"><b>A
morte final de Maria Parda seria como que o castigo da sua
dissipação</b></span></span><span style="font-family: Times New Roman,serif;"><span style="font-size: x-small;">.</span></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="text-indent: 0.5cm;">
<span style="font-family: Times New Roman,serif;"><span style="font-size: x-small;">A
haver sátira, o PMP terá sido composto nos começos de 1522 ou no
fim do mesmo ano, pois é obra de Inverno: Maria Parda diz que
despejei nestes frios, referindo-se ao vinho já bebido por si, o que
lembra um Inverno adiantado. Se realmente o PMP se prestou à
atividade teatral, a determinação da época do ano não é inútil,
dado que o teatro vicentino procedia quase sempre de festas e
celebrações, querem extemporâneas e pontuais, quer cíclicas as de
natureza agrária e religiosa.</span></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="text-indent: 0.5cm;">
<span style="font-family: Times New Roman,serif;"><span style="font-size: x-small;">Em
finais de Dezembro de 1522 andava a Câmara a dialogar com o rei
acerca da imposição nova que até então vigorava sobre o vinho, e
que D. João III resolveu retirar (a 30 de Dezembro), mas que a
Câmara propôs se mantivesse por troca com o imposto ou a dedução
sobre o pão importado. Alegavam os vereadores que a imposição nova
sobre o vinho, do tempo de D. Manuel, era mais fácil de suportar que
a dita necessidade do pão, já que na cidade de Lisboa existia
abastança de vinho e assim em todas as comarcas e tal imposição
havia sempre dedução leve de sofrer aos vereadores. Terá o PMP
algo a ver com este negócio? É muito possível, sobretudo porque o
referente Lisboa está bem patente ao longo da obra. Mas se alastrava
a abundância de vinho no final de Dezembro de 1522, que sentido
tinha um pranto sobre a sua falta, ainda que face cioso e alegórico?
Mais parece obra de Quaresma ou de Carnaval, época que se iniciava
nas matinas do Natal (de 1521, neste caso) e percorria as festas de
Janeiro até a Quaresma, incluindo a quarta-feira de Cinza e a
Mi-carême.</span></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="text-indent: 0.5cm;">
<span style="font-family: Times New Roman,serif;"><span style="font-size: x-small;">Ao
tematizar a falta e a carestia do vinho, o PMP continuava a fazer
sentido em determinadas circunstâncias. Ao significar, por meio do
vinho, a escassez e a falta, quer do pão, quer de algo essencial à
sobrevivência humana, o PMP continua e continuará a fazer sentido. </span></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western">
<span style="font-family: Times New Roman,serif;"><span style="font-size: x-small;"><b>PRANTO
/ DIÁLOGO / TESTAMENTO</b></span></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="text-indent: 0.5cm;">
<br />
<br /></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="text-indent: 0.5cm;">
<span style="font-family: Times New Roman,serif;"><span style="font-size: x-small;">Embora
seja conhecida como o Pranto de Maria Parda, </span></span><span style="font-family: Times New Roman,serif;"><span style="font-size: x-small;"><b>a
obra é compósita,</b></span></span><span style="font-family: Times New Roman,serif;"><span style="font-size: x-small;">
pois </span></span><span style="font-family: Times New Roman,serif;"><span style="font-size: x-small;"><b>integra
três gêneros</b></span></span><span style="font-family: Times New Roman,serif;"><span style="font-size: x-small;">
ou tipos enunciativos imediatamente reconhecíveis: o pranto, nomeado
na rubrica, o diálogo com provérbios e o testamento, também
nomeado em rubrica interlinear. </span></span><span style="font-family: Times New Roman,serif;"><span style="font-size: x-small;"><b>São
catorze estrofes de pranto</b></span></span><span style="font-family: Times New Roman,serif;"><span style="font-size: x-small;">:
uma delas inserida no meio do diálogo, </span></span><span style="font-family: Times New Roman,serif;"><span style="font-size: x-small;"><b>doze
de diálogo</b></span></span><span style="font-family: Times New Roman,serif;"><span style="font-size: x-small;">,
no gênero palaciano da pergunta (pedido) / resposta, e </span></span><span style="font-family: Times New Roman,serif;"><span style="font-size: x-small;"><b>quinze
estrofes de testamento</b></span></span><span style="font-family: Times New Roman,serif;"><span style="font-size: x-small;">,
este, tal como o pranto, na voz exclusiva de Maria Parda. </span></span><span style="font-family: Times New Roman,serif;"><span style="font-size: x-small;"><b>Dois
monólogos ligados por um diálogo</b></span></span><span style="font-family: Times New Roman,serif;"><span style="font-size: x-small;">.
Os autos vicentinos apresentam-se frequentemente como verdadeiros
mosaicos de gêneros, numa abundância manuelina sem precedentes e
sem sucessão na literatura portuguesa.</span></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="text-indent: 0.5cm;">
<span style="font-family: Times New Roman,serif;"><span style="font-size: x-small;">O
pranto ou lamentação é aqui carnavalizado, pois exerce-se sobre a
morte do vinho, e não sobre a do rei, de um nobre, ou do ser amado
(lamentação amorosa). Do pranto ou complacente goliardesca,
frequente noutras literaturas europeias, encontramos um espécime
feito por Anrique da Mota a um clérigo, com uma estrutura tripartida
semelhante à vicentina. Figura ele no Cancioneiro Geral que contém
também prantos sérios à morte do príncipe D. Afonso e do rei D.
João II. Gil Vicente abriu com uma lamentação amorosa a comédia
Rubena, de 1521, e esboçou dois curtos prantos fúnebres no interior
do seu Romance à morte de D. Manuel, também de 1521, nas vozes da
Infanta e da Rainha estrangeira. Mas o assunto báquico (bacanal) do
PMP é único na obra vicentina __ uma experiência do autor. Há que
não esquecer que o velho pranto, ou </span></span><span style="font-family: Times New Roman,serif;"><span style="font-size: x-small;"><i>planh
</i></span></span><span style="font-family: Times New Roman,serif;"><span style="font-size: x-small;">ou
</span></span><span style="font-family: Times New Roman,serif;"><span style="font-size: x-small;"><i>planctus</i></span></span><span style="font-family: Times New Roman,serif;"><span style="font-size: x-small;">,
é um dos gêneros poéticos mais próximos do teatro, não só pela
atuação ilógica a ele inerente, mas também pela sua inserção
ritual nos cortejos fúnebres que se seguiam à morte de príncipes e
de reis.</span></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="text-indent: 0.5cm;">
<span style="font-family: Times New Roman,serif;"><span style="font-size: x-small;">Quanto
ao outro monólogo dramático, </span></span><span style="font-family: Times New Roman,serif;"><span style="font-size: x-small;"><b>o
testamento</b></span></span><span style="font-family: Times New Roman,serif;"><span style="font-size: x-small;">,
ele é amostra isolada na produção de Gil Vicente __ outra
experiência do autor. Mas é larga e chega aos nossos dias a sua
tradição europeia, em contrafação paródica. Gil Vicente cumpre
as regras e fórmulas deste gênero notarial (datação, itens,
encomenda da alma, nomeação dos testamenteiros, disposições para
o funeral, etc.). </span></span>
</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="text-indent: 0.5cm;">
<span style="font-family: Times New Roman,serif;"><span style="font-size: x-small;">O
diálogo, de doze cópias, onde alternam as vozes de Maria Parda e
dos seis taberneiros, lembra e não lembra os diálogos contidos nos
autos. Como neles, surgem personagens tipificadas; mas não me
recordo de encontrar mais nenhum diálogo vicentino sujeito à regra
numérica de uma cópia por fala. De notar ainda outras regularidades
que contribuem para a estilização dessa parte mediana do PMP,
tornando-a, tal como as duas restantes que a emolduram, textos
autônomos, que poderiam figurar numa antologia poética. Uma dessas
regularidades consiste na presença obrigatória de dois aforismos
(sentença moral) em cada fala-estrofe dos seis taberneiros; outra,
na referência à morte em cada fala--estrofe de Maria Parda. O
virtuosismo de retóricas fazia parte dos hábitos da produção
poética cortesã; a mestria, a dificuldade lúdica e a ostentação
versificatória eram muito apreciadas e louvadas num trovador. E Gil
Vicente soube mostrar-se trovador exímio em muitos dos trechos que
inseriu nos seus autos. Este diálogo com provérbios pertence ao
gênero perguntas e respostas das tenções poéticas dos serões
palacianos, assim como ao sistema das ajudas e demais jogos florais
escritos ou improvisados nesses serões.</span></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="text-indent: 0.5cm;">
<span style="font-family: Times New Roman,serif;"><span style="font-size: x-small;">O
artificialismo literário do diálogo denuncia uma intenção
cortesã, e pede um público letrado, mais do que a arraia miúda, um
público leitor, mais do que espectador de teatro. O tipo de humor
não é tão imediato, excessivo e primário como o de outras obras
vicentinas destinadas à representação cênica. Neste sentido, e
paradoxalmente, o diálogo aproximar-se-ia do estatuto poético das
trovas de cancioneiro, enquanto o pranto e o testamento dele se
afastariam.</span></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="text-indent: 0.5cm;">
<span style="font-family: Times New Roman,serif;"><span style="font-size: x-small;">Convirá
não duvidar das memórias de então, quer as de autor quer as de
ator, e Gil Vicente exerceu ambos os papéis. Também o escudeiro
referido na Aulegrafia de J. Ferreira de Vasconcelos sabia de cor as
trovas de Maria Parda. Se Gil Vicente disse o sermão em Abrantes,
afigura-se-me verossímil que possa ter pronunciado com a sua voz a
fala de Maria Parda, com ou sem o seu corpo de actor (um manequim ou
bonifrate não é de excluir, neste caso). Os mecanismos ou as
técnicas oratórias de memorização estão patentes em ambos os
textos: a rigorosa divisão macrotextual, o uso dos lugares, e a
anáfora sistemática, no início do verso e no da estrofe, quer
literal quer semântica, quer referencial quer discursiva (apóstrofes
às ruas de Lisboa,nomeação dos taberneiros, enumeração das
vontades fúnebres e das zonas de vinho, em parada monumental). Mas o
PMP exige talvez um maior grau de fingimento que o sermão sobre a
peste: neste havia apenas uma fala moral, enquanto naquele Maria
Parda existe como personagem em situação, não só enunciativa mas
também diegética. </span></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western">
<span style="font-family: Times New Roman,serif;"><span style="font-size: x-small;"><b>UNIDADES
DRAMÁTICAS</b></span></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western">
<span style="font-family: Times New Roman,serif;"><span style="font-size: x-small;"><b>Personagens</b></span></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="text-indent: 0.5cm;">
<span style="font-family: Times New Roman,serif;"><span style="font-size: x-small;">Maria
Parda é personagem feminina, o que é raro no gênero monólogo
dramático de então. Ela faz parte das comadres vicentinas velhas,
todas personagens de teatro. A linguagem e a sua posição
enunciativa __ um estado elementar de necessidade, uma atitude
pulsional __ assemelham-se às da mãe de Isabel em Quem tem Farelos?
E às velhas do auto da Festa e do Triunfo do Inverno. Maria Parda
sofre ainda a caracterização de beberrona, o que não acontece com
as suas congêneres, sendo suporte de uma série de traços
goliárdicos (devassos) (a solidariedade das tabernas, os seus
queridos manos e manas).</span></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="text-indent: 0.5cm;">
<span style="font-family: Times New Roman,serif;"><span style="font-size: x-small;">Se
juntarmos tudo o que vai caracterizando Maria Parda obteremos um
conjunto extraordinariamente variado: além do traje (a nudez e o
manto), e da descrição realista do corpo velho e doente, existe a
</span></span><span style="font-family: Times New Roman,serif;"><span style="font-size: x-small;"><b>linguagem
figurativa</b></span></span><span style="font-family: Times New Roman,serif;"><span style="font-size: x-small;">
(repetições, trocadilhos, exageros, ironia), a </span></span><span style="font-family: Times New Roman,serif;"><span style="font-size: x-small;"><b>mistura
de níveis ou registros</b></span></span><span style="font-family: Times New Roman,serif;"><span style="font-size: x-small;">
(da retórica cortesã à mais vernácula obscenidade), </span></span><span style="font-family: Times New Roman,serif;"><span style="font-size: x-small;"><b>a
forma arcaizante da segunda</b></span></span><span style="font-family: Times New Roman,serif;"><span style="font-size: x-small;">
</span></span><span style="font-family: Times New Roman,serif;"><span style="font-size: x-small;"><b>pessoa
do plural</b></span></span><span style="font-family: Times New Roman,serif;"><span style="font-size: x-small;">
(socorrede-me), as insistências num </span></span><span style="font-family: Times New Roman,serif;"><span style="font-size: x-small;"><b>campo
semântico muito</b></span></span><span style="font-family: Times New Roman,serif;"><span style="font-size: x-small;">
</span></span><span style="font-family: Times New Roman,serif;"><span style="font-size: x-small;"><b>primário</b></span></span><span style="font-family: Times New Roman,serif;"><span style="font-size: x-small;">
(comida, doenças, preços, roupa), e uma </span></span><span style="font-family: Times New Roman,serif;"><span style="font-size: x-small;"><b>riquíssima
variedade ilocutória</b></span></span><span style="font-family: Times New Roman,serif;"><span style="font-size: x-small;">
(lamento, pragas, apóstrofes animizadoras, exclamações, processos
de sedução, pedido, grito, promessa). Note-se que não se trata de
uma personagem de negra, quando muito uma Maria Mulata, pois que não
existe qualquer fórmula específica da língua de preto, já então
codificada. Mas o que fica sem resposta segura é o seguinte: terá
havido um corpo de ator (Gil Vicente?) a representar este corpo?</span></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="text-indent: 0.5cm;">
<span style="font-family: Times New Roman,serif;"><span style="font-size: x-small;">Se
olharmos de perto cada um dos seis taberneiros, com falas de apenas
nove versos, dos quais três ou quatro são obrigatoriamente ocupados
com provérbios, deparamos com uma caracterização bem concreta de
alguns deles: a Falula mostra-se grosseira, João Cavaleiro é
cristão-novo, Branca Leda só fala de comida. Estes taberneiros
lisboetas funcionam ainda, note-se, como uma espécie de coro que
comenta as súplicas de Maria Parda. </span></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western">
<span style="font-family: Times New Roman,serif;"><span style="font-size: x-small;"><b>AÇÕES</b></span></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="text-indent: 0.5cm;">
<span style="font-family: Times New Roman,serif;"><span style="font-size: x-small;">O
PMP não é apenas uma fala deliberada numa situação ficcional. A
fala vem acompanhada de ações a delinearem um breve enredo, se bem
que simplicíssimo, e essas ações são predominantemente verbais:</span></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western">
<span style="font-family: Times New Roman,serif;"><span style="font-size: x-small;">1ª
a queixa pelo mau presente, com evocação do bem passado;</span></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western">
<span style="font-family: Times New Roman,serif;"><span style="font-size: x-small;">2ª
a decisão de pedir fiado;</span></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western">
<span style="font-family: Times New Roman,serif;"><span style="font-size: x-small;">3ª
o ato de pedir;</span></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western">
<span style="font-family: Times New Roman,serif;"><span style="font-size: x-small;">4ª
a recusa dos taberneiros (repetição em alternância destas duas
ações, por seis vezes);</span></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western">
<span style="font-family: Times New Roman,serif;"><span style="font-size: x-small;">5ª
a decisão de morrer;</span></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western">
<span style="font-family: Times New Roman,serif;"><span style="font-size: x-small;">6ª
a ordenação do testamento.</span></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="text-indent: 0.5cm;">
<span style="font-family: Times New Roman,serif;"><span style="font-size: x-small;">Todas
as ações ocorrem em presença, tal como o discurso direto das
personagens, e implicam um desfecho no futuro: Maria Parda irá
morrer. Prevalece a mimese e a exibição sobre a revelação, ao
contrário do que acontece em muitos dos monólogos dramáticos
europeus, que são falas narrativas. </span></span>
</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="text-indent: 0.5cm;">
<span style="font-family: Times New Roman,serif;"><span style="font-size: x-small;">Assistimos
a passeios e cortejos de Maria Parda pelas ruas dos bairros orientais
de Lisboa, ou, ao invés, ao desfile dessas ruas, magicamente
convocadas pela aflitiva apóstrofe de Maria Parda ao nomeá-las: Rua
de S. Gião, Travessa de Mata-Porcos, carnicerias, Rua da Ferraria,
Biscainha, etc. Usando máquinas, poder-se-ia fazer rodar diante dos
olhos do espectador cada uma das ruas e tabernas interpeladas em cada
estrofe. Seriam as praças e vielas a passar por Maria Parda e não
esta a atravessá-las. Mas também ela se move, segundo informam
algumas didecássilabas, na seqüência da decisão quero m’ir às
taverneiras (260b): Vai-se a Branca leda, Vai-se a João do Lumiar,
indo pera casa de Martim alho.</span></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="text-indent: 0.5cm;">
<span style="font-family: Times New Roman,serif;"><span style="font-size: x-small;">Ocorre
aqui o argumento de natureza extratextual a favor da teatralidade
intrínseca desta peça vicentina. A similaridade existente entre
esta estrutura de deslocação cênica e a cerimônia dos prantos
fúnebres na capital, em Dezembro de 1521, quando morreu D. Manuel: o
cortejo desfilava por certas ruas de Lisboa e parava em pelo menos
três lugares definidos, onde se quebravam os escudos (equivalentes
sérios, não carnavalescos, das tabernas que Maria Parda visita); os
trajes eram mantos negros (Maria Parda vai emburilhada numa manta); e
grandes eram as manifestações de dor (não menores que as de Maria
Parda). Vem ao pensamento à comparação entre o PMP e o pranto de
D. Manuel, do qual aquele seria então uma espécie de reverso
parodístico, irreverente, cômico e satírico.</span></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="text-indent: 0.5cm;">
<span style="font-family: Times New Roman,serif;"><span style="font-size: x-small;"><b>TEMPO
E AUSÊNCIA</b></span></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="text-indent: 0.5cm;">
<span style="font-family: Times New Roman,serif;"><span style="font-size: x-small;">Esta
tão acentuada presença contrasta significativamente com o tema da
falta e da ausência. Ausentes os tempos passados e as tabernas da
Lisboa antiga, cheia de vinho; ausentes os tempos futuros de ofícios
fúnebres, no pós-morte, também eles cheios de vinho.</span></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="text-indent: 0.5cm;">
<span style="font-family: Times New Roman,serif;"><span style="font-size: x-small;">O
que está presente em cena é a ausência, o vazio, e a sede __ seja
no corpo de Maria Parda, ressequido, sem roupa, sem dentes e tão
leve e aéreo, seja no tempo e no espaço: as pipas ocas, e o momento
de necessidade. O que está ausente é o de que Maria Parda
constantemente fala, recordando o passado e incitando a um futuro de
plenitude. Ao nomear a ausência, convoca-a magicamente a uma
presença absorvente, excessiva e sobrerreal: o vinho, os tempos
utópicos de abundância, o espaço lisboeta das tabernas e demais
territórios vinícolas de Portugal. Esta presença fantasmagórica
do vinho agiganta-se no pranto, e sobretudo no testamento, verdadeiro
triunfo do vinho.</span></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western">
<br />
<br /></div>LITERATURAhttp://www.blogger.com/profile/13323491515933595802noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4202180204781865416.post-27591904332152059552012-02-29T10:45:00.004-08:002012-02-29T10:45:22.419-08:00Primeira Manhã- Dalcídio Jurandir- RESUMO E FOCO NARRATIVO<h2>
RESUMO</h2>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhbWWvd3JSJV92o6wkYpoLt_LF1q8lwal0-y-RrRCf7WdOv2YaWSg-syKYgiI3hrLChUuGdn19UEddPJ7L7J_XlIbfk92j856V_-rwqNZJ2wG13gUdRusXs-VvpaXZs5n7j4-D67BKLSnMI/s1600/dalcidio.gif" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhbWWvd3JSJV92o6wkYpoLt_LF1q8lwal0-y-RrRCf7WdOv2YaWSg-syKYgiI3hrLChUuGdn19UEddPJ7L7J_XlIbfk92j856V_-rwqNZJ2wG13gUdRusXs-VvpaXZs5n7j4-D67BKLSnMI/s320/dalcidio.gif" width="252" /></a></div>
<strong>Primeira manhã – Dalcídio Jurandir (1968)</strong><br />
<em><br /><a href="http://llfeioleituras.blogspot.com/" target="_blank"> </a></em><br />
<strong></strong>Em “Primeira manhã”, uma longa descida será
acompanhada por Alfredo quase por acaso, ao encontrar, em um passeio
noturno, duas vizinhas que se dirigiam à caça dos maridos, tentando
confirmar traições que eles teriam cometido.<br />
Nesse longo episódio, o que acontece no decorrer é mais importante do
que propriamente o desfecho, longamente mantido em suspense, retardado
por um rememorar entre divertido e amargo da vida das duas mulheres,
especialmente D. Abigail, a mais falante delas.<br />
Dessa forma, a trajetória em busca dos maridos traidores também se
converte em desabafo com o quase desconhecido que as acompanha nesse
percurso de descida: “À proporção que elas acusavam, iam se tornando
vencidas, sem razão, nem esperança, enlaçadas na sedução da viagem e do
que a noite consentia.<br />
Durante o trajeto, o narrador menciona, a certa altura, a natureza
descendente dessa empresa, associada à noite, aos ruídos desconhecidos e
agourentos, ou seja, ao rumo infernal do percurso empreendido por esses
três solitários: “Na busca do marido, D. Abigail ia também
desesperadamente curiosa dos infernos onde ele fumegava, e das rivais,
não ciumenta, mas invejosa.”<br />
Aí aparece, com toda a ambivalência, o significado da associação dos
prostíbulos a “inferninhos” e se demonstra que a ida até lá, se é penosa
e sofrida para mulheres que se sentem traídas, também contém certa dose
de curiosidade e mistério pelo que o lugar possa apresentar em sua
configuração ou por suas habitantes, especialmente se são ambientes
interditos para mulheres casadas.<br />
Na ocasião, não é de se estranhar, como faz a amiga Ivânia, que D.
Abigail fale demais sobre suas vidas, pois, nessa descida, também ocorre
uma espécie de descenso social, pelo menos um momentâneo romper de
fronteiras, ao abrigo da noite; e as duas mulheres deixam de ser aquelas
que são “casadas da cabeça aos pés”, como afirmara o narrador
anteriormente, e se transformam em pessoas comuns, desabafando sobre o
que se passa na intimidade de suas casas.<br />
No entanto, a cena termina abruptamente para Alfredo sem que o leitor
saiba o desfecho da busca, pois as duas o deixam para trás sem
explicação, deixando entrever que caberia apenas a elas cumprirem aquela
descida até o fim, mais sombria ainda pela associação com o mundo
noturno, povoado de sombras e ruídos sinistros.<br />
Nesse mesmo romance, ainda há a longa descida da sempre ausente e tão
presente Luciana, que tem de cumprir uma longa e dolorosa via crucis
pela suspeita de ter dado “um mau passo”, significativamente libertada
da prisão que os pais lhe impuseram por um raio: da associação com a
intervenção divina para redimi-la da injustiça que se estava cometendo é
um passo.<br />
Se, por um lado, ela só aparece no romance por meio do discurso dos
outros personagens, sua presença está sempre se renovando graças à
obsessão que Alfredo desenvolve por ela, o que o faz buscá-la em vários
lugares da cidade, perguntando a todos que possam dar alguma informação
sobre a moça amaldiçoada pelos pais.<br />
De certa maneira, Alfredo também a acompanha em sua maldição e
descida, pela obsessão e pela busca que realiza incomodado por ter à sua
disposição a casa da qual Luciana fora expulsa, num paralelo entre a
trajetória dessa personagem e a sua própria, humilhado que fora pelos
colegas do Ginásio: Agora, esta casa à disposição do estudante que fugiu
do estudo, à disposição do ginasiano pelo Ginásio escorraçado. Nesta
casa, feita para a predileta vir morar. A anônima corre as ruas da
Babilônia, moendo a sua farinha, passa os rios, não mais a tenra nem a
delicada.<br />
A desabençoada nunca há de pôr o pé neste soalho, nunca há de ver o
mundodebruçada desta janela. “Desabençoada” pelos pais, Luciana perdera o
lugar que agora é ocupado por Alfredo e este junta mais esta obsessão
às suas tantas outras buscas.<br />
<blockquote>
<strong>ELEMENTOS NARRATIVOS DO ROMANCE PRIMEIRA MANHÃ:</strong><br />
<strong></strong>Elaborados pelo professor <strong>Lanirson Cabral da Silva*</strong><br />
Personagens:<br />
Principal: Alfredo<br />
Secundários: Luciana, D. Abigail, Ivânia<br />
Tempo: Cronológico ( pós-ciclo da borracha e da Belle Epóque)<br />
Enredo Linear<br />
Narrador: Onisciente e onipresente<br />
Espaços:<br />
Físico: Belém-Pará / Social: Valores interioranos, familiares educacionais, morais, sociais, memorialistas e sociais<br />
Tipificação: Oitavo Romance do Ciclo Extremo Norte<br />
Temática:- Os dissabores diante da educação e da decadência de uma
cidade ( Belém); As expectativas frustradas de um estudante em primeiro
dia de aula; As experiências de um jovem num liceu.<br />
<strong></strong></blockquote>
<div style="background-color: white; border: medium none; color: black; overflow: hidden; text-align: left; text-decoration: none;">
<br />FONTE:http://vestibularnopara.com.br/?page_id=4600</div>LITERATURAhttp://www.blogger.com/profile/13323491515933595802noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4202180204781865416.post-77911731701623935012012-02-28T09:36:00.000-08:002012-02-28T09:36:09.894-08:00A Legião Estrangeira - RESUMO<br />
<div class="entrybody">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhX01yvVuOIYzm85VvYLXUiZLSe3PjyVW7f3nvneGF1ySXUUjDUr7QAH0hm_c_-xdKMA-4rEEym04wA1VWedjJ5ns2rg4_y8HPxjmzvMy0s5KqE4mLs4OLm134Z6MpUJi5edRSa2Et0JQLG/s1600/A+legi%C3%A3o+Estrangeira.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhX01yvVuOIYzm85VvYLXUiZLSe3PjyVW7f3nvneGF1ySXUUjDUr7QAH0hm_c_-xdKMA-4rEEym04wA1VWedjJ5ns2rg4_y8HPxjmzvMy0s5KqE4mLs4OLm134Z6MpUJi5edRSa2Et0JQLG/s1600/A+legi%C3%A3o+Estrangeira.jpg" /></a></div>
<h3>
A Legião Estrangeira</h3>
Clarice Lispector estréia, no conto, em 1952, com “Alguns Contos”,
conjunto de textos escritos na década de 40. Em 1960, surge a obra
“Laços de Família”; em 1964, Clarice lança “A Legião Estrangeira”. Os 13
contos de A legião estrangeira abordam o cotidiano familiar, a
perversidade infantil e a solidão. Como apontou o escritor Affonso
Romano de Sant’Anna na introdução de uma antiga edição do livro, para
Clarice Lispector importa mais a geografia interior. “Ao invés de tipos
épicos e dramáticos, temos figuras situadas numa aura de mistério,
vivendo relações profundas dentro do mais ordinário cotidiano”,
escreveu. “Mais do que as aventuras, interessa-se por descrever a
solidão dos homens diante dos animais e objetos.” Entre os contos
destaca-se “Viagem a Petrópolis”, escrito quando Clarice tinha apenas 14
anos. Neste, a precoce escritora narra a absurda solidão de uma
velhinha que, sem lugar para morar, é empurrada de uma casa para outra. E
o leitor perceberá em “Os desastres de Sofia” uma história de
transparente sensibilidade, em que a autora aborda a perversidade
infantil por meio do relacionamento de uma aluna com seu professor.<br />
A vulnerabilidade dos animais diante dos homens, e vice-versa, está
presente em “A quinta história”, “Macacos” e ainda em “A legião
estrangeira”. Como também apontou Affonso Romano de Sant’Anna, a tensão
nos contos de Clarice surge da oposição Eu X Outro, que pode ser um
animal, uma criança ou uma coisa. “Dessa tensão é que surge a epifania, a
revelação de uma certa verdade.”<br />
O primeiro conto do livro é “O ovo e a Galinha”. Se parece mais com a
uma dissertação sobre o mistério do ovo. Mas sendo algo entre a crônica
e o conto ou um simples texto sem classificação, pouco tem daquela
organização que encontramos no poema “O Ovo da Galinha”, de João Cabral
de Melo Neto.<br />
“O Ovo e a Galinha” começa com uma frase em que se identifica o
tempo, o espaço e o narrador da história: “De manhã na cozinha sobre a
mesa vejo um ovo”. Em seguida todos esses referenciais começam a ser
desmantelados: “Imediatamente percebo que não se pode estar vendo um
ovo. Ver um ovo nunca se mantém no presente: mal vejo um ovo e já se
torna ter visto um ovo há três milênios.” O assunto inicial, o ovo, vai
desdobrando-se e multiplicando-se com o desenrolar do texto. Definido
como “tratado poético sobre o olhar”, pelo crítico José Miguel, ou como
“meditação”, por Benedito Nunes, “O Ovo e a Galinha” é um texto que
alarga os limites da obra literária e, embora apresente os elementos
básicos de uma narrativa, faz pensar sobre o que é preciso exatamente
para contar uma história, coisa que de fato não ocorre em seu caso.<br />
Já “A Quinta História” relata uma história, a de como matar baratas,
em cinco versões, o que leva ao questionamento sobre as muitas formas de
marrar um fato, o que incluir, o que excluir, e como um mesmo fato pode
originar histórias muito diferentes. Nesse conto encontra-se a reflexão
sobre o fazer literário que acompanha os contos de Clarice Lispector
desde o livro de 52. As várias histórias com princípio semelhante, mas
tomando direções diferentes confirmaria o que a própria autora disse em
“Os Desastres de Sofia” – algumas histórias se fazem como fios de tapete
e, na verdade, uma estória se faz com o enredamento de muitas
histórias.<br />
O conto “Os desastres de Sofia” tem sua unidade temporal – o tempo da
parte mais essencial – na admiração de um professor pela redação de uma
aluninha de nove anos de idade. É o momento mágico em que Sofia
descobre o que é o amor, lá na origem perturbadora desse sentimento que é
o grande desejo de toda a humanidade. A aluna Sofia sente aparente
aversão ao seu professor, mas como ele não a olha e age como uma pessoa
temerosa diante dela, Sofia fica atraída pelo prazer de espicaçá-lo e
sempre faz o que acha ruim para ele. Escrevendo uma redação, ela acaba
por, inocentemente, afirmar que a felicidade está dentro de cada um, é
inútil procurá-la fora de si. Após ler, o professor fica tão encantado
com o texto de Sofia que a chama a sós na sala de aula e lhe confessa
sua admiração pelo texto; e, por extensão, pela jóia que Sofia precisava
ter no coração para definir tão bem a felicidade. Bem assustada, Sofia
aprende o que é o amor e como ele habita no coração humano. Isto a leva a
sentimentos que jamais esquecerá. Principalmente quando, aos treze
anos, fica sabendo que esse professor morrera: “Perplexa (…) eu perdia
meu inimigo e sustento.”<br />
FONTE: http://resumodelivro.com/clarice-lispector/a-legiao-estrangeira/ <br />
</div>LITERATURAhttp://www.blogger.com/profile/13323491515933595802noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4202180204781865416.post-9268319216101652292012-02-27T09:23:00.003-08:002012-02-27T09:23:46.154-08:00TROVADORISMO<title></title>
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</style>
<br />
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div align="CENTER" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Times New Roman,serif;"><b>TROVADORISMO</b></span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: x-small;"><span lang="pt-PT"><b>Trovadorismo</b></span></span><span style="font-size: x-small;"><span lang="pt-PT">
é a primeira manifestação literária da </span></span><span style="font-size: x-small;">língua
portuguesa</span><span style="font-size: x-small;"><span lang="pt-PT">.
Seu surgimento ocorreu no mesmo período em que </span></span><span style="font-size: x-small;">Portugal</span><span style="font-size: x-small;"><span lang="pt-PT">
começou a despontar como nação independente, no </span></span><span style="font-size: x-small;">século
XII</span><span style="font-size: x-small;"><span lang="pt-PT">;
porém, as suas </span></span><span style="font-size: x-small;">origens</span><span style="font-size: x-small;"><span lang="pt-PT">
deram-se na </span></span><span style="font-size: x-small;">Occitania</span><span style="font-size: x-small;"><span lang="pt-PT">,
de onde se espalhou por praticamente toda a </span></span><span style="font-size: x-small;">Europa</span><span style="font-size: x-small;"><span lang="pt-PT">.
Apesar disso, a lírica medieval </span></span><span style="font-size: x-small;">galaico-português</span><span style="font-size: x-small;"><span lang="pt-PT">
possuiu características próprias, uma grande produtividade e um
número considerável de autores conservados.</span></span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: x-small;">Trovadores</span><span style="font-size: x-small;"><span lang="pt-PT">
eram aqueles que compunham as </span></span><span style="font-size: x-small;">poesias</span><span style="font-size: x-small;"><span lang="pt-PT">
e as </span></span><span style="font-size: x-small;">melodias</span><span style="font-size: x-small;"><span lang="pt-PT">
que as acompanhavam, e </span></span><span style="font-size: x-small;"><span lang="pt-PT"><i>_______________</i></span></span><span style="font-size: x-small;"><span lang="pt-PT">são
as poesias cantadas. A designação "trovador" aplicava-se
aos autores de origem nobre, sendo que os autores de origem vilã
tinham o nome de </span></span><span style="font-size: x-small;">jogral</span><span style="font-size: x-small;"><span lang="pt-PT">,
termo que designava igualmente o seu estatuto de profissional (em
contraste com o trovador). Ainda que seja coerente a afirmação de
que quem tocava e cantava as poesias eram os jograis, é muito
possível que a maioria dos trovadores interpretasse igualmente as
suas próprias composições.</span></span></div>
<div align="CENTER" class="western" style="-moz-background-clip: border; -moz-background-inline-policy: continuous; -moz-background-origin: padding; background: rgb(204, 204, 204) none repeat scroll 0% 0%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Times New Roman,serif;"><b>A Herança Medieval</b></span><span style="font-family: Times New Roman,serif;"><b> </b></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.25cm;">
<span style="font-family: Times New Roman,serif;">Os poetas da Idade Média
chamavam-se _____________. Os gêneros poéticos que praticavam,
exaltavam os valores guerreiros (conforme as canções de gesta, onde
gesta significa “grandes feitos”, e os amores cavaleirescos.</span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Times New Roman,serif;"> Vivendo
em uma sociedade feudal a sua poesia reflete não apenas a
religiosidade da época, mas também a relação bem definida de
dependência (vassalagem) entre as camadas sociais de então.</span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Times New Roman,serif;"> O
Espírito Teocêntrico (______________________), e a vassalagem
(________________________________) são as principais características
da poesia trovadoresca.</span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Times New Roman,serif;"> O
dialeto ______________________ era a língua utilizada pelos
trovadores.</span></div>
<h2 class="western">
Classificação das cantigas</h2>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: x-small;"><span lang="pt-PT">Com
base na maioria das cantigas reunidas nos cancioneiros podemos,
classificá-las da seguinte forma:</span></span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Times New Roman,serif;"><span lang="pt-PT"><b>gênero
lírico</b></span></span><span style="font-family: Times New Roman,serif;"><span lang="pt-PT">
</span></span>
</div>
<ul>
<li><div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Times New Roman,serif;"><span lang="pt-PT">- </span></span><span style="font-family: Times New Roman,serif;">Cantigas
de amor</span><span style="font-family: Times New Roman,serif;"><span lang="pt-PT">
</span></span>
</div>
</li>
<li><div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Times New Roman,serif;"><span lang="pt-PT">- </span></span><span style="font-family: Times New Roman,serif;">Cantigas
de amigo</span><span style="font-family: Times New Roman,serif;"><span lang="pt-PT">
</span></span>
</div>
</li>
</ul>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Times New Roman,serif;"><span lang="pt-PT"><b>gênero
satírico</b></span></span><span style="font-family: Times New Roman,serif;"><span lang="pt-PT">
</span></span>
</div>
<ul>
<li><div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Times New Roman,serif;"><span lang="pt-PT">- </span></span><span style="font-family: Times New Roman,serif;">Cantigas
de escárnio</span><span style="font-family: Times New Roman,serif;"><span lang="pt-PT">
</span></span>
</div>
</li>
<li><div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Times New Roman,serif;"><span lang="pt-PT">- </span></span><span style="font-family: Times New Roman,serif;">Cantigas
de maldizer</span><span style="font-family: Times New Roman,serif;"><span lang="pt-PT">
</span></span>
</div>
</li>
</ul>
<ul><ul><ul>
<li><h3 align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm; margin-top: 0cm;">
</h3>
</li>
</ul>
</ul>
</ul>
<h3 class="western">
A cantiga de amor</h3>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: x-small;"><span lang="pt-PT">O
cavalheiro se dirige à mulher amada como uma figura idealizada,
distante. O poeta, na posição de fiel vassalo, se põe a serviço
de sua senhora, dama da corte, tornando esse amor um objeto de sonho,
distante, impossível.</span></span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: x-small;"><span lang="pt-PT">Neste
tipo de cantiga, originária de </span></span><span style="font-size: x-small;">Provença</span><span style="font-size: x-small;"><span lang="pt-PT">,
no sul de </span></span><span style="font-size: x-small;">França</span><span style="font-size: x-small;"><span lang="pt-PT">,
o eu-lírico é </span></span><span style="font-size: x-small;">masculino</span><span style="font-size: x-small;"><span lang="pt-PT">
e sofredor. Sua amada é chamada de senhor (as palavras terminadas em
</span></span><span style="font-size: x-small;"><span lang="pt-PT"><i>or</i></span></span><span style="font-size: x-small;"><span lang="pt-PT">
como senhor ou pastor, em galego-português não tinham feminino).
Canta as qualidades de seu </span></span><span style="font-size: x-small;">amor</span><span style="font-size: x-small;"><span lang="pt-PT">,
a "minha senhor", a quem ele trata como superior revelando
sua condição hierárquica. Ele canta a </span></span><span style="font-size: x-small;">dor</span><span style="font-size: x-small;"><span lang="pt-PT">
de amar e está sempre acometido da "coita", palavra
frequente nas cantigas de amor que significa "sofrimento por
amor". É à sua amada que se submete e "presta serviço",
por isso espera benefício (referido como o </span></span><span style="font-size: x-small;"><span lang="pt-PT"><b>bem</b></span></span><span style="font-size: x-small;"><span lang="pt-PT">
nas trovas).</span></span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: x-small;"><span lang="pt-PT">Essa
relação amorosa vertical é chamada "vassalagem amorosa",
pois reproduz as relações dos vassalos com os seus senhores
feudais. Sua estrutura é mais sofisticada. Existem dois tipos de
cantigas de amor: as de refrão e as de mestria, que não tem refrão.</span></span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: x-small;"><span lang="pt-PT"><b>Exemplo
de lírica galego-portuguesa (de Bernal de Bonaval):</b></span></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Times New Roman,serif;"><span lang="pt-PT">"A
dona que eu am'e tenho por Senhor </span></span>
</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Times New Roman,serif;"><span lang="pt-PT">amostrade-me-a
Deus, se vos en prazer for, </span></span>
</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Times New Roman,serif;"><span lang="pt-PT">se
non dade-me-a morte. </span></span>
</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Times New Roman,serif;"><span lang="pt-PT">A
que tenh'eu por lume d'estes olhos meus </span></span>
</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Times New Roman,serif;"><span lang="pt-PT">e
porque choran sempr(e) amostrade-me-a Deus, </span></span>
</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Times New Roman,serif;"><span lang="pt-PT">se
non dade-me-a morte. </span></span>
</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Times New Roman,serif;"><span lang="pt-PT">Essa
que Vós fezestes melhor parecer </span></span>
</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Times New Roman,serif;"><span lang="pt-PT">de
quantas sei, ay Deus, fazede-me-a veer, </span></span>
</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Times New Roman,serif;"><span lang="pt-PT">se
non dade-me-a morte. </span></span>
</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Times New Roman,serif;"><span lang="pt-PT">Ay
Deus, que me-a fezestes mais ca min amar, </span></span>
</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Times New Roman,serif;"><span lang="pt-PT">mostrade-me-a
hu possa con ela falar, </span></span>
</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Times New Roman,serif;"><span lang="pt-PT">se
non dade-me-a morte." </span></span>
</div>
<h3 class="western">
<a href="" name="A_cantiga_de_amigo"></a>CARACTERÍSTICAS
PRINCIPAIS:</h3>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Times New Roman,serif;"><span lang="pt-PT">__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________</span></span></div>
<h3 class="western">
A cantiga de amigo</h3>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: x-small;"><span lang="pt-PT">São
cantigas de origem __________, com marcas evidentes da literatura
oral (reiterações, paralelismo, refrão, estribilho), recursos
esses próprios dos textos para serem cantados e que propiciam
facilidade na memorização. Esses recursos são utilizados, ainda
hoje, nas canções populares.</span></span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: x-small;"><span lang="pt-PT">Este
tipo de cantiga, que não surgiu em Provença como as outras, teve
suas origens na </span></span><span style="font-size: x-small;">Península
Ibérica</span><span style="font-size: x-small;"><span lang="pt-PT">.
Nela, o eu-lírico é uma </span></span><span style="font-size: x-small;">mulher</span><span style="font-size: x-small;"><span lang="pt-PT">
(mas o autor era masculino, devido à sociedade feudal e o restrito
acesso ao conhecimento da época), que canta seu amor pelo </span></span><span style="font-size: x-small;">amigo</span><span style="font-size: x-small;"><span lang="pt-PT">
(amigo = namorado), muitas vezes em ambiente natural, e muitas vezes
também em diálogo com sua </span></span><span style="font-size: x-small;">mãe</span><span style="font-size: x-small;"><span lang="pt-PT">
ou suas amigas. A figura feminina que as cantigas de amigo desenham
é, pois, a da jovem que se inicia no universo do amor, por vezes
lamentando a ausência do amado, por vezes cantando a sua alegria
pelo próximo encontro. Outra diferença da cantiga de amor, é que
nela não há a relação Suserano x Vassalo, ela é uma mulher do
</span></span><span style="font-size: x-small;">povo</span><span style="font-size: x-small;"><span lang="pt-PT">.
Muitas vezes tal cantiga também revelava a tristeza da mulher, pela
ida de seu amado à guerra.</span></span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: x-small;"><span lang="pt-PT"><b>Exemplo
(de D. Dinis)</b></span></span></div>
<div class="western" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm; margin-left: 1.27cm;">
<span style="font-family: Times New Roman,serif;"><span lang="pt-PT">"Ai
flores, ai flores do verde pino, </span></span>
</div>
<div class="western" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm; margin-left: 1.27cm;">
<span style="font-family: Times New Roman,serif;"><span lang="pt-PT">se sabedes
novas do meu amigo! </span></span>
</div>
<div class="western" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm; margin-left: 1.27cm;">
<span style="font-family: Times New Roman,serif;"><span lang="pt-PT">ai Deus, e u
é? </span></span>
</div>
<div class="western" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm; margin-left: 1.27cm;">
<span style="font-family: Times New Roman,serif;"><span lang="pt-PT">Ai flores, ai
flores do verde ramo, </span></span>
</div>
<div class="western" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm; margin-left: 1.27cm;">
<span style="font-family: Times New Roman,serif;"><span lang="pt-PT">se sabedes
novas do meu amado! </span></span>
</div>
<div class="western" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm; margin-left: 1.27cm;">
<span style="font-family: Times New Roman,serif;"><span lang="pt-PT">ai Deus, e u
é? </span></span>
</div>
<div class="western" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm; margin-left: 1.27cm;">
<span style="font-family: Times New Roman,serif;"><span lang="pt-PT">Se sabedes
novas do meu amigo, </span></span>
</div>
<div class="western" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm; margin-left: 1.27cm;">
<span style="font-family: Times New Roman,serif;"><span lang="pt-PT">aquel que
mentiu do que pôs comigo! </span></span>
</div>
<div class="western" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm; margin-left: 1.27cm;">
<span style="font-family: Times New Roman,serif;"><span lang="pt-PT">ai Deus, e u
é? </span></span>
</div>
<div class="western" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm; margin-left: 1.27cm;">
<span style="font-family: Times New Roman,serif;"><span lang="pt-PT">Se sabedes
novas do meu amado, </span></span>
</div>
<div class="western" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm; margin-left: 1.27cm;">
<span style="font-family: Times New Roman,serif;"><span lang="pt-PT">aquel que
mentiu do que mi há jurado! </span></span>
</div>
<div class="western" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm; margin-left: 1.27cm;">
<span style="font-family: Times New Roman,serif;"><span lang="pt-PT">ai Deus, e u
é?" </span></span>
</div>
<div class="western" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm; margin-left: 1.27cm;">
<span style="font-family: Times New Roman,serif;"><span lang="pt-PT">(...) </span></span>
</div>
<h3 class="western">
<a href="" name="A_cantiga_de_esc.C3.A1rnio"></a>CARACTERÍSTICAS
PRINCIPAIS:</h3>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Times New Roman,serif;"><span lang="pt-PT">__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________</span></span></div>
<h3 class="western">
A cantiga de escárnio</h3>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: x-small;"><span lang="pt-PT">Na
cantiga de escárnio, o eu-lírico faz uma </span></span><span style="font-size: x-small;">___________</span><span style="font-size: x-small;"><span lang="pt-PT">
a alguma pessoa. Essa sátira era indireta, cheia de duplos sentidos.
As cantigas de escárnio (ou "de escarnho", na grafia da
época) definem-se, pois, como sendo aquelas feitas pelos trovadores
para dizer mal de alguém, por meio de ambigüidades, trocadilhos e
jogos semânticos, num processo que os trovadores chamavam
"equívoco". O cômico que caracteriza essas cantigas é
predominantemente verbal, dependente, portanto, do emprego de
recursos retóricos. A cantiga de escárnio exigindo unicamente a
alusão indireta e velada, para que o destinatário não seja
reconhecido, estimula a imaginação do poeta e sugere-lhe uma
expressão irônica, embora, por vezes, bastante mordaz. exemplo de
cantiga de escárnio.</span></span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
“<span style="font-size: x-small;"><span lang="pt-PT"><i>Ai,
dona fea, foste-vos queixar que vos nunca louv[o] em meu cantar; mais
ora quero fazer um cantar em que vos loarei toda via; e vedes como
vos quero loar: dona fea, velha e sandia!...” (...)</i></span></span><span style="font-size: x-small;">e)
Na cantiga de amigo, usa-se o refrão, mas não existe paralelismo.</span></div>
<h3 class="western">
<a href="" name="A_cantiga_de_maldizer"></a>A cantiga de
maldizer</h3>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: x-small;"><span lang="pt-PT">Ao
contrário da cantiga de escárnio, a cantiga de maldizer traz uma
sátira direta e sem duplos sentidos. É comum a agressão verbal à
pessoa satirizada, e muitas vezes, são utilizados até </span></span><span style="font-size: x-small;">palavrões</span><span style="font-size: x-small;"><span lang="pt-PT">.
O nome da pessoa satirizada pode ou não ser revelado.</span></span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: x-small;"><span lang="pt-PT"><b>Exemplo
de cantiga Joan Garcia de Guilhade</b></span></span></div>
<div class="western" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm; margin-left: 1.27cm;">
<span style="font-family: Times New Roman,serif;"><span lang="pt-PT">"Ai dona
fea! Foste-vos queixar </span></span>
</div>
<div class="western" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm; margin-left: 1.27cm;">
<span style="font-family: Times New Roman,serif;"><span lang="pt-PT">Que vos nunca
louv'en meu trobar </span></span>
</div>
<div class="western" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm; margin-left: 1.27cm;">
<span style="font-family: Times New Roman,serif;"><span lang="pt-PT">Mais ora quero
fazer un cantar </span></span>
</div>
<div class="western" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm; margin-left: 1.27cm;">
<span style="font-family: Times New Roman,serif;"><span lang="pt-PT">En que vos
loarei toda via; </span></span>
</div>
<div class="western" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm; margin-left: 1.27cm;">
<span style="font-family: Times New Roman,serif;"><span lang="pt-PT">E vedes como
vos quero loar: </span></span>
</div>
<div class="western" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm; margin-left: 1.27cm;">
<span style="font-family: Times New Roman,serif;"><span lang="pt-PT">Dona fea,
velha e sandia! </span></span>
</div>
<div class="western" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm; margin-left: 1.27cm;">
<span style="font-family: Times New Roman,serif;"><span lang="pt-PT">Ai dona fea!
Se Deus mi pardon! </span></span>
</div>
<div class="western" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm; margin-left: 1.27cm;">
<span style="font-family: Times New Roman,serif;"><span lang="es-ES">E pois havedes
tan gran coraçon </span></span>
</div>
<div class="western" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm; margin-left: 1.27cm;">
<span style="font-family: Times New Roman,serif;"><span lang="es-ES">Que vos eu loe
en esta razon, </span></span>
</div>
<div class="western" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm; margin-left: 1.27cm;">
<span style="font-family: Times New Roman,serif;"><span lang="pt-PT">Vos quero já
loar toda via; </span></span>
</div>
<div class="western" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm; margin-left: 1.27cm;">
<span style="font-family: Times New Roman,serif;"><span lang="pt-PT">E vedes qual
será a loaçon: </span></span>
</div>
<div class="western" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm; margin-left: 1.27cm;">
<span style="font-family: Times New Roman,serif;"><span lang="pt-PT">Dona fea,
velha e sandia! </span></span>
</div>
<div class="western" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm; margin-left: 1.27cm;">
<span style="font-family: Times New Roman,serif;"><span lang="pt-PT">Dona fea,
nunca vos eu loei </span></span>
</div>
<div class="western" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm; margin-left: 1.27cm;">
<span style="font-family: Times New Roman,serif;"><span lang="pt-PT">En meu trobar,
pero muito trobei; </span></span>
</div>
<div class="western" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm; margin-left: 1.27cm;">
<span style="font-family: Times New Roman,serif;"><span lang="pt-PT">Mais ora já
en bom cantar farei </span></span>
</div>
<div class="western" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm; margin-left: 1.27cm;">
<span style="font-family: Times New Roman,serif;"><span lang="pt-PT">En que vos
loarei toda via; </span></span>
</div>
<div class="western" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm; margin-left: 1.27cm;">
<span style="font-family: Times New Roman,serif;"><span lang="pt-PT">E direi-vos
como vos loarei: </span></span>
</div>
<div class="western" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm; margin-left: 1.27cm;">
<span style="font-family: Times New Roman,serif;"><span lang="pt-PT">Dona fea,
velha e sandia!" </span></span>
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: x-small;"><span lang="pt-PT">Este
texto é enquadrado como cantiga de escárnio já que a sátira é
indireta e não cita-se o nome da pessoa especifica. Mas, se o nome
fosse citado ela seria uma Cantiga de Maldizer, pois contém todas as
características diretas como sátira da "Dona". Existe a
suposição que Joan Garcia escreveu a cantiga anterior uma senhora
que reclamava por ele não ter escrito nada em homenagem a ela. Joan
Garcia de tanto ouvi-lá dizer, teria produzido a cantiga.</span></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 0.64cm;">
<span style="font-family: Times New Roman,serif;">Todos os textos poéticos dessa
primeira época medieval eram acompanhados por música e normalmente
cantados em coro, daí serem chamados de cantigas. Isso ocasionou o
aparecimento de uma verdadeira hierarquia de artistas, assim
classificados (com o passar do tempo e dependendo da religião, essas
denominações caíram em desusos):</span></div>
<ul>
<li><div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Times New Roman,serif;"><b>Trovador</b></span><span style="font-family: Times New Roman,serif;">
______________________________________________________________________________________________________________________________________________________</span></div>
</li>
</ul>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<ul>
<li><div class="western" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Times New Roman,serif;"><b>Jogral, Segrel ou Menestral
</b></span><span style="font-family: Times New Roman,serif;">________________________________________________________________________________________________________________________________</span></div>
</li>
<li><div class="western" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Times New Roman,serif;"><b>Soldadeira ou Jogralesa
</b></span><span style="font-family: Times New Roman,serif;">________________________________________________________________________________________________________________________________</span></div>
</li>
</ul>
<ol>
<li><h1 align="CENTER" class="western" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0.11cm; margin-top: 0.42cm;">
<span style="font-family: Times New Roman,serif;"><span style="font-size: x-small;"><span lang="pt-PT">HUMANISMO</span></span></span></h1>
</li>
</ol>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: x-small;"><span lang="pt-PT">A
expressão </span></span><span style="font-size: x-small;"><span lang="pt-PT"><b>humanismo</b></span></span><span style="font-size: x-small;"><span lang="pt-PT">
refere-se genericamente a uma série de valores e ideais relacionados
à celebração do </span></span><span style="font-size: x-small;">ser
humano</span><span style="font-size: x-small;"><span lang="pt-PT">.
O termo, porém, possui diversos significados, muitas vezes
conflitantes.</span></span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: x-small;"><span lang="pt-PT">Segundo
Bernard Cottret, biógrafo de </span></span><span style="font-size: x-small;">Calvino</span><span style="font-size: x-small;"><span lang="pt-PT">,
o seu atual significado surge apenas em </span></span><span style="font-size: x-small;">1877</span><span style="font-size: x-small;"><span lang="pt-PT">.
Significa o interesse dos sábios do </span></span><span style="font-size: x-small;">Renascimento</span><span style="font-size: x-small;"><span lang="pt-PT">
pelos textos da </span></span><span style="font-size: x-small;">antiguidade
clássica</span><span style="font-size: x-small;"><span lang="pt-PT">
(em </span></span><span style="font-size: x-small;">Latim</span><span style="font-size: x-small;"><span lang="pt-PT">
e </span></span><span style="font-size: x-small;">Grego</span><span style="font-size: x-small;"><span lang="pt-PT">)
em detrimento da </span></span><span style="font-size: x-small;">escolástica</span><span style="font-size: x-small;"><span lang="pt-PT">
medieval. Autores clássicos como </span></span><span style="font-size: x-small;">Cícero</span><span style="font-size: x-small;"><span lang="pt-PT">
ou </span></span><span style="font-size: x-small;">Séneca</span><span style="font-size: x-small;"><span lang="pt-PT">
voltam a ser lidos com um interesse acrescido na Europa do século
XVI.</span></span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: x-small;"><span lang="pt-PT">Humanistas
famosos são entre outros </span></span><span style="font-size: x-small;">Petrarca</span><span style="font-size: x-small;"><span lang="pt-PT">,
</span></span><span style="font-size: x-small;">Gianozzo Manetti</span><span style="font-size: x-small;"><span lang="pt-PT">,
</span></span><span style="font-size: x-small;">Lorenzo Valla</span><span style="font-size: x-small;"><span lang="pt-PT">,
</span></span><span style="font-size: x-small;">Marsilio Ficino</span><span style="font-size: x-small;"><span lang="pt-PT">,
</span></span><span style="font-size: x-small;">Erasmo de
Roterdão</span><span style="font-size: x-small;"><span lang="pt-PT">,</span></span><span style="font-size: x-small;">François
Rabelais</span><span style="font-size: x-small;"><span lang="pt-PT">,
</span></span><span style="font-size: x-small;">Pico de La
Mirandola</span><span style="font-size: x-small;"><span lang="pt-PT">
e </span></span><span style="font-size: x-small;">Thomas Morus</span><span style="font-size: x-small;"><span lang="pt-PT">.</span></span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: x-small;"><span lang="pt-PT">Os
acadêmicos </span></span><span style="font-size: x-small;">Andrea
Alciati</span><span style="font-size: x-small;"><span lang="pt-PT">
(italiano) e </span></span><span style="font-size: x-small;">Gräzist
Wolmar</span><span style="font-size: x-small;"><span lang="pt-PT">
(alemão), a cujas aulas Calvino assistiu em </span></span><span style="font-size: x-small;">Bourges</span><span style="font-size: x-small;"><span lang="pt-PT">
são também figuras demonstrativas, se bem que num plano menor, do
espírito humanista em voga no </span></span><span style="font-size: x-small;">século
XVI</span><span style="font-size: x-small;"><span lang="pt-PT">.</span></span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: x-small;"><span lang="pt-PT">O
Humanismo teve início na </span></span><span style="font-size: x-small;">Itália</span><span style="font-size: x-small;"><span lang="pt-PT">
no século XIV indo até ao século XVI.</span></span></div>
<h2 class="western">
<a href="" name="Escola_Liter.C3.A1ria"></a>Escola
Literária</h2>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<a href="" name="Refer.C3.AAncias"></a>
<span style="font-size: x-small;"><span lang="pt-PT">Também há a
escola literária chamada Humanismo, que surgiu bem no final da Idade
Média. Ainda podemos ressaltar as prosas doutrinárias, dirigidas à
nobreza. Já as poesias, que eram cultivadas por fidalgos, utilizavam
o verso de sete sílabas e o de cinco sílabas. Podemos destacar João
Ruiz de Castelo Branco como importante autor de poesias palacianas.</span></span></div>
<ol start="2">
<li><h1 align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 100%; margin-top: 0cm;">
<span style="font-family: Times New Roman,serif;"><span style="font-size: x-small;"><span lang="pt-PT">Gil
Vicente</span></span></span></h1>
</li>
</ol>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: x-small;"><span lang="pt-PT"><b>Gil
Vicente</b></span></span><span style="font-size: x-small;"><span lang="pt-PT">
(</span></span><span style="font-size: x-small;">1465</span><span style="font-size: x-small;"><span lang="pt-PT">
— </span></span><span style="font-size: x-small;">1536</span><span style="font-size: x-small;"><span lang="pt-PT">)
é geralmente considerado o primeiro grande </span></span><span style="font-size: x-small;">dramaturgo</span><span style="font-size: x-small;"><span lang="pt-PT">
</span></span><span style="font-size: x-small;">português</span><span style="font-size: x-small;"><span lang="pt-PT">,
além de </span></span><span style="font-size: x-small;">poeta</span><span style="font-size: x-small;"><span lang="pt-PT">
de renome. Há quem o identifique com o ourives, autor da </span></span><span style="font-size: x-small;">Custódia
de Belém</span><span style="font-size: x-small;"><span lang="pt-PT">,
mestre da balança, e com o mestre de </span></span><span style="font-size: x-small;">Retórica</span><span style="font-size: x-small;"><span lang="pt-PT">
do rei </span></span><span style="font-size: x-small;">Dom Manuel</span><span style="font-size: x-small;"><span lang="pt-PT">.
Enquanto homem de </span></span><span style="font-size: x-small;">teatro</span><span style="font-size: x-small;"><span lang="pt-PT">,
parece ter também desempenhado as tarefas de músico, actor e
encenador. É frequentemente considerado, de uma forma geral, o pai
do teatro português, ou mesmo do teatro ibérico já que também
escreveu em castelhano - partilhando a paternidade da dramaturgia
espanhola com </span></span><span style="font-size: x-small;">Juan
del Encina</span><span style="font-size: x-small;"><span lang="pt-PT">.</span></span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: x-small;"><span lang="pt-PT">A
obra vicentina é tida como reflexo da mudança dos tempos e da
passagem da </span></span><span style="font-size: x-small;">Idade
Média</span><span style="font-size: x-small;"><span lang="pt-PT">
para o </span></span><span style="font-size: x-small;">Renascimento</span><span style="font-size: x-small;"><span lang="pt-PT">,
fazendo-se o balanço de uma época onde as hierarquias e a ordem
social eram regidas por regras inflexíveis, para uma nova sociedade
onde se começa a subverter a ordem instituída, ao questioná-la.
Foi, o principal representante da literatura renascentista
</span></span><span style="font-size: x-small;">portuguesa</span><span style="font-size: x-small;"><span lang="pt-PT">,
anterior a </span></span><span style="font-size: x-small;">Camões</span><span style="font-size: x-small;"><span lang="pt-PT">,
incorporando elementos populares na sua escrita que influenciou, por
sua vez, a </span></span><span style="font-size: x-small;">cultura
popular</span><span style="font-size: x-small;"><span lang="pt-PT">
portuguesa.</span></span></div>
<h3 class="western">
<a href="" name="O_Teatro_portugu.C3.AAs_antes_de_Gil_Vic"></a><a href="" name="Contexto_hist.C3.B3rico"></a><a href="" name="Dados_biogr.C3.A1ficos"></a>
O Teatro português antes de Gil Vicente</h3>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: x-small;"><span lang="pt-PT">O
teatro português não nasceu com Gil Vicente. Esse mito, criado por
vários autores de renome, como </span></span><span style="font-size: x-small;">Garcia
de Resende</span><span style="font-size: x-small;"><span lang="pt-PT">,
na sua </span></span><span style="font-size: x-small;">Miscelânia</span><span style="font-size: x-small;"><span lang="pt-PT">,
ou o seu próprio filho, Luís Vicente, por ocasião da primeira
edição da "Compilação" da obra completa do pai, poderá
justificar-se pela importância inegável do autor no contexto
literário pensinsular, mas não é de todo verdadeiro já que
existiam manifestações teatrais antes da noite de </span></span><span style="font-size: x-small;">7</span><span style="font-size: x-small;"><span lang="pt-PT">
para </span></span><span style="font-size: x-small;">8 de Junho</span><span style="font-size: x-small;"><span lang="pt-PT">
de 1502, data da primeira representação do "Auto do vaqueiro"
ou "Auto da visitação", nos aposentos da rainha.</span></span><span class="sd-abs-pos" style="left: 0.12cm; position: absolute; top: 17.19cm; width: 95px;"></span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: x-small;"><span lang="pt-PT">Já
no reinado de </span></span><span style="font-size: x-small;">Sancho
I</span><span style="font-size: x-small;"><span lang="pt-PT">, os
dois actores mais antigos portugueses, Bonamis e Acompaniado,
realizaram um espectáculo de "</span></span><span style="font-size: x-small;">arremedilho</span><span style="font-size: x-small;"><span lang="pt-PT">",
tendo sido pagos pelo rei com uma doação de terras. O arcebispo de
Braga, </span></span><span style="font-size: x-small;">Dom Frei
Telo</span><span style="font-size: x-small;"><span lang="pt-PT">,
refere-se, num documento de 1281, a representações litúrgicas por
ocasião das principais festividades católicas. Em 1451, o casamento
da infanta Dona Leonor com o imperador </span></span><span style="font-size: x-small;">Frederico
III da Alemanha</span><span style="font-size: x-small;"><span lang="pt-PT">
foi acompanhado também de representações teatrais.</span></span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: x-small;"><span lang="pt-PT">Segundo
as crónicas portuguesas de </span></span><span style="font-size: x-small;">Fernão
Lopes</span><span style="font-size: x-small;"><span lang="pt-PT">,
</span></span><span style="font-size: x-small;">Zurara</span><span style="font-size: x-small;"><span lang="pt-PT">,
</span></span><span style="font-size: x-small;">Rui de Pina</span><span style="font-size: x-small;"><span lang="pt-PT">
ou Garcia de Resende, também nas cortes de </span></span><span style="font-size: x-small;">D.
João I</span><span style="font-size: x-small;"><span lang="pt-PT">,
</span></span><span style="font-size: x-small;">D. Afonso V</span><span style="font-size: x-small;"><span lang="pt-PT">
e </span></span><span style="font-size: x-small;">D.João II</span><span style="font-size: x-small;"><span lang="pt-PT">,
se faziam encenações espectaculares. </span></span><span style="font-size: x-small;">Rui
de Pina</span><span style="font-size: x-small;"><span lang="pt-PT">
refere-se, por exemplo, a um "momo", em que Dom João II
participou pessoalmente, fazendo o papel de "</span></span><span style="font-size: x-small;">Cavaleiro
do Cisne</span><span style="font-size: x-small;"><span lang="pt-PT">",
num cenário de ondas agitadas (formadas com panos), numa frota de
naus que causou espanto entrando sala adentro acompanhado do som de
trombetas, atabales, artilharia e música executada por menestréis,
além de uma tripulação atarefada de actores vestidos de forma
espectacular.</span></span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: x-small;"><span lang="pt-PT">Contudo,
pouco resta dos textos dramáticos pré-vicentinos. Além das </span></span><span style="font-size: x-small;">éclogas</span><span style="font-size: x-small;"><span lang="pt-PT">
dialogadas de </span></span><span style="font-size: x-small;">Bernardim
Ribeiro</span><span style="font-size: x-small;"><span lang="pt-PT">,
</span></span><span style="font-size: x-small;">Cristóvão Falcão</span><span style="font-size: x-small;"><span lang="pt-PT">
e </span></span><span style="font-size: x-small;">Sá de Miranda</span><span style="font-size: x-small;"><span lang="pt-PT">,
</span></span><span style="font-size: x-small;">André Dias</span><span style="font-size: x-small;"><span lang="pt-PT">
publicou em </span></span><span style="font-size: x-small;">1435</span><span style="font-size: x-small;"><span lang="pt-PT">
um "Pranto de Santa Maria" considerado um esboço razoável
de um drama litúrgico.</span></span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: x-small;"><span lang="pt-PT">No
</span></span><span style="font-size: x-small;">Cancioneiro Geral</span><span style="font-size: x-small;"><span lang="pt-PT">
de Garcia de Resende existem alguns textos também significativos,
como o </span></span><span style="font-size: x-small;">Entremez do
Anjo</span><span style="font-size: x-small;"><span lang="pt-PT">
(assim designado por </span></span><span style="font-size: x-small;">Teófilo
Braga</span><span style="font-size: x-small;"><span lang="pt-PT">),
de D. </span></span><span style="font-size: x-small;">Francisco de
Portugal</span><span style="font-size: x-small;"><span lang="pt-PT">,
Conde de Vimioso, ou as trovas de </span></span><span style="font-size: x-small;">Anrique
da Mota</span><span style="font-size: x-small;"><span lang="pt-PT">
(ou </span></span><span style="font-size: x-small;">Farsa do
alfaiate</span><span style="font-size: x-small;"><span lang="pt-PT">,
segundo </span></span><span style="font-size: x-small;">Leite de
Vasconcelos</span><span style="font-size: x-small;"><span lang="pt-PT">)
dedicados a temas e peronagens chocarreiros como "um clérigo
sobre uma pipa de vinho que se lhe foi pelo chão", entre outros
episódios divertidos.</span></span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: x-small;"><span lang="pt-PT">É
provável que Gil Vicente tenha assistido algumas destas
representações. Viria, contudo, sem qualquer dúvida, a superá-las
em mestria e em profundidade, tal como diria </span></span><span style="font-size: x-small;">Marcelino
Menéndez Pelayo</span><span style="font-size: x-small;"><span lang="pt-PT">
ao considerá-lo a "figura mais importante dos primitivos
dramaturgos peninsulares", chegando mesmo a dizer que não havia
"quem o excedesse na europa do seu tempo".</span></span></div>
<h3 class="western">
<a href="" name="Caracter.C3.ADsticas_principais"></a><a href="" name="Obra"></a>
Características principais</h3>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: x-small;"><span lang="pt-PT">A
sua obra vem no seguimento do teatro ibérico popular e religioso que
já se fazia, ainda que de forma menos profunda. Os temas pastoris,
presentes na escrita de Juan del Encina vão influenciar fortemente a
sua primeira fase de produção teatral e permanecerão
esporadicamente na sua obra posterior, de maior diversidade temática
e sofistificação de meios. De facto, a sua obra tem uma vasta
diversidade de formas: o </span></span><span style="font-size: x-small;">auto</span><span style="font-size: x-small;"><span lang="pt-PT">
pastoril, a alegoria religiosa, narrativas bíblicas, farsas
episódicas e autos narrativos.</span></span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: x-small;"><span lang="pt-PT">Gil
Vicente retratou, com refinada comicidade, a sociedade portuguesa do
</span></span><span style="font-size: x-small;">século XVI</span><span style="font-size: x-small;"><span lang="pt-PT">,
demonstrando uma capacidade acutilante de observação ao traçar o
perfil psicológico das personagens. Crítico severo dos costumes, de
acordo com a máxima que seria ditada por </span></span><span style="font-size: x-small;">Molière</span><span style="font-size: x-small;"><span lang="pt-PT">
("Ridendo castigat mores" - rindo se castigam os costumes),
Gil Vicente é também um dos mais importantes autores </span></span><span style="font-size: x-small;">satíricos</span><span style="font-size: x-small;"><span lang="pt-PT">
da língua portuguesa. Em 44 peças, usa grande quantidade de
personagens extraídos do espectro social português da altura. É
comum a presença de marinheiros, </span></span><span style="font-size: x-small;">ciganos</span><span style="font-size: x-small;"><span lang="pt-PT">,
camponeses, </span></span><span style="font-size: x-small;">fadas</span><span style="font-size: x-small;"><span lang="pt-PT">
e </span></span><span style="font-size: x-small;">demônios</span><span style="font-size: x-small;"><span lang="pt-PT">
e de referências – sempre com um lirismo nato – a dialetos e
linguagens populares.</span></span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: x-small;"><span lang="pt-PT">Entre
suas obras estão </span></span><span style="font-size: x-small;"><span lang="pt-PT"><i>Auto
Pastoril Castelhano</i></span></span><span style="font-size: x-small;"><span lang="pt-PT">
(1502) e </span></span><span style="font-size: x-small;">Auto dos
Reis Magos</span><span style="font-size: x-small;"><span lang="pt-PT">
(1503), escritas para celebração natalina. Dentro deste contexto
insere-se ainda o </span></span><span style="font-size: x-small;"><span lang="pt-PT"><i>Auto
da Sibila Cassandra</i></span></span><span style="font-size: x-small;"><span lang="pt-PT">
(1513), que, embora até muito recentemente tenha sido visto como um
prenúncio dos os ideais renascentistas em Portugal, retoma uma
narrativa já presente na </span></span><span style="font-size: x-small;">General
Estória</span><span style="font-size: x-small;"><span lang="pt-PT">
de </span></span><span style="font-size: x-small;">Afonso X</span><span style="font-size: x-small;"><span lang="pt-PT">.
Sua obra-prima é a trilogia de sátiras </span></span><span style="font-size: x-small;">Auto
da Barca do Inferno</span><span style="font-size: x-small;"><span lang="pt-PT">
(1516), </span></span><span style="font-size: x-small;">Auto da
Barca do Purgatório</span><span style="font-size: x-small;"><span lang="pt-PT">
(1518) e </span></span><span style="font-size: x-small;">Auto da
Barca da Glória</span><span style="font-size: x-small;"><span lang="pt-PT">
(1519). Em 1523 escreve a </span></span><span style="font-size: x-small;">Farsa
de Inês Pereira</span><span style="font-size: x-small;"><span lang="pt-PT">.</span></span></div>
<ol start="3">
<li><h1 align="CENTER" class="western" lang="pt-PT" style="line-height: 100%; margin-top: 0cm;">
</h1>
</li>
<li><h1 align="CENTER" class="western" style="line-height: 100%; margin-top: 0cm;">
<span style="font-family: Times New Roman,serif;"><span style="font-size: x-small;"><span lang="pt-PT"><u>O
Velho da Horta (Resumo)</u></span></span></span></h1>
</li>
</ol>
<div class="western" lang="pt-PT" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: x-small;"><span lang="pt-PT">Esta
seguinte farsa é o seu argumento que um homem honrado, já velho,
tinha uma </span></span><span style="font-size: x-small;">horta</span><span style="font-size: x-small;"><span lang="pt-PT">:
e andando uma manhã por ela espairecendo, sendo o seu hortelão
fora, veio uma moça de muito bom parecer buscar hortaliça, e o
velho em tanta maneira se enamorou dela, uma alcoviteira que por la
passava e viu o que acontecia,vendo que fora rejeitado, foi até o
velho e se ofereceu para ajudar a conquista-la, a alcoviteira ia até
a um lugar, falava para o velho que tinha ido até a mulher desejada,
e toda vez que voltava falava que precisava de algo, e o velho
gastando todas as suas economias.A mulher do velho logo descobre
dessa suposta "traição" e se separa dele. Logo aparece um
garoto, a mando da mulher, que trazia o dinheiro que não havia
aceitado pelas hortaliças. E descobriu através do garoto que ela se
casaria, então chega o delegado com policiais e prende a
alcoviteira, que não devolve o dinheiro e é açoitada em praça
pública. E o velho senhor acaba ficando pobre, sem família nem
dinheiro, nem a moça por quem ele estava apaixonado.</span></span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: x-small;"><span lang="pt-PT">Nesta
farsa, Gil vicente retrata os infortúnios do amor de um velho que,
ironizado pela moça, termina a peça revelando uma grande frustação.
No entanto, a preocupação da farsa vicentina não se restringe ao
amor incorrespondido, mas vai além da simples crítica social,
atingindo as críticas morais, de interesses pessoais e, sobretudo,
materiais. Ademais,revela com bastante fidelidade as ideologias e
costumes desse periodo de transição para o Renascimento, mas que
ainda conserva hábito como o açoite em praça pública, ato que
ainda perpetuaria por muitos séculos adiante. Gil Vicente, portanto,
registrara a comportamento e a idelogia do homem medieval, mas também
já prenunciara as novas ideologias que estavam por iniciar uma nova
página na história da literatua e e da sociedade portuguesa.</span></span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: x-small;"><b>RASCUNHO</b></span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<a href="" name="_GoBack"></a><span style="font-size: x-small;"><b>_________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________</b></span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>LITERATURAhttp://www.blogger.com/profile/13323491515933595802noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4202180204781865416.post-37179287565245499942012-01-25T09:52:00.000-08:002012-01-25T09:52:03.478-08:00DENOTAÇÃO E CONOTAÇÃO<title></title>
<style type="text/css">
<!--
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-->
</style>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
PARA OS MEUS ALUNOS DA 8ª Série
</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Verdana,sans-serif;"><span style="font-size: x-small;"> Na
linguagem coloquial, ou seja, na linguagem do dia-a-dia, usamos as
palavras conforme as situações que nos são apresentadas. Por
exemplo, quando alguém diz a frase </span></span><strong><span style="font-family: Verdana,sans-serif;"><span style="font-size: x-small;">“Isso
é um castelo de areia”</span></span></strong><span style="font-family: Verdana,sans-serif;"><span style="font-size: x-small;">,
pode atribuir a ela sentido denotativo ou conotativo.</span></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="-moz-background-clip: border; -moz-background-inline-policy: continuous; -moz-background-origin: padding; background: rgb(255, 255, 255) none repeat scroll 0% 0%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Verdana,sans-serif;"><span style="font-size: x-small;"> Nos
textos literários nem sempre a linguagem apresenta um único
sentido, aquele apresentado pelo dicionário. Empregadas em alguns
contextos, elas ganham novos sentidos, figurados, carregados de
valores afetivos ou sociais.</span></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="-moz-background-clip: border; -moz-background-inline-policy: continuous; -moz-background-origin: padding; background: rgb(255, 255, 255) none repeat scroll 0% 0%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Verdana,sans-serif;"><span style="font-size: x-small;"> Quando
a palavra é utilizada com seu sentido comum (o que aparece no
dicionário) dizemos que foi empregada </span></span><strong><span style="font-family: Verdana,sans-serif;"><span style="font-size: x-small;">denotativamente.</span></span></strong></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="-moz-background-clip: border; -moz-background-inline-policy: continuous; -moz-background-origin: padding; background: rgb(255, 255, 255) none repeat scroll 0% 0%; margin-bottom: 0cm;">
Quando é utilizada com um sentido diferente daquele que lhe é
comum, dizemos que foi empregada <strong><span style="font-family: Verdana,sans-serif;"><span style="font-size: x-small;">conotativamente,
</span></span></strong>este recurso é muito explorado na
Literatura.</div>
<div align="JUSTIFY" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Impact,sans-serif;"><span style="font-family: Verdana,sans-serif;"><span style="font-size: x-small;"><b>Ex:</b></span></span><span style="font-family: Verdana,sans-serif;"><span style="font-size: x-small;">
Pé – Extremidade da perna.</span></span></span></div>
<div align="JUSTIFY" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Impact,sans-serif;"><span style="font-family: Verdana,sans-serif;"><span style="font-size: x-small;"><b> </b></span></span><span style="font-family: Verdana,sans-serif;"><span style="font-size: x-small;">Ele
não teve pé de romper comigo.</span></span></span></div>
<div align="CENTER" style="margin-bottom: 0cm; orphans: 2; widows: 2;">
<br />
</div>
<div align="CENTER" style="margin-bottom: 0cm; orphans: 2; widows: 2;">
<span style="color: black;"><span style="font-family: Verdana,sans-serif;"><span style="font-size: x-small;"><b>(Significação
das Palavras)</b></span></span></span></div>
<div align="JUSTIFY" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Verdana,sans-serif;"><span style="font-size: x-small;"><b>1.
Campo Semântico, Hiponímia e Hiperonímia:</b></span></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="-moz-background-clip: border; -moz-background-inline-policy: continuous; -moz-background-origin: padding; background: rgb(255, 255, 255) none repeat scroll 0% 0%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Verdana,sans-serif;"><span style="font-size: x-small;"><b>Ex.:
</b></span></span><span style="font-family: Verdana,sans-serif;"><span style="font-size: x-small;">Sol
– areia – mar = praia.</span></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="-moz-background-clip: border; -moz-background-inline-policy: continuous; -moz-background-origin: padding; background: rgb(255, 255, 255) none repeat scroll 0% 0%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Verdana,sans-serif;"><span style="font-size: x-small;">Vatapá
– Maniçoba – pato no tucupi = Comidas típicas.</span></span></div>
<div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm; orphans: 2; widows: 2;">
<br />
</div>
<div align="JUSTIFY" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Verdana,sans-serif;"><span style="font-size: x-small;"><b>2.
Polissemia:</b></span></span></div>
<div align="JUSTIFY" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm; orphans: 2; widows: 2;">
<span style="color: black;"><span style="font-family: Verdana,sans-serif;"><span style="font-size: x-small;">Compare
este par de enunciados:</span></span></span></div>
<div align="JUSTIFY" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm; orphans: 2; widows: 2;">
<span style="color: black;"><span style="font-family: Impact,sans-serif;"><span style="font-family: Verdana,sans-serif;"><span style="font-size: x-small;"><i>Não
consigo prender o </i></span></span><span style="font-family: Verdana,sans-serif;"><span style="font-size: x-small;"><i>fio
</i></span></span><span style="font-family: Verdana,sans-serif;"><span style="font-size: x-small;"><i>de
lã na agulha de tricô.</i></span></span></span></span></div>
<div align="JUSTIFY" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm; orphans: 2; widows: 2;">
<span style="color: black;"><span style="font-family: Impact,sans-serif;"><span style="font-family: Verdana,sans-serif;"><span style="font-size: x-small;"><i>Enrosquei
minha pipa no </i></span></span><span style="font-family: Verdana,sans-serif;"><span style="font-size: x-small;"><i>fio
</i></span></span><span style="font-family: Verdana,sans-serif;"><span style="font-size: x-small;"><i>daquele
poste.</i></span></span></span></span></div>
<div style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Verdana,sans-serif;"><span style="font-size: x-small;"><b>Ex:</b></span></span><span style="font-family: Verdana,sans-serif;"><span style="font-size: x-small;">
</span></span><span style="font-family: Verdana,sans-serif;"><span style="font-size: x-small;">Ele
ocupa um alto posto na empresa. / Abasteci meu carro no posto da
esquina. / Os convites eram de graça. / Os fiéis agradecem a graça
recebida.</span></span></div>
<div style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Verdana,sans-serif;"><span style="font-size: x-small;">A
</span></span><span style="font-family: Verdana,sans-serif;"><span style="font-size: x-small;"><b>cabeça</b></span></span><span style="font-family: Verdana,sans-serif;"><span style="font-size: x-small;">
une-se ao tronco pelo pescoço.<br />Ele é o </span></span><span style="font-family: Verdana,sans-serif;"><span style="font-size: x-small;"><b>cabeça</b></span></span><span style="font-family: Verdana,sans-serif;"><span style="font-size: x-small;">
da rebelião.<br />Sabrina tem boa </span></span><span style="font-family: Verdana,sans-serif;"><span style="font-size: x-small;"><b>cabeça</b></span></span><span style="font-family: Verdana,sans-serif;"><span style="font-size: x-small;">.</span></span></div>
<div align="JUSTIFY" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div align="JUSTIFY" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Verdana,sans-serif;"><span style="font-size: x-small;"><b>3.
Sinonímia:</b></span></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="-moz-background-clip: border; -moz-background-inline-policy: continuous; -moz-background-origin: padding; background: rgb(255, 255, 255) none repeat scroll 0% 0%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Verdana,sans-serif;"><span style="font-size: x-small;"><b>Ex:</b></span></span><span style="font-family: Verdana,sans-serif;"><span style="font-size: x-small;">
</span></span><span style="font-family: Verdana,sans-serif;"><span style="font-size: x-small;">Cômico
– engraçado</span></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="-moz-background-clip: border; -moz-background-inline-policy: continuous; -moz-background-origin: padding; background: rgb(255, 255, 255) none repeat scroll 0% 0%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Verdana,sans-serif;"><span style="font-size: x-small;">Fraco-frágil</span></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="-moz-background-clip: border; -moz-background-inline-policy: continuous; -moz-background-origin: padding; background: rgb(255, 255, 255) none repeat scroll 0% 0%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Verdana,sans-serif;"><span style="font-size: x-small;">Distante
- afastado.</span></span></div>
<div align="JUSTIFY" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div align="JUSTIFY" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Verdana,sans-serif;"><span style="font-size: x-small;"><b>4.
Antonímia:</b></span></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="-moz-background-clip: border; -moz-background-inline-policy: continuous; -moz-background-origin: padding; background: rgb(255, 255, 255) none repeat scroll 0% 0%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Verdana,sans-serif;"><span style="font-size: x-small;"><b>Ex:</b></span></span><span style="font-family: Verdana,sans-serif;"><span style="font-size: x-small;">
</span></span><span style="font-family: Verdana,sans-serif;"><span style="font-size: x-small;">Economizar
x gastar</span></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="-moz-background-clip: border; -moz-background-inline-policy: continuous; -moz-background-origin: padding; background: rgb(255, 255, 255) none repeat scroll 0% 0%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Verdana,sans-serif;"><span style="font-size: x-small;">Bem
x mal</span></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="-moz-background-clip: border; -moz-background-inline-policy: continuous; -moz-background-origin: padding; background: rgb(255, 255, 255) none repeat scroll 0% 0%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Verdana,sans-serif;"><span style="font-size: x-small;">Bom
x ruim.</span></span></div>
<div align="JUSTIFY" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Verdana,sans-serif;"><span style="font-size: x-small;">Claro
x escuro</span></span></div>
<div align="JUSTIFY" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm; orphans: 2; widows: 2;">
<span style="color: black;"><span style="font-family: Verdana,sans-serif;"><span style="font-size: x-small;">Rico
x Pobre</span></span></span></div>
<div align="JUSTIFY" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div align="JUSTIFY" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Verdana,sans-serif;"><span style="font-size: x-small;"><b>5.
Paronímia:</b></span></span></div>
<div align="JUSTIFY" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Impact,sans-serif;"><span style="font-family: Verdana,sans-serif;"><span style="font-size: x-small;"><b>Ex:</b></span></span><span style="font-family: Verdana,sans-serif;"><span style="font-size: x-small;">
Eminente x Iminente</span></span></span></div>
<div align="JUSTIFY" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm; orphans: 2; widows: 2;">
<span style="color: black;"><span style="font-family: Verdana,sans-serif;"><span style="font-size: x-small;">Discrição
x Descrição</span></span></span></div>
<div align="JUSTIFY" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm; orphans: 2; widows: 2;">
<span style="color: black;"><span style="font-family: Verdana,sans-serif;"><span style="font-size: x-small;">Ratificar
x Retificar</span></span></span></div>
<div align="JUSTIFY" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm; orphans: 2; widows: 2;">
<span style="color: black;"><span style="font-family: Verdana,sans-serif;"><span style="font-size: x-small;">Comprimento
x Cumprimento</span></span></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="-moz-background-clip: border; -moz-background-inline-policy: continuous; -moz-background-origin: padding; background: rgb(255, 255, 255) none repeat scroll 0% 0%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Verdana,sans-serif;"><span style="font-size: x-small;">Cavaleiro
x cavalheiro</span></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="-moz-background-clip: border; -moz-background-inline-policy: continuous; -moz-background-origin: padding; background: rgb(255, 255, 255) none repeat scroll 0% 0%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Verdana,sans-serif;"><span style="font-size: x-small;">Absolver
x absorver</span></span></div>
<div align="JUSTIFY" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div align="JUSTIFY" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Verdana,sans-serif;"><span style="font-size: x-small;"><b>6.
Homonímia</b></span></span></div>
<div align="JUSTIFY" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm; orphans: 2; widows: 2;">
<span style="color: black;"><span style="font-family: Verdana,sans-serif;"><span style="font-size: x-small;">Existe
homonímia quando duas palavras têm a mesma pronúncia ou a
mesma grafia, mas são diferentes no significado. As palavras
homônimas se dividem em:</span></span></span></div>
<div align="JUSTIFY" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Verdana,sans-serif;"><span style="font-size: x-small;"><b>6.1.
Homógrafas:</b></span></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="-moz-background-clip: border; -moz-background-inline-policy: continuous; -moz-background-origin: padding; background: rgb(255, 255, 255) none repeat scroll 0% 0%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Verdana,sans-serif;"><span style="font-size: x-small;"><b>Ex:</b></span></span><span style="font-family: Verdana,sans-serif;"><span style="font-size: x-small;">
</span></span><span style="font-family: Verdana,sans-serif;"><span style="font-size: x-small;">gosto
(substantivo) - gosto / (1ª pessoa singular presente indicativo do
verbo gostar)</span></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="-moz-background-clip: border; -moz-background-inline-policy: continuous; -moz-background-origin: padding; background: rgb(255, 255, 255) none repeat scroll 0% 0%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Verdana,sans-serif;"><span style="font-size: x-small;">Conserto
(substantivo) - conserto (1ª pessoa singular presente indicativo do
verbo consertar);</span></span></div>
<div align="JUSTIFY" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div align="JUSTIFY" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Verdana,sans-serif;"><span style="font-size: x-small;"><b>6.2.
Homófonas:</b></span></span></div>
<div align="JUSTIFY" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Impact,sans-serif;"><span style="font-family: Verdana,sans-serif;"><span style="font-size: x-small;"><b>Ex:</b></span></span><span style="font-family: Verdana,sans-serif;"><span style="font-size: x-small;">
Ascender; Acender.</span></span></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="-moz-background-clip: border; -moz-background-inline-policy: continuous; -moz-background-origin: padding; background: rgb(255, 255, 255) none repeat scroll 0% 0%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Verdana,sans-serif;"><span style="font-size: x-small;">Cela
(substantivo) - sela (verbo)</span></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="-moz-background-clip: border; -moz-background-inline-policy: continuous; -moz-background-origin: padding; background: rgb(255, 255, 255) none repeat scroll 0% 0%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Verdana,sans-serif;"><span style="font-size: x-small;">Cessão
(substantivo) - sessão (substantivo)</span></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="-moz-background-clip: border; -moz-background-inline-policy: continuous; -moz-background-origin: padding; background: rgb(255, 255, 255) none repeat scroll 0% 0%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Verdana,sans-serif;"><span style="font-size: x-small;">Cerrar
(verbo) - serrar ( verbo);<b>6.3. Homonímia Perfeita:</b></span></span></div>
<div align="JUSTIFY" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Impact,sans-serif;"><span style="font-family: Verdana,sans-serif;"><span style="font-size: x-small;"><b>Ex:</b></span></span><span style="font-family: Verdana,sans-serif;"><span style="font-size: x-small;">
Manga (Parte do vestuário onde se enfia o braço);</span></span></span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Verdana,sans-serif;"><span style="font-size: x-small;">Manga
(Fruto da mangueira).</span></span></div>
<div align="JUSTIFY" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div align="JUSTIFY" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Verdana,sans-serif;"><span style="font-size: x-small;"><b>7.
Monossemia</b></span></span></div>
<div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Verdana,sans-serif;"><span style="font-size: x-small;"><b>Ex:</b></span></span><span style="font-family: Verdana,sans-serif;"><span style="font-size: x-small;">
Televisor, </span></span><span style="font-family: Verdana,sans-serif;"><span style="font-size: x-small;">logaritmo,
manganês.</span></span></div>
<div align="JUSTIFY" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div align="JUSTIFY" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Impact,sans-serif;"><span style="font-family: Verdana,sans-serif;"><span style="font-size: x-small;"><b>8.
Ambiguidade</b></span></span></span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Verdana,sans-serif;"><span style="font-size: x-small;"><b>Ex:</b></span></span><span style="font-family: Verdana,sans-serif;"><span style="font-size: x-small;">
</span></span><span style="font-family: Verdana,sans-serif;"><span style="font-size: x-small;"><span lang="pt-PT">"A
mãe encontrou o filho em seu quarto." (No quarto da mãe ou do
filho?)</span></span></span></div>
<div class="western" lang="pt-PT" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Verdana,sans-serif;"><span style="font-size: x-small;">"Como
vai a cachorra da sua mãe?" (Que cachorra? a mãe ou a cadela
criada pela mãe?)</span></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" lang="pt-PT" style="-moz-background-clip: border; -moz-background-inline-policy: continuous; -moz-background-origin: padding; background: rgb(255, 255, 255) none repeat scroll 0% 0%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Verdana,sans-serif;"><span style="font-size: x-small;">"Este
líder dirigiu bem sua nação"("sua"? nação da 2ª
ou 3° pessoa(o líder)??).</span></span></div>LITERATURAhttp://www.blogger.com/profile/13323491515933595802noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4202180204781865416.post-62266542687510177872012-01-19T11:58:00.000-08:002012-01-19T11:58:43.248-08:00Cenas do BBB12: são coisas de “Zé Mané”, como disse Pedro Bial?<div style="text-align: justify;">
<strong>LUIZ FLÁVIO GOMES*</strong></div>
<div style="text-align: justify;">
No programa <em>Altas Horas</em>, Pedro Bial, o apresentador do <em>BBB</em>, disse: “Gosto de ver coisa ruim na TV”. Boni, cujo filho, Boninho, dirige o <em>BBB</em>, perguntou: “Então você assiste o <em>BBB</em>”.
Pedro Bial, dando nome aos que participam e assistem ao programa,
respondeu: “Eu não assisto porque não gosto de me ver. Mas, para domar
o formato, tive de me despir da condição de jornalista e ser Zé Mané
junto com os outros”. O <em>BBB</em>, então,<em> </em>é coisa de “Zé Mané”?</div>
<div style="text-align: justify;">
Tocqueville (nobre francês que foi
estudar a democracia norte-americana), em 1840, escreveu: “Vejo [na
democracia] uma multidão inumerável de homens semelhantes e iguais que
giram, sem descanso, sobre si mesmos para procurarem pequenos e
vulgares prazeres com os quais preenchem suas almas”.</div>
<div style="text-align: justify;">
Será que o “Zé Mané” a que se refere o
Pedro Bial (certamente com exceção da Luíza que está no Canadá!)
corresponderia a esse tipo de <em>homo democraticus</em>, guiado pela vulgaridade, que significa mediocridade moral e decadência do bom gosto?</div>
<div style="text-align: justify;">
Os moralistas, os árbitros da
elegância, os aristocratas e os burgueses da elite nunca aceitaram a
cultura da vulgaridade, mas não se pode esquecer que ela é co-irmã da
cultura da igualdade e marca registrada da democracia.</div>
<div style="text-align: justify;">
O Ocidente inventou muitas coisas
fantásticas nos últimos três séculos: as ciências, o Estado de Direito
e a democracia estão dentre essas inovações. Democracia (igualdade,
liberdade e fraternidade, da Revolução francesa) significou a derrubada
da aristocracia e monarquia. A desigualdade formal e material era a
regra. Com a democracia veio a igualdade (pelo menos formal). E com
essa igualdade surgiu como cultura preponderante a vulgaridade, que
ganhou força inigualável com o advento da televisão, em meados do
século XX.</div>
<div style="text-align: justify;">
O ser humano do século XXI (ser humano
massa) tem bons motivos para comemorar a evolução fantástica ocorrida
em relação às liberdades (o progresso moral, nesse campo, é
inequívoco), mas com frequência cai na tentação de não fazer bom uso
dessa liberdade, gerando excentricidades e grosserias típicas do mundo
medieval.</div>
<div style="text-align: justify;">
Incentivar ou programar ou transmitir
(sem tomar nenhuma providência) cena de estupro (real ou simulada),
onde um homem estaria abusando de uma mulher, em estado de
inconsciência, claro que retrata uma bizarrice brutal, que poderíamos
chamar de televidiotice.</div>
<div style="text-align: justify;">
Em casos recentes desse tipo de
barbárie os anunciantes do programa foram os primeiros a tirar o time
de campo (isso ocorreu, por exemplo, com o grotesco jornal inglês <em>News of the World, </em>de propriedade de Rupert Murdoch, que foi fechado em julho de 2011). Paralelamente acontecia a reprovação geral do público.</div>
<div style="text-align: justify;">
Agora que temos as redes sociais, é
chegado o momento de nos emanciparmos de nós mesmos (da nossa
democrática e igualitária vulgaridade), buscando o <em>status </em>de cidadãos envolvidos com o destino da <em>polis</em>
e da democracia, por meio da exemplaridade (Javier Gomá), dando vida a
um novo modelo de democracia como projeto de uma civilização
igualitária, fundada em bases finitas. Podemos nos valer das redes
sociais para nos posicionar pela construção de uma nova <em>paideia</em>
(formação cultural), que censure os abusos da liberdade (especialmente
a de expressão) e que lute pelo desenvolvimento de sentimentos e
costumes coletivos fundadores de uma saudável e viável vida comunitária.</div>
<div style="text-align: justify;">
O ser humano democrático contemporâneo
deveria refletir seriamente sobre a necessidade de autolimitação do seu
“eu” subjetivo dotado de direitos e liberdades, dominando os seus
instintos corporais mais animalescos e eliminando do seu cotidiano as
excentricidades e extravagâncias nefastas, dando evidências da sua
urbanização, que consiste na eleição da civilização e recusa, ao mesmo
tempo, da barbárie.</div>
<div style="text-align: justify;">
Há fortes razões para que nós reformulemos nosso estilo de vida, tornando nossa <em>polis</em>
atrativa para a convivência humana, ou seja, livre da anarquia e da
anomia (ausência de regras ou desprezo às regras). Um bom exemplo
poderia ser dado desde logo pelas emissoras de televisão, que deveriam
ser pressionadas pelos anunciantes e pela opinião pública para
participarem de uma nova <em>paideia</em> (formação cultural), fundada
na civilização, na cidadania, na democracia e na exemplaridade. Quem
vai dar o pontapé inicial nesse grandioso empreendimento de
reformulação do ser humano?</div>
<div style="text-align: justify;">
* LFG – Jurista e cientista criminal.
Fundador da Rede de Ensino LFG. Diretor-presidente do Instituto de
Pesquisa e Cultura Luiz Flávio Gomes. Foi Promotor de Justiça (1980 a
1983), Juiz de Direito (1983 a 1998) e Advogado (1999 a 2001).
Acompanhe meu <a href="http://atualidadesdodireito.com.br/">Blog</a>. Siga-me no <a href="http://twitter.com/#%21/ProfessorLFG/">Twitter</a>. Assine meu <a href="http://www.facebook.com/pages/Blog-do-LFG/132390296828828">Facebook</a>. Veja no YouTube nossa Escola da Vida, da Sabedoria e do Sucesso.</div>
<div style="text-align: justify;">
http://atualidadesdodireito.com.br/lfg/2012/01/19/cenasdobbb12/ </div>LITERATURAhttp://www.blogger.com/profile/13323491515933595802noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4202180204781865416.post-42669341456067583042012-01-17T14:11:00.000-08:002012-01-17T14:13:10.570-08:00Polícia já investiga suposto caso de estupro no BBB 2012Tudo o que eu já esperava deste programa alienável e aculturado está sendo consumado. <span id="goog_1942875053"></span><span id="goog_1942875054"></span> <br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhFs09OR-PPoXwKY32ROYu55e9KJTcij8yCeizPnmf6jAHHVeBi9pwjy6YMQcadAcCu3vY7eTxiL_yyz8BxOAouQsGnWS56wM-L5UlBdPBy8XJwRISw5IMi1751FprgHhWbaLnI6Z4UbiUa/s1600/38484_460x270_0355148001326745668.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="187" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhFs09OR-PPoXwKY32ROYu55e9KJTcij8yCeizPnmf6jAHHVeBi9pwjy6YMQcadAcCu3vY7eTxiL_yyz8BxOAouQsGnWS56wM-L5UlBdPBy8XJwRISw5IMi1751FprgHhWbaLnI6Z4UbiUa/s320/38484_460x270_0355148001326745668.jpg" width="320" /></a></div>
<br />
A polícia está investigando o possível estupro realizado por Daniel
em Monique dentro da casa do Big Brother Brasil na madrugada de domingo. <br />
De acordo com o delegado titular da 32ª DP do Rio de
Janeiro, Antonio Ricardo, o caso já está sendo investigado pela
polícia. Em entrevista ao site Ego, da Globo.com, o chefe de
investigação da delegacia, Paulo Roberto adotou um tom cauteloso ao
abordar o assunto.<br />
“Antes de qualquer coisa, precisamos ouvir as
partes envolvidas. O inquérito só será aberto se Monique confirmar que
houve abuso e disser que não tinha discernimento”, afirmou.<br />
Segundo
o delegado, o vídeo que circula na Internet sobre o suposto estupro não
tem valor legal. “É tudo muito prematuro, estamos engatinhando. Tomamos
conhecimento do caso há apenas duas ou três horas”, declarou.<br />
FONTE: http://www.d24am.com/plus/bbb-12/policia-ja-investiga-suposto-caso-de-estupro-no-bbb-2012/47570LITERATURAhttp://www.blogger.com/profile/13323491515933595802noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4202180204781865416.post-34025353749614506292012-01-17T14:04:00.001-08:002012-01-17T14:04:20.894-08:00Crônica de Luiz Fernando Veríssimo sobre o "BBB"<div class="post-header">
</div>
Quem deseja o bem e o futuro honrado do Brasil deve difundir esta
mensagem... A Globo precisa saber que existem brasileiros inteligentes
e honrados nesta terra... Palmas para o nosso corajoso cronista...<br />
<br />
Crônica de Luiz Fernando Veríssimo sobre o "BBB"<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgSJUfylvQLqKeYjiPqnFUharOUrLHJeZ_H5xh-nCi_vJl08uRDn7tQT3BDjbUcOvOUKSdoXl9W4iMyiVdsUHN1F0UOiGUa6K4qwQoyqjQSL7MNsyptjt6ECbVsBpFJB3z1x57FJiUTqNA/s1600/bial.jpeg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="183" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgSJUfylvQLqKeYjiPqnFUharOUrLHJeZ_H5xh-nCi_vJl08uRDn7tQT3BDjbUcOvOUKSdoXl9W4iMyiVdsUHN1F0UOiGUa6K4qwQoyqjQSL7MNsyptjt6ECbVsBpFJB3z1x57FJiUTqNA/s320/bial.jpeg" width="275" /></a></div>
<br />
<br />
Que me perdoem os ávidos telespectadores do Big Brother Brasil (BBB),<br />
produzido e organizado pela nossa distinta Rede Globo, mas conseguimos<br />
chegar ao fundo do poço...A décima terceira (está indo longe!) edição<br />
do BBB é uma síntese do que há de pior na TV brasileira. Chega a ser<br />
difícil, encontrar as palavras adequadas para qualificar tamanho<br />
atentado à nossa modesta inteligência.<br />
<br />
Dizem que Roma, um dos maiores impérios que o mundo conheceu, teve seu<br />
fim marcado pela depravação dos valores morais do seu povo,<br />
principalmente pela banalização do sexo. O BBB 11 é a pura e suprema<br />
banalização do sexo. Impossível assistir, ver este programa ao lado<br />
dos filhos. Gays, lésbicas, heteros... todos na mesma casa, a casa dos<br />
“heróis”, como são chamados por Pedro Bial. Não tenho nada contra<br />
gays, acho que cada um faz da vida o que quer, mas sou contra safadeza<br />
ao vivo na TV, seja entre homossexuais ou heterosexuais. O BBB 11 é a<br />
realidade em busca do IBOPE..<br />
<br />
Veja como Pedro Bial tratou os participantes do BBB 11. Ele prometeu<br />
um “zoológico humano divertido” . Não sei se será divertido, mas<br />
parece bem variado na sua mistura de clichês e figuras típicas.<br />
<br />
Se entendi corretamente as apresentações, são 15 os “animais” do<br />
“zoológico”: o judeu tarado, o gay afeminado, a dentista gostosa, o<br />
negro com suingue, a nerd tímida, a gostosa com bundão, a “não sou<br />
piranha mas não sou santa”, o modelo Mr. Maringá, a lésbica convicta,<br />
a DJ intelectual, o carioca marrento, o maquiador drag-queen e a PM<br />
que gosta de apanhar (essa é para acabar!!!).<br />
<br />
Pergunto-me, por exemplo, como um jornalista, documentarista e<br />
escritor como Pedro Bial que, faça-se justiça, cobriu a Queda do Muro<br />
de Berlim, se submete a ser apresentador de um programa desse nível.<br />
Em um e-mail que recebi há pouco tempo, Bial escreve maravilhosamente<br />
bem sobre a perda do humorista Bussunda referindo-se à pena de se<br />
morrer tão cedo.<br />
Eu gostaria de perguntar se ele não pensa que esse programa é a morte<br />
da cultura, de valores e princípios, da moral, da ética e da<br />
dignidade.<br />
<br />
Outro dia, durante o intervalo de uma programação da Globo, um outro<br />
repórter acéfalo do BBB disse que, para ganhar o prêmio de um milhão e<br />
meio de reais, um Big Brother tem um caminho árduo pela frente,<br />
chamando-os de heróis. Caminho árduo? Heróis?<br />
<br />
São esses nossos exemplos de heróis?<br />
<br />
Caminho árduo para mim é aquele percorrido por milhões de brasileiros,<br />
profissionais da saúde, professores da rede pública (aliás, todos os<br />
professores), carteiros, lixeiros e tantos outros trabalhadores<br />
incansáveis que, diariamente, passam horas exercendo suas funções com<br />
dedicação, competência e amor, quase sempre mal remunerados..<br />
<br />
Heróis, são milhares de brasileiros que sequer têm um prato de comida<br />
por dia e um colchão decente para dormir e conseguem sobreviver a<br />
isso, todo santo dia.<br />
<br />
Heróis, são crianças e adultos que lutam contra doenças<br />
complicadíssimas porque não tiveram chance de ter uma vida mais<br />
saudável e digna.<br />
<br />
Heróis, são inúmeras pessoas, entidades sociais e beneficentes, ONGs,<br />
voluntários, igrejas e hospitais que se dedicam ao cuidado de<br />
carentes, doentes e necessitados (vamos lembrar de nossa eterna<br />
heroína, Zilda Arns).<br />
<br />
Heróis, são aqueles que, apesar de ganharem um salário mínimo, pagam<br />
suas contas, restando apenas dezesseis reais para alimentação, como<br />
mostrado em outra reportagem apresentada meses atrás pela própria Rede Globo.<br />
<br />
O Big Brother Brasil não é um programa cultural, nem educativo, não<br />
acrescenta informações e conhecimentos intelectuais aos<br />
telespectadores, nem aos participantes, e não há qualquer outro<br />
estímulo como, por exemplo, o incentivo ao esporte, à música, à<br />
criatividade ou ao ensino de conceitos como valor, ética, trabalho e<br />
moral.<br />
<br />
<br />
E ai vem algum psicólogo de vanguarda e me diz que o BBB ajuda a<br />
"entender o comportamento humano". Ah, tenha dó!!!<br />
<br />
Veja o que está por de tra$$$$$$$$$$$$$$$$ do BBB: José Neumani da<br />
Rádio Jovem Pan, fez um cálculo de que se vinte e nove milhões de<br />
pessoas ligarem a cada paredão, com o custo da ligação a trinta<br />
centavos, a Rede Globo e a Telefônica arrecadam oito milhões e<br />
setecentos mil reais. Eu vou repetir: oito milhões e setecentos mil<br />
reais a cada paredão.<br />
<br />
Já imaginaram quanto poderia ser feito com essa quantia<br />
se fosse dedicada a programas de inclusão social, moradia,<br />
alimentação, ensino e saúde de muitos brasileiros?<br />
<br />
(Poderia ser feito mais de 520 casas populares; ou comprar mais de<br />
5.000 computadores!)<br />
<br />
Essas palavras não são de revolta ou protesto, mas de vergonha e<br />
indignação, por ver tamanha aberração ter milhões de telespectadores.<br />
<br />
Em vez de assistir ao BBB, que tal ler um livro, um poema de Mário<br />
Quintana ou de Neruda ou qualquer outra coisa..., ir ao cinema...,<br />
estudar.... , ouvir boa música..., cuidar das flores e jardins... ,<br />
telefonar para um amigo... , visitar os avós... , pescar..., brincar<br />
com as crianças... , namorar... ou simplesmente dormir.<br />
<br />
Assistir ao BBB é ajudar a Globo a ganhar rios de dinheiro e destruir<br />
o que ainda<br />
resta dos valores sobre os quais foi construído nossa sociedade.LITERATURAhttp://www.blogger.com/profile/13323491515933595802noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4202180204781865416.post-68991637373691393662012-01-10T07:39:00.001-08:002012-01-10T07:39:39.002-08:00CONCORDÂNCIA NOMINALPor Araújo, A. Ana Paula de<br />
Concordância nominal nada mais é que o ajuste que fazemos aos demais
termos da oração para que concordem em gênero e número com o
substantivo.<br />
<br />
Teremos que alterar, portanto, o artigo, o adjetivo, o numeral e o pronome.<br />
<br />
Além disso, temos também o verbo, que se flexionará à sua maneira, merecendo um estudo separado de concordância verbal.<br />
<br />
REGRA GERAL: O artigo, o adjetivo, o numeral e o pronome, concordam em gênero e número com o substantivo.<br />
<br />
- A pequena criança é uma gracinha.<br />
- O garoto que encontrei era muito gentil e simpático.<br />
<br />
CASOS ESPECIAIS: Veremos alguns casos que fogem à regra geral, mostrada acima.<br />
<br />
a) Um adjetivo após vários substantivos<br />
<br />
1 – Substantivos de mesmo gênero: adjetivo vai para o plural ou concorda com o substantivo mais próximo.<br />
<br />
- Irmão e primo recém-chegado estiveram aqui.<br />
- Irmão e primo recém-chegados estiveram aqui.<br />
<br />
2 – Substantivos de gêneros diferentes: vai para o plural masculino ou concorda com o substantivo mais próximo.<br />
<br />
- Ela tem pai e mãe louros.<br />
- Ela tem pai e mãe loura.<br />
<br />
3 – Adjetivo funciona como predicativo: vai obrigatoriamente para o plural.<br />
<br />
- O homem e o menino estavam perdidos.<br />
- O homem e sua esposa estiveram hospedados aqui.<br />
<br />
b) Um adjetivo anteposto a vários substantivos<br />
<br />
1 – Adjetivo anteposto normalmente: concorda com o mais próximo.<br />
<br />
Comi delicioso almoço e sobremesa.<br />
Provei deliciosa fruta e suco.<br />
<br />
2 – Adjetivo anteposto funcionando como predicativo: concorda com o mais próximo ou vai para o plural.<br />
<br />
Estavam feridos o pai e os filhos.<br />
Estava ferido o pai e os filhos.<br />
<br />
c) Um substantivo e mais de um adjetivo<br />
<br />
1- antecede todos os adjetivos com um artigo.<br />
<br />
Falava fluentemente a língua inglesa e a espanhola.<br />
<br />
2- coloca o substantivo no plural.<br />
<br />
Falava fluentemente as línguas inglesa e espanhola.<br />
<br />
d) Pronomes de tratamento<br />
<br />
1 – sempre concordam com a 3ª pessoa.<br />
<br />
Vossa santidade esteve no Brasil.<br />
<br />
e) Anexo, incluso, próprio, obrigado<br />
<br />
1 – Concordam com o substantivo a que se referem.<br />
<br />
As cartas estão anexas.<br />
A bebida está inclusa.<br />
Precisamos de nomes próprios.<br />
Obrigado, disse o rapaz.<br />
<br />
f) Um(a) e outro(a), num(a) e noutro(a)<br />
<br />
1 – Após essas expressões o substantivo fica sempre no singular e o adjetivo no plural.<br />
<br />
Renato advogou um e outro caso fáceis.<br />
Pusemos numa e noutra bandeja rasas o peixe.<br />
<br />
g) É bom, é necessário, é proibido<br />
<br />
1- Essas expressões não variam se o sujeito não vier precedido de artigo ou outro determinante.<br />
<br />
Canja é bom. / A canja é boa.<br />
É necessário sua presença. / É necessária a sua presença.<br />
É proibido entrada de pessoas não autorizadas. / A entrada é proibida.<br />
<br />
h) Muito, pouco, caro<br />
<br />
1- Como adjetivos: seguem a regra geral.<br />
<br />
Comi muitas frutas durante a viagem.<br />
Pouco arroz é suficiente para mim.<br />
Os sapatos estavam caros.<br />
<br />
2- Como advérbios: são invariáveis.<br />
<br />
Comi muito durante a viagem.<br />
Pouco lutei, por isso perdi a batalha.<br />
Comprei caro os sapatos.<br />
<br />
i) Mesmo, bastante<br />
<br />
1- Como advérbios: invariáveis<br />
<br />
Preciso mesmo da sua ajuda.<br />
Fiquei bastante contente com a proposta de emprego.<br />
<br />
2- Como pronomes: seguem a regra geral.<br />
<br />
Seus argumentos foram bastantes para me convencer.<br />
Os mesmos argumentos que eu usei, você copiou.<br />
<br />
j) Menos, alerta<br />
<br />
1- Em todas as ocasiões são invariáveis.<br />
<br />
Preciso de menos comida para perder peso.<br />
Estamos alerta para com suas chamadas.<br />
<br />
k) Tal Qual<br />
<br />
1- “Tal” concorda com o antecedente, “qual” concorda com o conseqüente.<br />
<br />
As garotas são vaidosas tais qual a tia.<br />
Os pais vieram fantasiados tais quais os filhos.<br />
<br />
l) Possível<br />
<br />
1- Quando vem acompanhado de “mais”, “menos”, “melhor” ou “pior”, acompanha o artigo que precede as expressões.<br />
<br />
A mais possível das alternativas é a que você expôs.<br />
Os melhores cargos possíveis estão neste setor da empresa.<br />
As piores situações possíveis são encontradas nas favelas da cidade.<br />
<br />
m) Meio<br />
<br />
1- Como advérbio: invariável.<br />
<br />
Estou meio insegura.<br />
<br />
2- Como numeral: segue a regra geral.<br />
<br />
Comi meia laranja pela manhã.<br />
<br />
n) Só<br />
<br />
1- apenas, somente (advérbio): invariável.<br />
<br />
Só consegui comprar uma passagem.<br />
<br />
2- sozinho (adjetivo): variável.<br />
<br />
Estiveram sós durante horas. <br />
FONTE:http://www.infoescola.com/portugues/concordancia-nominal/LITERATURAhttp://www.blogger.com/profile/13323491515933595802noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4202180204781865416.post-79790442498021919942012-01-10T07:32:00.001-08:002012-06-25T12:31:07.883-07:00Macetes de crase<div class="post-header">
</div>
Crase<br />
Regra de crases: Para cantar com o ritmo Jingle Bells:<br />
"Se vou 'a', volto 'da', crase haverá,<br />
Se vou 'a', volto 'de', crase para quê?"<br />
(colaboração de: Miriam Camila Garcia de Lima)<br />
<br />
Crase<br />
Para usar a crase nas frase do tipo: Vou a Roma e à Itália, Vou à Argentina<br />
Macete: você muda a frase para Voltei de Roma e voltei da Itália<br />
Obs: Quando aparecer de nos dois, não te crase<br />
Ex: Voltei de Roma e voltei da Argentina (só aparece de na primeira, então usa-se a crase)<br />
___ Vou à Argentina, Voltei da Argentina (não aparece de, então usa-se a crase)<br />
Macete: quem vai à e volta da crase Há, quem vai a e volta de crase pra que?<br />
________quando venho, venho da, quando vou craseio o a. Quando venho, venho de, quando vou, crase pra quê?<br />
<br />
Pode-se cantar em vários ritmos:<br />
Cara a cara<br />
não tem crase<br />
isto é fácil de guardar<br />
com palavra repetida<br />
não se deve "crasear"<br />
II<br />
Não se deve usar a crase<br />
em casos especiais<br />
com palavras masculinas<br />
ou pronomes pessoais<br />
III<br />
Dona, senhora, senhorita<br />
fazem caso genial<br />
assanhadas vem e aceitam<br />
o artigo é fatal<br />
IV<br />
Nome próprio masculino<br />
uma crase aceitará<br />
se com moda ou maneira<br />
antes eu puder falar<br />
V<br />
Casa própria, a do falante<br />
me rejeita o artigo<br />
e se isso acontece<br />
"crasear" eu não consigo<br />
VI<br />
Se há um complemento<br />
e é nominal<br />
é só ter o feminino<br />
e praticar normal<br />
VII<br />
Objeto, indireto<br />
faz um caso decisivo<br />
se ainda vem tasendo<br />
qualquer termo feminino<br />
<br />
Conjunções e Locuções - Conjuntivas Subordinativas<br />
São elas: Concessivas, Condicionais, Comparativas, Causais,
Conformativas, Consecutivas, Temporais, Proporcionais, Finais e
Integrantes.<br />
Macete: CoCoCom CaCoCo TemProFinIn<br />
<br />
Música para saber os porquês:<br />
Hoje eu acordei com vontade de escrever<br />
olhei atentamente os quatro ipos de porque<br />
junto, separado, com acento ou sem acento<br />
esse é o porque que eu não agüento<br />
é separado para pergunta<br />
e com acento somente no final<br />
será juntinho para resposta<br />
e com acento pra motivo real<br />
Colaboração de : Gabriela CabreraLITERATURAhttp://www.blogger.com/profile/13323491515933595802noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4202180204781865416.post-40123732759423373132012-01-10T07:27:00.001-08:002012-01-10T07:27:18.583-08:00MACETES DE PORTUGUÊS<h2>
Pronome oblíquo completa auxiliares causativos</h2>
<div id="credito-texto">
Por Thaís Nicoleti</div>
<b>“<span style="color: red;">Deixe elas respirarem.</span>”</b><br />
<br />
Embora sejam comuns na linguagem falada frases como a da epígrafe – e
isso configura certa tendência à mudança –, o fato é que a norma culta
ainda não absorveu o uso do pronome pessoal do caso reto na função de
objeto (comprou ele, chamou ela etc).<br />
No caso em questão, porém, é possível que o redator tenha interpretado o
referido pronome como sujeito, tanto que fez a flexão do verbo
“respirar”. Vamos, então, relembrar o funcionamento dessa estrutura.<br />
Chamam-se auxiliares causativos os verbos “mandar”, deixar” e fazer” (e
eventuais sinônimos), dado que provocam, de uma maneira ou de outra, a
ação que será expressa pelo segundo verbo da locução. Assim: “Mandou
fulano sair da sala” (fulano sairá porque alguém mandou). Esses verbos
são transitivos diretos (não requerem, portanto, complemento ligado por
preposição) e seu complemento é um pronome pessoal do caso oblíquo (o,
a, os, as), que será considerado sujeito de infinitivo. Assim:
“Mandou-o sair da sala” (não “mandou ele sair”).<br />
É interessante observar também que o infinitivo nessa construção não se
flexiona. Assim: “Mandou-os sair”, “Deixe-as respirar”, “Faça-os
entrar” etc. A estrutura é a mesma que aparece em construções como “Faça
valer os seus direitos”, “Deixe entrar primeiro os mais velhos” etc.
Observe que o infinitivo posto imediatamente depois do auxiliar
permanece invariável mesmo na linguagem corrente.<br />
Quando se interrompe a locução e se intercala o sujeito do infinitivo, é
que surge a tendência à flexão do infinitivo (“Mandou as crianças
saírem da sala”). Essa construção já é aceita na norma culta, mas convém
observar que ela só é possível quando o sujeito do infinitivo não é um
pronome. Em se tratando de sujeito pronominal, vale a construção
tradicional, com pronome átono e sem flexão de infinitivo (“Mandou-as
sair da sala”).<br />
Essa mesma estrutura ocorre também com os auxiliares sensitivos
(referentes aos canais da percepção): ver, ouvir, sentir (e eventuais
sinônimos). Assim: “Viu-os chegar”, “Ouviu-os cantar”, “Sentiu-a
aproximar-se” etc.<br />
Abaixo, duas sugestões de reformulação da frase em questão:<br />
<br />
<b><span style="color: #008500;">Deixe-as respirar.<br />
Deixe que elas respirem.</span></b><br />
<b><span style="color: #008500;"><span style="color: white;">ESTA
PESQUISA FOI RETIRADADA DO SITE:
http://educacao.uol.com.br/dicas-portugues/pronome-obliquo-completa-auxiliares-causativos.jhtm
</span></span></b>LITERATURAhttp://www.blogger.com/profile/13323491515933595802noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4202180204781865416.post-72407153815870974392012-01-04T08:23:00.000-08:002012-01-04T08:23:58.876-08:00<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhR9mQcJZqxS5e7nojxon0GlcZ2592q9932UfDE6mqZXZHrUnaAcPU8bvI12QxLoVUk-EAEf0o2hxaui18sP_Mi5nUxwuQuQYYLKaA2mFlmaFS8aTlJMLKYfa0vZA0QY_cOFBYhcunHYsEF/s1600/logo_ufpa.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhR9mQcJZqxS5e7nojxon0GlcZ2592q9932UfDE6mqZXZHrUnaAcPU8bvI12QxLoVUk-EAEf0o2hxaui18sP_Mi5nUxwuQuQYYLKaA2mFlmaFS8aTlJMLKYfa0vZA0QY_cOFBYhcunHYsEF/s320/logo_ufpa.jpg" width="253" /></a></div>
<h6 class="uiStreamMessage" data-ft="{"type":1}">
<span class="messageBody" data-ft="{"type":3}"> </span></h6>
<h6 class="uiStreamMessage" data-ft="{"type":1}">
<title></title>
<style type="text/css">
<!--
@page { margin: 2cm }
P { margin-bottom: 0.21cm }
H6 { margin-bottom: 0.21cm }
-->
</style>
</h6>
<h6 class="western">
<span style="font-size: large;">Parabéns a todos os aprovados na
UFPA, </span></h6>
<h6 class="western">
<span style="font-size: large;">principalmente aos meus alunos, aos que não </span></h6>
<h6 class="western">
<span style="font-size: large;">conseguiram não
desistam ainda virão muitas </span></h6>
<h6 class="western">
<span style="font-size: large;">oportunidades, tudo tem seu tempo é só
estudar</span></h6>
<h6 class="western">
<span style="font-size: large;"> e confiar em Deus. Abraços e parabéns a todos </span></h6>
<h6 class="western">
<span style="font-size: large;">os calouros
UFPA 2012!</span></h6>
<h6 class="western">
<span style="font-size: large;"> </span></h6>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>LITERATURAhttp://www.blogger.com/profile/13323491515933595802noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4202180204781865416.post-50734661572887514262012-01-03T08:18:00.001-08:002012-01-03T08:18:51.305-08:00A AMAZÔNIA SEMPRE SERÁ NOSSA!<h3 class="post-title entry-title">
<br />
</h3>
<div class="post-header">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjJfxt-519rf2uedDt9_2k-X-hX8cPhmzBUpW-T7kgm6LwSgvKjIw82LDgiTI37yyQ2tzPZn_N7EKHw3jehGkGz_w1BhRzlBrZJYTgPluedCw9c4U7jZBofBk5JoPKNBDpssamK42I7hcQ/s1600/CRISTOV%25C3%2583O+BUARQUE.jpeg" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="217" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjJfxt-519rf2uedDt9_2k-X-hX8cPhmzBUpW-T7kgm6LwSgvKjIw82LDgiTI37yyQ2tzPZn_N7EKHw3jehGkGz_w1BhRzlBrZJYTgPluedCw9c4U7jZBofBk5JoPKNBDpssamK42I7hcQ/s320/CRISTOV%25C3%2583O+BUARQUE.jpeg" width="232" /></a></div>
<br />
<br />
Eu acredito que todo o brasileiro tenha que ler está matéria:<br />
<br />
Afinal não é todo dia que um brasileiro dá um esculacho,<br />
educadíssimo, nos americanos...<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
Durante debate em uma Universidade, nos Estados Unidos, o<br />
ex-governador do Distrito Federal, CRISTOVÃO BUARQUE, foi questionado sobre<br />
o que pensava da internacionalização da Amazônia.<br />
<br />
<br />
O jovem americano introduziu sua pergunta dizendo que esperava a<br />
resposta de um humanista e não de um brasileiro.<br />
<br />
Esta foi a resposta do Sr. Cristóvão Buarque:<br />
<br />
<br />
De fato, como brasileiro eu simplesmente falaria contra a<br />
internacionalização da Amazônia.<br />
Por mais que nossos governos não tenham o devido cuidado com esse<br />
patrimônio, ele é nosso.<br />
<br />
Como humanista, sentindo o risco da degradação ambiental que sofre a<br />
Amazônia, posso imaginar a sua internacionalização, como também de tudo o<br />
mais que tem importância para a humanidade.<br />
<br />
Se a Amazônia, sob uma ética humanista, deve ser internacionalizada,<br />
internacionalizemos também as reservas de petróleo do mundo inteiro<br />
<br />
O petróleo é tão importante para o bem-estar da humanidade quanto a<br />
Amazônia para o nosso futuro.<br />
<br />
Apesar disso, os donos das reservas sentem-se no direito de aumentar<br />
ou diminuir a extração de petróleo e subir ou não o seu preço.<br />
<br />
Da mesma forma, o capital financeiro dos países ricos deveria ser<br />
internacionalizado.<br />
<br />
Se a Amazônia é uma reserva para todos os seres humanos, ela não<br />
pode ser queimada pela vontade de um dono, ou de um país. Queimar a<br />
Amazônia é tão grave quanto o desemprego provocado pelas decisões<br />
arbitrárias dos especuladores globais. Não podemos deixar que as Reservas<br />
financeiras sirvam para queimar países inteiros na volúpia da especulação.<br />
Antes mesmo da Amazônia, eu gostaria de ver a internacionalização de todos<br />
os grandes museus do mundo.<br />
<br />
O Louvre não deve pertencer apenas à França. Cada museu do mundo é<br />
guardião das mais belas peças produzidas pelo gênio humano.<br />
<br />
Não se pode deixar esse patrimônio cultural, como o patrimônio<br />
natural amazônico, seja manipulado e destruído pelo gosto de um<br />
proprietário ou de um país.<br />
<br />
Não faz muito, um milionário japonês, decidiu enterrar com ele, um<br />
quadro de um grande mestre.<br />
<br />
Antes disso, aquele quadro deveria ter sido internacionalizado.<br />
<br />
Durante este encontro, as Nações Unidas estão realizando o Fórum do<br />
Milênio, mas alguns presidentes de países tiveram dificuldades em<br />
comparecer por constrangimentos na fronteira dos EUA.<br />
<br />
Por isso, eu acho que Nova York, como sede das Nações Unidas, deve<br />
ser internacionalizada.<br />
<br />
Pelo menos Manhatan deveria pertencer a toda a Humanidade. Assim<br />
como Paris, Veneza, Roma, Londres, Rio de Janeiro, Brasília, Recife, cada<br />
cidade, com sua beleza específica, sua historia do mundo, deveria pertencer<br />
ao mundo inteiro.<br />
<br />
Se os EUA querem internacionalizar a Amazônia, pelo risco de<br />
deixá-la nas mãos de brasileiros, internacionalizemos todos os arsenais<br />
nucleares dos EUA. Até porque eles já demonstraram que são capazes de usar<br />
essas armas, provocando uma destruição milhares de vezes maior do que as<br />
lamentáveis queimadas feitas nas florestas do Brasil.<br />
<br />
Nos seus debates, os atuais candidatos a presidência dos EUA tem<br />
defendido a idéia de internacionalizar as reservas florestais do mundo em<br />
troca da dívida. Comecemos usando essa dívida para garantir que cada<br />
criança do Mundo tenha possibilidade de COMER e de ir a escola.<br />
<br />
Internacionalizemos as crianças tratando-as, todas elas, não<br />
importando o país onde nasceram, como patrimônio que merece cuidados do<br />
mundo inteiro.<br />
<br />
Ainda mais do que merece a Amazônia. Quando os dirigentes tratarem<br />
as crianças pobres do mundo como um patrimônio da Humanidade, eles não<br />
deixarão que elas trabalhem quando deveriam estudar, que morram quando<br />
deveriam viver.<br />
<br />
Como humanista, aceito defender a internacionalização do mundo.<br />
<br />
Mas, enquanto o mundo me tratar como brasileiro, lutarei para que aLITERATURAhttp://www.blogger.com/profile/13323491515933595802noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4202180204781865416.post-83732506601580319722012-01-03T08:14:00.001-08:002012-01-03T08:14:33.365-08:00A Lei antes de Moisés<div class="post-header">
</div>
Os Dez Mandamentos antes de Moisés<br />
Muitos acreditam que os Dez Mandamentos surgiram quando Moisés
recebeu-os no monte Sinai, e até então eram desconhecidos para a
humanidade. Outros creem que eles foram substituídos por "dois novos"
que Cristo nos deixou. E alguns vão mais além, creem que os Dez
Mandamentos foram destinados aos judeus e não precisam ser obedecidos
pelos gentios. A Bíblia, porém, revela uma realidade totalmente oposta a
essas teorias. No livro de Gênesis encontramos o seguinte relato:<br />
<br />
"Porque Eu o escolhi para que ordene a seus filhos e a sua casa
depois dele, a fim de que guardem o caminho do Senhor e pratiquem a
justiça e o juízo; para que o Senhor faça vir sobre Abraão o que tem
falado a seu respeito... Abraão obedeceu à Minha palavra e guardou os
Meus mandados, os Meus preceitos, os Meus estatutos e as Minhas leis."
(Gênesis 18:19; Gênesis 26:5 cf Gênesis 13:14-17)<br />
<br />
O próprio Deus declara que escolheu Abraão para ensinar aos seus
descendentes Sua justiça e leis, Seus juízos e preceitos. E declara
ainda que Abraão obedeceu e seguiu tudo o que lhe fora ordenado. E os
descendentes de Abraão, será que foram igualmente zelosos com relação a
justiça, as leis, juízos, enfim, com os caminhos do Senhor? Vejamos o
que a Bíblia revela:<br />
<br />
"Disse o SENHOR a Moisés: Eis que vos farei chover do céu pão, e o
povo sairá e colherá diariamente a porção para cada dia, para que eu
ponha à prova se anda na Minha lei ou não. Dar-se-á que, ao sexto dia,
prepararão o que colherem; e será o dobro do que colhem cada dia.<br />
Ao sexto dia, colheram pão em dobro e os principais da congregação vieram e contaram-no a Moisés. Respondeu-lhes ele:<br />
Isto é o que disse o SENHOR: Amanhã é repouso, o santo sábado do
Senhor; tudo o que sobrar separai, guardando para a manhã seguinte...<br />
... comei-o hoje, porquanto o sábado é do SENHOR; hoje, não o
achareis no campo. Seis dias o colhereis, mas o sétimo dia é o sábado;
nele, não haverá.<br />
Ao sétimo dia, saíram alguns do povo para o colher, porém não o
acharam. Então, disse o SENHOR a Moisés: até quando recusareis guardar
os Meus mandamentos e as Minhas leis? (Êxodo 16:2-31)"<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEggOwJpUsJaB0BZNzq3KpEhqe1GJc4kPLIPHnMcpuWrYtckllLHpq3RyHFZEKql6XMRh-CXmzlCg6oESEBgHMCWAjJIYKgU9VPDdsR1pFDu6zR6Ytk65Wx6rHaoLJLNzX9Wh5MbvsqaMa8/s1600/moises.jpg" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="177" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEggOwJpUsJaB0BZNzq3KpEhqe1GJc4kPLIPHnMcpuWrYtckllLHpq3RyHFZEKql6XMRh-CXmzlCg6oESEBgHMCWAjJIYKgU9VPDdsR1pFDu6zR6Ytk65Wx6rHaoLJLNzX9Wh5MbvsqaMa8/s320/moises.jpg" width="237" /></a></div>
<br />
<br />
<br />
Isso ocorreu no deserto de Sim, antes que os filhos de Abraão chegassem
ao deserto de Sinai, onde receberam a Lei de Deus na sua forma escrita
após firmarem com o Senhor o pacto de aliança (Êxodo 16:1; Êxodo
20:1-17; Êxodo 34:1-4).<br />
Agora surgi a pergunta: Por que Deus colocaria à prova os descendentes
de Abraão sobre Sua lei, e mais especificamente sobre o 4.º mandamento,
que está incluído nela, se eles ainda "iriam" recebê-la em tábuas de
pedra?<br />
Segundo alguns, ela era desconhecida até aquele momento, entretanto, a
Bíblia mostra que isso não procede. Observe que Deus ainda enfatiza
dizendo: "até quando?", o que demonstra que o povo naquele momento, além
de serem conhecedores da Lei de Deus, vinham de longa data
negligenciando-a. Deus jamais teria "testado" o povo naquela ocasião se o
mesmo não conhecesse a Sua lei. Isso seria injusto, seria algo
inconcebível. Abraão ensinou aos seus filhos o conhecimento adquirido e
passado de geração a geração desde a época de Adão.<br />
A LEI DE DEUS NO ÉDEN<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh13GotheHKTPe7Z24N-IlikooqtKOwFfPOitEZ4_O99G4goe20nj3ekaL6Pr9iYfBrInrEDPa9-8s_-yW6nZMZlqiyS2qg1Aal6UVR0SbMd7IzA3LMj0cmuncq9zEIjlP9QQZ2jmgFebw/s1600/adao-e-eva.jpg" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh13GotheHKTPe7Z24N-IlikooqtKOwFfPOitEZ4_O99G4goe20nj3ekaL6Pr9iYfBrInrEDPa9-8s_-yW6nZMZlqiyS2qg1Aal6UVR0SbMd7IzA3LMj0cmuncq9zEIjlP9QQZ2jmgFebw/s320/adao-e-eva.jpg" width="320" /></a></div>
<br />
<br />
Adão e Eva transgrediram no Éden quase todos os mandamentos da Lei de
Deus quando cederam aos ensinos de Satanás; desprezaram a verdade, o
amor e a justiça de Deus. Nessa atitude infeliz, Adão e Eva desonraram o
SENHOR perante todo o universo; tiveram um "deus" no lugar do Deus
Criador ao aceitarem os argumentos sutis de Satanás; cobiçaram e
furtaram o que não lhes pertenciam ao se apropriarem do "fruto do
conhecimento do bem e do mal"; sentenciaram a morte gerações, pois
perderam o direito a vida eterna e condenaram seus filhos ao mesmo
destino; e se tal ocorreu no sábado, ainda podemos citar que tais
transgressões ofenderam o Senhor no Seu santo dia.1<br />
Antes desse trágico acontecimento, eles não conheciam as consequência ou
resultados do pecado. "Eis que o homem se tornou como um de nós
conhecedor do bem e do mal" (Gênesis 3:22). Eles conheciam perfeitamente
a bondade, isto é, desfrutavam do amor de Deus, dia-a-dia, e tinham
conhecimento desse amor representado na Sua lei. A respeito dessa
trasngressão, no Éden, a Bíbia revela:<br />
<br />
"Assim como por um só homem entrou o pecado no mundo e pelo pecado a
morte... porque o salário do pecado é a morte... e aquele que pratica o
pecado também transgride a lei porque o pecado é a transgressão da lei.
Porque até ao regime da lei havia pecado no mundo, mas o pecado não é
levado em conta quando não há lei".2<br />
<br />
"Adão e Eva persuadiram-se de que seria questão insignificante o comer
do fruto proibido, e que tal ato não poderiam resultar em terríveis
consequências como as de que Deus os avisara. Mas essa questão
insignificante constituía uma transgressão da imutável e santa lei
divina, e separou o homem de Deus, abrindo os diques da morte e trazendo
sobre o mundo misérias indizíveis. Século após século tem subido da
Terra um contínuo grito de lamento, e toda criação geme aflita, em
resultado da desobediência do homem. O próprio Céu sentiu os efeitos da
rebelião de Satanás contra Deus.<br />
O Calvário aí está como um monumento do estupendo sacrifício exigido
para expiar a transgressão da lei divina. Não podemos considerar o
pecado coisa trivial. Depois da desobediência, Adão e Eva a princípio
imaginaram-se ter obtido uma condição mais elevada de existência. Mas
logo o pensamento de seus pecados os encheram de terror. Desapareceram o
amor e a paz que haviam desfrutado, e em seu lugar experimentavam uma
intuição de pecado, um terror pelo futuro. A veste de luz que os
rodeara, desapareceu; e para suprir sua falta procuraram fazer para si
uma cobertura, pois enquanto estivessem nus, não podiam enfrentar o
olhar de Deus e dos santos anjos. Mas a nudez era mais do que física,
era também uma nudez de alma."3<br />
Lúcifer, que posteriormente se tornou Satanás, transgrediu inicialmente
no Céu o décimo mandamento, pois cobiçou ser como Deus, e, tal atitude
levou-o posteriormente a pisar os demais mandamentos4. E aquilo que ele
não conseguiu obter no Céu, tenta a todo custo obter na Terra, que é
levar todos a segui-lo em desobediência a Lei de Deus. E, não importa
qual dos mandamentos, basta um deles, pois de forma sagaz ele entende
perfeitamente o que significa os ensinos de Tiago:<br />
<br />
"Pois qualquer que guarda toda a lei, mas tropeça em um só ponto, se
torna culpado de todos. Porquanto, aquele que disse: Não adulterarás
também ordenou: Não matarás. Ora, se não adulteras, porém matas, vens a
ser transgressor da lei. Falai de tal maneira e de tal maneira procedei
como aqueles que hão de ser julgados pela lei da liberdade." (Tiago
2:10-13 cf Mateus 19:16-19; I João 3:4-6)<br />
<br />
Outros exemplos demonstram a existência dos Dez Mandamentos antes de ser
entregue no monte Sinai, como: o assassinato de Abel; promiscuidade e
idolatria de vários povos da antiguidade como de Sodoma e Gomorra
(Gênesis 18:20; Gênesis 19:4-5 cf Romanos 1:18-32); Abrão antes de se
tornar Abraão mentiu a respeito de seu parentesco com Sara (Gênesis
12:10-20), José resistiu ao pecado do adultério (Gênesis 39:7-23),
enfim, a Bíblia revela que o Decálogo existiu antes de Moisés, e nunca
foi restrita ou destinada a um povo, ou a um determinado tempo.5<br />
Os atos pecaminosos registrados em Gênesis, não poderiam ser
classificados como tal se a Lei de Deus não existisse anteriormente para
revelá-los (Romanos 5:10-15; Romanos 7:7-8). Os ensinos bíblicos não
favorecem ideologias contrárias aos Dez Mandamentos, agir contra eles é
auxiliar Satanás contra Deus e Seu governo.<br />
E Cristo, terá o próprio Legislador substituído-os por dois "novos"?
(João 1:1-3 cf Marcos 2:28). Analisemos o que a Bíblia diz a respeito:<br />
<br />
MOISÉS: "Amarás, pois, o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de
toda a tua alma e de toda a tua força. Amarás o teu próximo como a ti
mesmo." (Deuteronômio 6:5; Levítico 19:18)<br />
CRISTO: "Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a
tua alma e de todo o teu entendimento. Este é o grande e primeiro
mandamento. O segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a
ti mesmo." (Mateus 22:37-40)<br />
PAULO: "Não adulterarás, não matarás... se há qualquer outro
mandamento, tudo se resume em: Amarás o teu próximo como a ti mesmo."
(Romanos 13:9)<br />
JOÃO: "Peço-te, não como se escrevesse mandamento novo, senão o que
tivemos desde o principio: que nos amemos uns aos outros." (II João 1:5)<br />
<br />
Compare o que João diz em II João 1:5, com as palavras de Moisés em
Deuteronômio 6:5 e Levítico 19:18. Note que todos repetem o que Moisés
escrevera no inicio, e João chama atenção para isso dizendo: "não como
se escrevesse mandamento novo, senão o que tivemos desde o PRINCÍPIO".<br />
Obedecendo aos quatro primeiros mandamentos estamos amando a Deus com
todo coração e entendimento e os seis últimos ao próximo como a nós
mesmos. Porém todos estão interligados, negligenciar qualquer um deles é
tropeçar em todos como alerta Tiago 2:10-13. Cristo e os demais apenas
citaram o que o Velho Testamento já ensinava, e observe que em nenhum
momento é dito que os Dez Mandamentos foram modificados ou anulados
(Mateus 5:17-19; Lucas 16:17).<br />
A Bíblia revela claramente que a Lei de Deus é eterna e que existiu
antes da criação do homem e, consequentemente antes de Moisés. E foi
estabelecida na Terra para toda a humanidade. Os descendentes de Abraão,
posteriormente chamados de povo de Israel, antes de serem convocados
por Deus para representá-Lo e, levarem Seus ensinos as demais nações
(Êxodo 19:5-6), já tinham o conhecimento dessa lei antes de recebê-la na
sua forma escrita no Monte Sinai.<br />
Deus não é um Criador e Governador "de improviso", que realiza Seus
propósitos sem planejamento e desígnio. Ele não cria leis e regras
conforme o surgimento dos acontecimentos ou das circunstâncias. E um
exemplo que confirma tais afirmativas, é a seguinte declaração: "Eis o
Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo. Cordeiro que foi morto
desde a fundação do mundo." (João 1:29; Apocalipse 8:13).<br />
O plano de salvação foi minuciosamente articulado antes da criação. O
Criador tinha conhecimento das transgressões que o homem causaria a Sua
lei influenciado por Satanás.6<br />
Um simples "fruto" de uma árvore, obviamente, não foi a causa do grande
conflito em que a humanidade se envolveu. As implicações registradas em
Gênesis 3 vão muito alémLITERATURAhttp://www.blogger.com/profile/13323491515933595802noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4202180204781865416.post-7643378952407528752012-01-03T08:09:00.000-08:002012-01-03T08:09:08.264-08:00ECOLOGIA, SUPER INTERESSANTE<br />
<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<br /><br />
<div class="post-header">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjvn7fZuHbVFkXdUcz99WwrhMWi46Dd254q0daRF4q2DMPxgVb0wfxy_bqoi4lDHns7jSvH9jqWHhFq4Am9pnaLUulFa7waWJSsnCDgCemhROUkzO90FTU8O12HXDtHPGim2ACdccKfc_4/s1600/camelo.png" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="288" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjvn7fZuHbVFkXdUcz99WwrhMWi46Dd254q0daRF4q2DMPxgVb0wfxy_bqoi4lDHns7jSvH9jqWHhFq4Am9pnaLUulFa7waWJSsnCDgCemhROUkzO90FTU8O12HXDtHPGim2ACdccKfc_4/s320/camelo.png" width="320" /></a></div>
Os
camelos só bebem água se ela estiver limpa. Nos oásis, eles são os
primeiros a matar a sede, só depois disso é que as pessoas se servem. Os
animais são capazes de comer qualquer coisa que encontrarem no deserto,
até mesmo cactos. O interior da boca dos camelos tem um revestimento
grosso, que impede a penetração dos espinhos. Apesar de serem dóceis, os
camelos podem se transformar em animais perigosos. Quando não gostam de
alguém, eles cultivam a antipatia por muito tempo e manifestam seu mal
estar atacando com mordidas.<br />
È capaz de beber 100 litros de água de uma só vez.<br />
<br />
Artigo tirado do site novo tempo.<br />
Adaptação: Israel Launê.<br />
RETIRADO DO SITE: http://criatividadesja.blogspot.com/<br />
<br />
<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi2dyHf4zBseLM5AGYUbIU2-Bf-TKVeiPrr4OpYqWG5MpJSJQ2ERXotOldX_5NZS59Zskr0033UyCEkcSXLO8pCq5ViyDy9IB2wvWHW5JX8k7pokikda6f0Vgoc3wu7mWFNPE063rKc2M4/s1600/esquilo.jpg" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi2dyHf4zBseLM5AGYUbIU2-Bf-TKVeiPrr4OpYqWG5MpJSJQ2ERXotOldX_5NZS59Zskr0033UyCEkcSXLO8pCq5ViyDy9IB2wvWHW5JX8k7pokikda6f0Vgoc3wu7mWFNPE063rKc2M4/s320/esquilo.jpg" width="320" /></a></div>
<br />
Curiosidade: esquilo, o animal que mais planta árvores no mundo<br />
Os esquilos, típicos das áreas tropicais e temperadas, são os animais
que mais plantam árvores no mundo. Os bichos enterram sementes e grãos,
que são seu alimento predileto, e na maioria das vezes esquecem o local
onde as deixaram. Os esquilos costumam viver nas árvores e, para se
locomoverem de um lugar para outro, saltam de galho em galho; seus
saltos podem atingir até cinco metros de comprimento.<br />
artigo Retirado http://novotempo.com/ecologia/2010/12/07/curiosidade-esquilo-o-animal-que-mais-planta-arvores-no-mundo/LITERATURAhttp://www.blogger.com/profile/13323491515933595802noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4202180204781865416.post-58900896985129347642012-01-03T08:07:00.001-08:002012-01-03T08:07:00.092-08:00A IMPORTÂNCIA DA INFORMÁTICA<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjtNeqMn5V9uGF4sgJ96022YCcS4FhYu3xd_uI8vPxBBS-6zh3lJ5mwCY72UUh6rmHSdQ68iiKxayqt8VojVXBeudCnK9rSlDiw91l0EKIOWdGZhyGt8VoCaQGqpn3alXrzuQIEc9iWKdQ/s1600/homer-informatica.gif" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><br />
</a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjcgHQcpCbvsgBOOrhvUrUlxzW3V5247_U2JDiwedHEyfALFMjcKW8gICEen4nDZsdzGJU6Jaqo5JmyxGLZuWI3dCV9gIBoclMNEREROt3iidFnOq5Udu-NRQEetgjDPTUxgTAY5117Aok/s1600/profissional+de+informatica.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjcgHQcpCbvsgBOOrhvUrUlxzW3V5247_U2JDiwedHEyfALFMjcKW8gICEen4nDZsdzGJU6Jaqo5JmyxGLZuWI3dCV9gIBoclMNEREROt3iidFnOq5Udu-NRQEetgjDPTUxgTAY5117Aok/s320/profissional+de+informatica.jpg" width="307" /></a></div>
<br />
<div class="MsoNormal">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjtNeqMn5V9uGF4sgJ96022YCcS4FhYu3xd_uI8vPxBBS-6zh3lJ5mwCY72UUh6rmHSdQ68iiKxayqt8VojVXBeudCnK9rSlDiw91l0EKIOWdGZhyGt8VoCaQGqpn3alXrzuQIEc9iWKdQ/s1600/homer-informatica.gif" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="264" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjtNeqMn5V9uGF4sgJ96022YCcS4FhYu3xd_uI8vPxBBS-6zh3lJ5mwCY72UUh6rmHSdQ68iiKxayqt8VojVXBeudCnK9rSlDiw91l0EKIOWdGZhyGt8VoCaQGqpn3alXrzuQIEc9iWKdQ/s320/homer-informatica.gif" width="320" /></a> </div>
<div class="MsoNormal">
A
cada dia que passa, a informática vem adquirindo cada vez mais
relevância na vida das pessoas. Sua utilização já é vista como
instrumento de aprendizagem e sua ação no meio social vêm aumentando de
forma rápida entre as pessoas. Cresce o número de famílias que possuem
em suas residências um computador. Esta ferramenta está auxiliando pais e
filhos mostrando-lhes um novo jeito de aprender e ver o mundo. Quando
se aprende a lidar com o computador novos horizontes se abrem na vida do
usuário.<br />
Hoje é possível encontrar o computador nos mais variados contextos:
empresarial, acadêmico, domiciliar, o computador veio para inovar e
facilitar a vida das pessoas. Não se pode mais fugir desta realidade
tecnológica. E a educação não pode ficar para trás, vislumbrando
aprendizagem significativa por meio de tecnologias. As escolas precisam
sofrer transformações frente a essa “nova tecnologia” e assim constituir
uma aprendizagem inovadora que leva o indivíduo a se sentir como um ser
globalizado capaz de interagir e competir com igualdade na busca de seu
sonho profissional.<br />
O ensino por meio da tecnologia ainda é bastante questionado. Muitas
escolas no passado introduziam em seu currículo o ensino da Informática
com o pretexto da modernidade. As dúvidas eram grandes em relação a
professores e alunos. Que professores poderiam dar essas aulas? Em
princípio, contrataram técnicos que tinham como missão ensinar
Informática. Uma outra dúvida pairava entre os educadores: O que ensinar
nas aulas de informática?<br />
Com o passar do tempo, algumas escolas, percebendo o potencial dessa
ferramenta, introduziram a Informática educativa em seus currículos,
que, além de promover o contato com o computador, tinha como objetivo a
utilização dessa ferramenta como instrumento de apoio às matérias e aos
conteúdos lecionados.<br />
Vivemos em um mundo tecnológico, onde a Informática não pode ser vista
como meramente “mais uma tecnologia”. É uma “nova tecnologia” que
oferece transformação pessoal, além de favorecer a formação tecnológica
necessária para o futuro profissional na sociedade. Dessa forma devemos
entender a Informática não como uma ferramenta neutra que usamos
simplesmente para apresentar um conteúdo. Devemos ter a percepção que,
quando a usamos como conhecimento, estamos sendo modificados por ela e
nos transformando em pessoas melhores e mais capacitadas para o mercado
de trabalho.</div>
<div class="MsoNormal">
Este texto foi retirado do site: http://www.ccuec.unicamp.br/revista/infotec/educacao/educacao.html</div>LITERATURAhttp://www.blogger.com/profile/13323491515933595802noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4202180204781865416.post-11245815531609711662012-01-03T08:03:00.001-08:002012-01-03T08:03:54.844-08:00O FALSO DISCURSO NACIONALISTA NA CARTA DE PERO VAZ DE CAMINHA, SEGUNDO FLÁVIO KOTHE<div align="JUSTIFY" lang="pt-BR" style="color: white; margin-bottom: 0cm; orphans: 2; widows: 2;">
<span style="font-family: Calibri,sans-serif;"><span style="font-size: xx-small;"><span style="font-family: Arial,sans-serif;"><span style="font-size: small;"><b>O FALSO DISCURSO NACIONALISTA NA CARTA DE PERO VAZ DE CAMINHA, SEGUNDO FLÁVIO KOTHE </b></span></span></span></span> </div>
<div lang="pt-BR" style="color: white; margin-bottom: 0cm; orphans: 2; widows: 2;">
<span style="font-family: Calibri,sans-serif;"><span style="font-size: xx-small;"> </span></span></div>
<div lang="pt-BR" style="color: white; line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; orphans: 2; widows: 2;">
<span style="font-family: Calibri,sans-serif;"><span style="font-size: xx-small;"> <span style="font-size: x-small;"> </span><span style="font-family: Arial,sans-serif;"><span style="font-size: x-small;">Anto<span style="background-color: black;">nio Carlos Araújo da Silva¹ Andréa de Souza Rosa </span></span></span></span></span></div>
<div lang="pt-BR" style="background-color: black; color: white; line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; margin-left: 7.49cm; orphans: 2; text-indent: 1.25cm; widows: 2;">
<span style="font-family: Calibri,sans-serif;"><span style="font-size: xx-small;"><span style="font-family: Arial,sans-serif;"><span style="font-size: x-small;">Almecília Paes Moraes Dantas</span></span></span></span></div>
<div lang="pt-BR" style="background-color: black; color: white; line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; margin-left: 8.74cm; orphans: 2; widows: 2;">
<span style="font-family: Arial,sans-serif;"><span style="font-size: x-small;">Cecília Navegante dos Santos</span></span></div>
<div lang="pt-BR" style="background-color: black; color: white; line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; margin-left: 7.49cm; orphans: 2; text-indent: 1.25cm; widows: 2;">
<span style="font-family: Arial,sans-serif;"><span style="font-size: x-small;">Gislene Rose Souza de Oliveira </span></span> </div>
<div lang="pt-BR" style="background-color: black; color: white; line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; margin-left: 7.49cm; orphans: 2; text-indent: 1.25cm; widows: 2;">
<span style="font-family: Arial,sans-serif;"><span style="font-size: x-small;">Universidade Federal do Pará</span></span></div>
<div align="CENTER" lang="pt-BR" style="background-color: black; color: white; line-height: 150%; margin-bottom: 0.49cm; margin-top: 0.49cm; orphans: 2; widows: 2;">
<span style="font-family: Arial,sans-serif;"><span style="font-size: small;"><b>RESUMO</b></span></span></div>
<div lang="pt-BR" style="background-color: black; color: white; line-height: 150%; margin-bottom: 0.49cm; margin-top: 0.49cm; orphans: 2; widows: 2;">
<span style="font-family: Calibri,sans-serif;"><span style="font-size: xx-small;"><span style="font-family: Arial,sans-serif;"><span style="font-size: x-small;">O presente estudo tem por objetivo mostrar que a carta de Pero Vaz de Caminha, considerada como literatura de informação, </span></span></span></span> </div>
<div lang="pt-BR" style="background-color: black; color: white; line-height: 150%; margin-bottom: 0.49cm; margin-top: 0.49cm; orphans: 2; widows: 2;">
<span style="font-family: Arial,sans-serif;"><span style="font-size: x-small;">Introdução</span></span></div>
<div align="JUSTIFY" lang="pt-BR" style="background-color: black; color: white; line-height: 150%; margin-bottom: 0.49cm; margin-top: 0.49cm; orphans: 2; text-indent: 1.25cm; widows: 2;">
<span style="font-family: Calibri,sans-serif;"><span style="font-size: xx-small;"><span style="font-family: Arial,sans-serif;"><span style="font-size: x-small;">A
Carta a El-rei Dom Manuel, monarca português, é um manuscrito com vinte
e oito páginas, sendo vinte e sete de textos e um (1) de endereço.
Redigida por Pero Vaz de Caminha, escrivão-mor da esquadra liderada por
Pedro Álvares Cabral, quando do descobrimento oficial do Brasil, em
1500.</span></span></span></span></div>
<div align="JUSTIFY" lang="pt-BR" style="background-color: black; color: white; line-height: 150%; margin-bottom: 0.49cm; margin-top: 0.49cm; orphans: 2; text-indent: 1.25cm; widows: 2;">
<span style="font-family: Calibri,sans-serif;"><span style="font-size: xx-small;"><span style="font-family: Arial,sans-serif;"><span style="font-size: x-small;">Em
tom narrativo, Caminha conta detalhadamente a viagem. Começa com a
saída do porto de Belém, Portugal, no dia 9 de março de 1500; continua
com a passagem pelas Ilhas Canalhas e São Nicolau de Cabo Verde, os
infindáveis dias de navegação até 22 de abril de 1500, quando avistaram a
terra. A partir daí começam as impressões sobre a terra encontrada, sua
natureza e sua gente, o exótico e o diferente.</span></span></span></span></div>
<div align="JUSTIFY" lang="pt-BR" style="background-color: black; color: white; line-height: 150%; margin-bottom: 0.49cm; margin-top: 0.49cm; orphans: 2; text-indent: 1.25cm; widows: 2;">
<span style="font-family: Calibri,sans-serif;"><span style="font-size: xx-small;"><span style="font-family: Arial,sans-serif;"><span style="font-size: x-small;">Esta
Carta é o primeiro texto escrito no Brasil, tinha por finalidade narrar
e descrever os primeiros contatos com a terra brasileira e seus
nativos, informando tudo o que pudesse interessar ao rei de Portugal,
Como podemos observar nos seguintes trechos da Carta de Pero Vaz de
Caminha:</span></span></span></span></div>
<div align="JUSTIFY" lang="pt-BR" style="background-color: black; color: white; line-height: 150%; margin-bottom: 0.49cm; margin-left: 6cm; margin-top: 0.49cm; orphans: 2; widows: 2;">
“<span style="font-family: Calibri,sans-serif;"><span style="font-size: xx-small;"><span style="font-family: Arial,sans-serif;"><span style="font-size: xx-small;">Esta
terra, Senhor, me parece que da ponta que mais contra o sul vimos até a
outra ponta, que vai em direção ao norte, de que nós deste porto
tivemos visão, será tamanha que haverá bem vinte ou vinte e cinco léguas
por costa. Traz ao longo do mar, nalgumas partes, grandes barreiras,
algumas vermelhas, outras brancas; e a terra por cima toda plana e muito
cheia de grandes arvoredos.”</span></span></span></span></div>
<div align="JUSTIFY" lang="pt-BR" style="background-color: black; color: white; line-height: 150%; margin-bottom: 0.49cm; margin-left: 6cm; margin-top: 0.49cm; orphans: 2; widows: 2;">
“<span style="font-family: Calibri,sans-serif;"><span style="font-size: xx-small;"><span style="font-family: Arial,sans-serif;"><span style="font-size: xx-small;">A
feição deles é serem pardos, quase avermelhados, de rostos regulares e
narizes bem feitos; andam nus sem nenhuma cobertura; nem se importam de
cobrir nenhuma coisa, nem de mostrar suas vergonhas.”</span></span></span></span></div>
<div align="JUSTIFY" lang="pt-BR" style="background-color: black; color: white; line-height: 150%; margin-bottom: 0.49cm; margin-top: 0.49cm; orphans: 2; widows: 2;">
<span style="font-family: Calibri,sans-serif;"><span style="font-size: xx-small;"><span style="font-family: Arial,sans-serif;"><span style="font-size: xx-small;"> </span></span><span style="font-family: Arial,sans-serif;"><span style="font-size: x-small;">Esse
caráter descritivo e principalmente informativo que insere a Carta de
Caminha, como um dos textos da literatura de informação. A literatura
informativa, também conhecida como literatura dos viajantes ou dos
cronistas, formada por cartas de viagem, tratados descritivos e diários
de navegação, a mesma era voltada em fazer um levantamento acerca do
novo mundo descoberto.</span></span></span></span></div>
<div align="JUSTIFY" lang="pt-BR" style="background-color: black; color: white; line-height: 150%; margin-bottom: 0.49cm; margin-top: 0.49cm; orphans: 2; text-indent: 1.25cm; widows: 2;">
<span style="font-family: Calibri,sans-serif;"><span style="font-size: xx-small;"><span style="font-family: Arial,sans-serif;"><span style="font-size: x-small;">Embora
a Carta guarde pouco valor literário, sua importância reside,
principalmente, no significado que tem como documento histórico, ora
como testemunha do espírito aventureiro da expansão marítima e comercial
dos séculos XV e XVI, ora como registro do choque cultural entre
colonizadores e colonizados.</span></span></span></span></div>
<div align="JUSTIFY" lang="pt-BR" style="background-color: black; color: white; line-height: 150%; margin-bottom: 0.49cm; margin-top: 0.49cm; orphans: 2; text-indent: 1.25cm; widows: 2;">
<span style="font-family: Calibri,sans-serif;"><span style="font-size: xx-small;"><span style="font-family: Arial,sans-serif;"><span style="font-size: x-small;">A
carta e os demais textos produzidos no início da colonização
enalteciam, muitas vezes, sem um verdadeiro espírito de análise. Esse
ufanismo em relação ao Brasil tem contribuído até hoje, para equívocos
prejudiciais que atrasaram nosso desenvolvimento. O nacionalismo
brasileiro vem sendo trabalhado e discutido sob várias vertentes. Alguns
teóricos literários discutem o nacionalismo na carta de Pero Vaz de
Caminha, como sendo temas para discussões profundas. A abordagem se
converte em opiniões divergentes, como a do pesquisador literário Flávio
Kothe em seu livro “Cânone Colonial”, onde ele sustenta a tese de que a
Carta não condiciona um suposto nacionalismo, como realmente afirma
Kothe:</span></span></span></span></div>
<div align="JUSTIFY" lang="pt-BR" style="background-color: black; color: white; line-height: 150%; margin-bottom: 0.49cm; margin-left: 6cm; margin-top: 0.49cm; orphans: 2; text-indent: 1.25cm; widows: 2;">
“<span style="font-family: Calibri,sans-serif;"><span style="font-size: xx-small;"><span style="font-family: Arial,sans-serif;"><span style="font-size: xx-small;">Como
se pode querer determinar a natureza e o percurso básico de toda uma
literatura ‘nacional’ por meio de um texto que, sendo correspondência
burocrática oficial do Estado português, se quer pertence ao Brasil e
propriamente literatura?” </span></span><span style="font-family: Arial,sans-serif;"><span style="font-size: x-small;">(KOTHE,1997,p.199).</span></span></span></span></div>
<div align="JUSTIFY" lang="pt-BR" style="background-color: black; color: white; line-height: 150%; margin-bottom: 0.49cm; margin-top: 0.49cm; orphans: 2; text-indent: 1.25cm; widows: 2;">
<span style="font-family: Calibri,sans-serif;"><span style="font-size: xx-small;"><span style="font-family: Arial,sans-serif;"><span style="font-size: x-small;">Contrapondo
desta forma opiniões de alguns estudiosos, como Antônio Cândido. Para
Cândido, a Carta daria um ponta pé inicial no que se poderia denominar
literatura nacional, pois este documento consegue abarcar algumas
características locais e despontar certa exaltação a imagem de nosso
território, embora essas manifestações fossem rarefeitas e denotassem
apenas o sentido informativo:</span></span></span></span></div>
<div align="JUSTIFY" lang="pt-BR" style="background-color: black; color: white; line-height: 150%; margin-bottom: 0.49cm; margin-left: 6cm; margin-top: 0.49cm; orphans: 2; widows: 2;">
<span style="font-family: Calibri,sans-serif;"><span style="font-size: xx-small;"><span style="font-family: Arial,sans-serif;"><span style="font-size: xx-small;">No
sentido amplo, houve literatura entre nós desde o século XVI, ralas e
esparsas manifestações sem ressonância, mas que estabelecem um começo e
marcam posições para o futuro. (CANDIDO, 1975,p.16). </span></span></span></span> </div>
<div align="JUSTIFY" lang="pt-BR" style="background-color: black; color: white; line-height: 150%; margin-bottom: 0.49cm; margin-top: 0.49cm; orphans: 2; widows: 2;">
<span style="font-family: Calibri,sans-serif;"><span style="font-size: xx-small;"><span style="font-family: Arial,sans-serif;"><span style="font-size: x-small;">
Estas opiniões nos colocam na seguinte problemática: a Carta teria ou
não traços pertinentes de um possível nacionalismo em seu estado
inicial? Tal questionamento abre portas para diversas opiniões
continuadoras e descontinuadoras, as quais dariam margens para diversas
abordagens. </span></span></span></span> </div>
<div align="JUSTIFY" lang="pt-BR" style="background-color: black; color: white; line-height: 150%; margin-bottom: 0.49cm; margin-top: 0.49cm; orphans: 2; widows: 2;">
<span style="font-family: Calibri,sans-serif;"><span style="font-size: xx-small;"><span style="font-family: Arial,sans-serif;"><span style="font-size: x-small;">
É interessante a perspectiva de Kothe, acerca da Carta, assinalando que
a afirmação contida no documento em questão perpassa por todo um
contexto de cerimonialismo de entrega de terras, ou seja, um mero
documento jurídico português. Isto implica em dizer que a própria idéia
de Descobrimento do Brasil é questionável, não passando de uma grande
encenação contextual de uma peça teatral, em um sentido totalmente
ficcional adaptado para uma realidade que abrangia todo um contexto de
interesse, como o próprio autor sinaliza:</span></span></span></span></div>
<div align="JUSTIFY" lang="pt-BR" style="background-color: black; color: white; line-height: 150%; margin-bottom: 0.49cm; margin-left: 6cm; margin-top: 0.49cm; orphans: 2; text-indent: -6cm; widows: 2;">
<span style="font-family: Calibri,sans-serif;"><span style="font-size: xx-small;"><span style="font-family: Arial,sans-serif;"><span style="font-size: x-small;"> </span></span><span style="font-family: Arial,sans-serif;"><span style="font-size: xx-small;">Ainda
que seja estilizada,a Carta não tinha intenção de ser um texto
ficcional(ela é ficção, mas contra a sua intencionalidade). Mesmo assim,
ela é vista como texto inaugural de uma literatura, que nos três
séculos seguintes continuou inexistente. O Descobrimento do Brasil pela
expedição de Cabral foi como que uma encenação teatral: ao descobrir o
já descoberto, fazia com que a ficção fosse realidade, e, assim, a
realidade tornava-se ficção.(KOTHE,1997,p.204). </span></span></span></span></div>
<div align="JUSTIFY" lang="pt-BR" style="background-color: black; color: white; line-height: 150%; margin-bottom: 0.49cm; margin-top: 0.49cm; orphans: 2; text-indent: 1.25cm; widows: 2;">
<span style="font-family: Calibri,sans-serif;"><span style="font-size: xx-small;"><span style="font-family: Arial,sans-serif;"><span style="font-size: x-small;">Partindo
desse ponto discute-se, a questão do nacionalismo, o qual deixa margens
para discussões, posto que a Carta fosse apenas um mascaramento para
apropriação de um território já ocupado. Este fato sem sombra de dúvida
põe em xeque a idéia de alguns autores que sustentam a posição da
existência de um discurso nacionalista na Carta de Pero Vaz de Caminha.
Neste prisma Flávio Kothe diz que “A literatura brasileira serve para
definir uma ‘nacionalidade’ que não corresponde, porém, à formação
étnica e cultural do país” (KOTHE, 1997,p.201).</span></span></span></span></div>
<div align="JUSTIFY" lang="pt-BR" style="background-color: black; color: white; line-height: 150%; margin-bottom: 0.49cm; margin-top: 0.49cm; orphans: 2; text-indent: 1.25cm; widows: 2;">
<span style="font-family: Calibri,sans-serif;"><span style="font-size: xx-small;"><span style="font-family: Arial,sans-serif;"><span style="font-size: x-small;">Observa-se
neste contexto que a visão portuguesa é privilegiada no cenário da
discussão literária, no que tange o apontamento da Carta, como sendo um
marco da literatura brasileira. No entanto, como descartar o fato de que
outras literaturas de cunho informativo, elaborados no período colonial
com a mesma intencionalidade da Carta de Caminha, foram consideradas
como não pertencentes à literatura brasileira nem se quer consideradas
como documentos literários. </span></span></span></span> </div>
<div align="JUSTIFY" lang="pt-BR" style="background-color: black; color: white; line-height: 150%; margin-bottom: 0.49cm; margin-top: 0.49cm; orphans: 2; text-indent: 1.25cm; widows: 2;">
<span style="font-family: Calibri,sans-serif;"><span style="font-size: xx-small;"><span style="font-family: Arial,sans-serif;"><span style="font-size: x-small;">REFERÊNCIAS</span></span></span></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="background-color: black; color: white; line-height: 150%; margin-bottom: 0.49cm; margin-left: 0.75cm; margin-top: 0.49cm; text-indent: -0.75cm;">
<span style="font-family: Arial,sans-serif;"><span style="font-size: x-small;">KOTHE, Flávio R. </span></span><span style="font-family: Arial,sans-serif;"><span style="font-size: x-small;"><i>O cânone imperial</i></span></span><span style="font-family: Arial,sans-serif;"><span style="font-size: x-small;">. Brasília: UNB, 2000.</span></span></div>LITERATURAhttp://www.blogger.com/profile/13323491515933595802noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4202180204781865416.post-46837888416190596102011-12-28T12:13:00.000-08:002011-12-28T12:13:10.855-08:00Comentario da Lição da Escola Sabatina - Por Pr. Clodoaldo Tavares dos Santos Capelão – ABA - UNB<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh0wa0mgXxvdPhyphenhyphenvvCvoJdaNittSMRLK29Sm6zMuWKI77o3wtpjfYaJLLYHsJ4IknJR9pe6z5tRBMY5iGggxLM594aAuuaGIJu2CwVCXcN77FpplfUSZtHRQETmnF8uRSFD_sSApQbrKd_y/s1600/408525_10150472041999230_618674229_8945191_572701172_n.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh0wa0mgXxvdPhyphenhyphenvvCvoJdaNittSMRLK29Sm6zMuWKI77o3wtpjfYaJLLYHsJ4IknJR9pe6z5tRBMY5iGggxLM594aAuuaGIJu2CwVCXcN77FpplfUSZtHRQETmnF8uRSFD_sSApQbrKd_y/s1600/408525_10150472041999230_618674229_8945191_572701172_n.jpg" /></a> <br />
Anunciando a Glória – Lição 24 a 31 de dezembro<br /> <br /> “Mas longe
esteja de mim gloriar-me, senão na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo,
pelo qual o mundo está crucificado para mim, e eu, para o mundo”.
Gálatas 6:14<br /> Apesar dos poucos capítulos que a carta aos Gálatas possui, seu conteúdo é :<br />
1- Intenso Cristologicamente. A presença de Cristo permeia todo o
livro, e é um divisor de águas na concepção dos cristãos a respeito da
salvação;<br /> 2- Rico Soteriologicamente. Seus conceitos soteriológicos dirime qualquer dúvida a respeito do processo da salvação;<br />
3- Extremamente necessário Eclesiasticamente, pois suas orientações
ultrapassam os limites da teoria, levando o crente da teologia bíblica
(teoria) à teologia aplicada (prática).<br /> No estudo desta semana a
ênfase está na Glória de Cristo, que possui seu ápice no Monte
Calvário. É exatamente diante da Glória da Cruz de Cristo que é
descortinada:<br /> 1- A Glória soberba do ser humano, fruto de seu orgulho e altivez;<br /> 2- A Riqueza perecível, buscada desesperadamente pelo homem deste século;<br /> 3- O Poder funesto e desprezível da raça humana.<br /> <br /> Domingo, 25 de dezembro<br /> Da própria mão de Paulo<br /> No Novo Comentário da Bíblia observa-se que:<br /> <br />
“Com que letras grandes (11). Paulo freqüentemente escrevia o versículo
final de uma epístola com sua própria mão (ver 1Co 16.21; Cl 4.18; 2Ts
3.17). Isso parece sugerir que, nessa altura da escrita, Paulo tomou a
pena da mão do amanuense, e escreveu os oito versículos finais de nossa
epístola em caracteres grandes e cheios, talvez para efeito do ênfase.
Algumas das ideias principais da carne são aqui repetidas, a fim de
fixá-las mais indelevelmente sobre as mentes de seus leitores. <br /> <br />
O apóstolo demonstra grande preocupação com estes irmãos ao fazer uso
de um expediente literário deferente ao das outras cartas produzidas
por ele:<br /> 1- As cartas eram escritas por um secretário (Romanos
16:22). Paulo só escrevia após o término do conteúdo pelo secretário,
fazendo uso de poucas palavras, ou seja, sendo breve.<br /> 2- A ausência
de saudação pessoal, evidencia a urgência e o caráter eclesiástico do
problema que aqueles cristãos estavam enfrentando.<br /> O posicionamento
sincero de Paulo nos ajuda a compreender que em muitas vezes, por mais
duras que sejam as palavras de salvação, elas devem ser ditas com toda
a franqueza. “Fieis são as feridas feitas por aquele que ama, mas o
beijos do que odeia são enganosos”. Provérbios 27:6<br /> Paulo não
excitou em apresentar para os cristãos da Galácia os perigos que eles
estavam enveredando, e que certamente desvirtuaria: 1- O Cerne da
Salvação; 2- A Essência da Salvação; 3- O Propósito da Salvação.<br /> <br /> Segunda, 26 de dezembro<br /> Buscando a Glória da Carne<br />
Querem ostentar-se na carne (12); literalmente, querem revestir-se de
rosto bom, querem apresentar uma religiosidade corporal e externa.
Expressão esta muito utilizada pelos atores gregos que faziam uso de
máscaras em suas apresentações teatrais.<br /> Os cristãos da Galácia estavam encenando a vida cristã permeada com práticas judaizantes com dois objetivos:<br /> 1- Livrar-se da perseguição do judaísmo. Vamos chamar de Perseguição Religiosa;<br />
2- Livrar-se da perseguição dos romanos. Uma vez que os romanos só
havia dado permissão para os judeus praticarem a religião e que o
cristianismo era uma religião ilícita, com certeza eles seriam
perseguidos se não abandonassem suas práticas religiosas. Chamamos esta
de Perseguição Política.<br /> Na história de Elias, Jezabel
representante da religião e Acabe do poder político, perseguiram o povo
de Deus. Profeticamente isso é o que nos aguarda. Em Apocalipse 13, a
Besta (poder) que emerge das águas, simboliza o poder religioso.
Enquanto que a Besta que emerge da terra, simboliza o poder político. <br />
Nosso tipo de religiosidade hoje, definirá nossas posições amanhã. Se
for uma religião exterior, certamente seremos derrotados. Mas, se for
uma religião cristocêntica, seremos vencedores. Só uma vida espiritual
autêntica, proporciona a firmeza e a força interna que se faz
necessário a todos que militam por Cristo e para Cristo.<br /> Mathew Henry afirmou que:<br />
“Os corações orgulhosos, vãos e carnais, contentam-se precisamente com
uma religião que lhes ajude a fingir bem. Porém, o apóstolo professa a
sua própria fé, esperança e gozo, e que a sua principal glória está na
cruz de Cristo, pela qual expressam-se aqui os seus sofrimentos e a sua
dolorosa morte na cruz, que é a doutrina da salvação por meio do
Redentor crucificado. Por Cristo ou pela cruz de Cristo, o mundo está
crucificado para o crente e o crente para o mundo”.<br /> <br /> Me parece
difícil imaginar que alguém encenando o cristianismo hoje,
protagonizará o grande espetáculo final da história da humanidade, ao
subir para o Céu com o Senhor Jesus. Certamente uma vida cristã
teatral, tornará o mesmo em um antagônico personagem nesta guerra
espiritual, guerreando ao lado daquele que sempre procurou ostentação
(Isaias 14:13 e 14; Ezequiel 28:17).<br /> “Muitos escusam-se da obra da
religião, mesmo fingindo participar desta e professá-la. Podem ser
capazes de imporem-se aos demais, porém, estarão se enganado se pensam
que podem enganar a Deus, que conhece os seus corações e as suas
atitudes”.<br /> O mundo estava crucificado para Paulo, visto que o mesmo
para sempre perdera seu poder e encanto; e, visto que ele também estava
crucificado para o mundo, devido à real transformação que nele fora
operada, agora ele estava morto para todas as atrações exercidas pelo
mundo.<br /> Terça, 27 de dezembro<br /> Anunciando a Glória da Cruz<br />
"Se a cruz não for o centro da nossa religião,a nossa religião não é a
de Jesus" John Stott, em seu livro "A Cruz de Cristo", pg 59<br /> A cruz
fora objeto de escárnio e vergonha nos dias dos romanos. Esta forma
cruel de execução de pena era reservada aos piores bandidos. Os
próprios cidadãos romanos tinha repulsa por este tipo de punição. No
entanto, a cruz não fora só vergonhosa nos dias do império romano.
Atualmente o mundo religioso abdicou da centralidade da cruz de Cristo.
<br /> Uma vez que o mundo religioso protestante, salvo as denominações
tradicionais, propõe somente a impulsão do indivíduo a uma sobreposição
social, a uma prosperidade material, e também a uma assimilação às
práticas seculares (mesmo as que divergem dos princípios divinos). Esta
religião está destituída da cruz, poderíamos dizer que a mesma se
constitui numa espécie de cristianismo ateu. Pois ela está destituída
da cruz e de Cristo. É interessante salientar que:<br /> "A única vez em
que Ele se apresentou acima das demais pessoas, foi quando o pregaram
numa cruz, lá no alto do Monte Calvário". Pr Lutonda Makiese Costa<br /> A irmã White teceu o seguinte comentário:<br />
“A cruz de Cristo - quantos crêem que ela seja o que é? Quantos a
introduzem em suas considerações, e quantos lhe conhecem o verdadeiro
sentido? Não poderia haver no mundo um cristão, caso não existisse a
cruz de Cristo. ... Desviai-vos dos exemplos do mundo, deixai de
enaltecer os professos grandes homens; afastai a mente da glória de
tudo que não seja a cruz de Cristo. Disse Paulo: "Longe esteja de mim
gloriar-me, a não ser na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo." Gál. 6:14.
Filhas e Filhos de Deus, MM 1956, 231.<br /> Quarta, 28 de dezembro<br /> Uma Nova Criatura<br />
A transformação é inevitável para aqueles que se deparam com a cruz de
Cristo e O aceita como Salvador. A vida velha e as coisas velhas
passaram. Vejamos aqui alguns novos pontos de vista:<br /> 1- Novas disposições são trazidas sob a influência regeneradora do Deus Espírito Santo;<br /> 2- Os crentes são levados a um novo mundo;<br /> 3- Sendo criados em Cristo Jesus para as boas obras, são formados para uma vida de santidade.<br /> <br /> Quinta, 29 de dezembro<br /> Palavras Finais<br /> No encerramento do estudo desta lição destaco três pontos importantes abordados por Paulo na finalização desta carta: <br /> <br />
1- ...andam conforme esta regra (16) - O vocábulo grego é kanon(regra),
que ocasionalmente indica uma régua de carpinteiro ou linha de medir do
pesquisador, do qual se deriva nossa palavra ‘cânon’, que é aplicada às
Santas Escrituras A Palavra de Deus escrita é a regra pela qual devemos
nos dirigir, tanto por seus preceitos como por suas doutrinas;<br /> 2-
...trago em meu corpo as marcas (17) - O apóstolo trazia em seu corpo
as marcas do Senhor Jesus, as cicatrizes dos ferimentos infligidos
pelos inimigos perseguidores, porque se apegava fortemente a Cristo e à
doutrina do Evangelho. Os cristãos atuais estão dispostos a possuírem
as marcas de Cristo?;<br /> 3- Paulo chama os cristãos da Galácia de
irmãos. Assim ele demonstra a sua humildade e o seu afeto por estes, e
conclui a epístola com uma oração muito séria, pedindo que eles
desfrutem do favor de Cristo Jesus. Não precisamos desejar mais do que
a graça de nosso Senhor para sermos felizes. Graça esta que possibilite
o Espírito Santo habitar seus corações, tornando real o evangelho de
Cristo em suas vidas. Efetuando pelo menos três coisas:<br /> <br /> 1- Avivando-os; <br /> 2- Consolando-os; <br /> 3- Fortalecendo-os. <br /> <br />
Queridos irmãos. A epístola aos Gálatas precisa ser estudada e
compreendida. Pois nesta, é apresentada os pilares da salvação da raça
humana. Ao longo da história da Igreja Cristã, sempre os equívocos
soteriológicos proporcionaram problemas eclesiológicos. Um exemplo
disto são:<br /> 1- As cartas de Paulo aos Romanos e Gálatas, como também a de Tiago;<br />
2- Os escritos dos lideres das igrejas após a morte do último discípulo
de Jesus (João), muitos abordavam questões a respeito de questões
éticas da salvação;<br /> 3- Lutero, como também outros reformadores,
evidencia que a principal questão da apostasia da igreja estava
enquadrada na soteriologia (doutrina da salvação) equivocada;<br /> 4- Na Conferência Geral de Mineápolis em 1888, o principal tema debatido fora a Justificação pela fé.<br /> Nós cristãos precisamos urgentemente compreender este assunto. A irmã Ellen Gould White registrou que:<br />
“A mais elevada educação é o conhecimento experimental do plano da
salvação, adquirido por meio de sincero e diligente estudo das
Escrituras. Essa educação renovará o entendimento e transformará o
caráter, restaurando a imagem de Deus na alma. Fortalecerá a mente
contra as enganosas insinuações do adversário, e nos habilitará a
compreender a voz de Deus. Ensinará o discípulo a tornar-se um
coobreiro de Jesus Cristo, a extinguir a obscuridade moral que o rodeia
e a levar luz e conhecimento aos homens. Ela é a singeleza da
verdadeira piedade - nosso certificado da escola preparatória da Terra
para a escola superior do alto.” CPPE, 11<br /> O Conhecimento
experimental do plano da salvação, adquirido por meio de sincero e
diligente estudo das Escrituras proporcionará:<br /> 1- Renovação de entendimento;<br /> 2- Transformação de Caráter;<br /> 3- Restauração da imagem de Deus no homem;<br /> 4- Fortalecerá a mente;<br /> 5- Habilitará o cristão na compreensão da voz de Deus;<br /> 6- Ensinará o discípulo a tornar-se coobreiro de Cristo;<br /> 7- Extinguirá a obscuridade moral.<br />
Portanto, não sejamos ignorantes e incautos, pois as bênçãos
espirituais acompanhará a todos que entenderem genuinamente este
assunto.<br /> <br /> Pr. Clodoaldo Tavares dos Santos<br /> Capelão – ABA - UNBLITERATURAhttp://www.blogger.com/profile/13323491515933595802noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4202180204781865416.post-69008610584078099562011-11-25T08:45:00.001-08:002011-11-25T08:52:06.280-08:00Vestido de noiva - Nelson RodriguesVestido de noiva - Análise<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiz9ITqUeNt3HhGwvoIFZfoTE5GRkXpALuzi341btNzFs7wy2Icd6nsbHjlSc2GgbsmOtA205XP0F8Hza3iy2KvdnNjhOanbZCopCUIrfV3NkaCelVNhiAvbWPPqoWlP8nhuzr65LQCBhyA/s1600/CLESSI.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="198" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiz9ITqUeNt3HhGwvoIFZfoTE5GRkXpALuzi341btNzFs7wy2Icd6nsbHjlSc2GgbsmOtA205XP0F8Hza3iy2KvdnNjhOanbZCopCUIrfV3NkaCelVNhiAvbWPPqoWlP8nhuzr65LQCBhyA/s320/CLESSI.jpg" width="320" /></a></div>
<br />
O universo dramático de Vestido de Noiva, de Nelson Rodrigues, é a
classe média carioca nas imediações dos anos quarenta. Nessa sociedade,
predomina a hipocrisia, os preconceitos e os símbolos eleitos pela
cultura judaico-cristã como eternos em relação à família e ao casamento.
<br /><br />O peça inicia com buzina de automóvel, barulho de derrapagem
violenta, vidraças partidas, sirene de ambulância. O cenário é dividido
em três planos, que o autor denomina: alucinação, memória e realidade.
Os sons ouvidos referem-se ao atropelamento de Alaíde, que é levada a um
hospital. <br /><br />O plano da realidade encena a luta de Alaíde contra a
morte, em estado de coma, na mesa de operação, bem como os
acontecimentos que sucedem o atropelamento: a movimentação dos
repórteres, a reclamação de uma leitora de um jornal sobre o abuso de
velocidade dos automóveis, a conversa do marido, Pedro, com os médicos, a
morte da protagonista, o velório, o luto dos parentes, e finalmente o
casamento de Pedro com Lúcia, irmã de Alaíde. <br /><br />Os planos da
memória e da alucinação apresentam no início da peça uma certa
definição, para irem-se interpretando à medida que a ação evolui. Esses
dois planos são projeções exteriores do subconsciente de Alaíde, uma
mulher inconformada com a condição feminina na classe média alta
carioca, o que provoca nela um desejo irresistível de transgredir: como
se tentasse realizar-se adotando as regras de um jogo adverso, ela seduz
todos os namorados da irmã, e acaba casando-se com o último deles,
Pedro. A irmã promete vingança, e, depois de algum tempo, quando o
casamento entra naquela fase de tédio, trama com Pedro a maneira mais
extremada de descartar Alaíde: seu assassinato. <br /><br />Alaíde, nos dias
que antecedem o acidente, parece desconfiar que estava jurada de morte,
e, enquanto definha na sala de cirurgia, tenta reconstruir em sua mente
os acontecimentos passados, misturando-os ao seu delírio, à satisfação
dos desejos reprimidos. <br /><br />O principal símbolo da libertação
feminina é para ela Madame Clessi, uma prostituta do início do século
que havia residido na casa em que então moravam seus pais. Diante do
propósito dos pais de incinerarem os pertences da cafetina que haviam
ficado no sótão da casa, Alaíde consegue resgatar o diário dela, e fica
conhecendo detalhes de sua trajetória, complementados com recortes de
jornais da época encontrados na Biblioteca Nacional. <br /><br />Em sua
alucinação, misturada com a memória, Alaíde encontra na figura de Clessi
apoio para a reconstrução dos fatos passados e da revelação
subconsciente de seus desejos, entre os quais o assassinato de Pedro,
como retaliação à trama macabra que ele perpetrara de acordo com sua
própria irmã. <br /><br />Neste universo social, a permissão da vivência
sexual para a mulher só ocorre de uma entre duas maneiras: ou ela se
casa de acordo com os preceitos religiosos e sociais, ou ela transgride
tudo, tornando-se prostituta. No caso de Alaíde, ela acaba conseguindo
ter acesso ao sexo na vida real e uma tentativa no subconsciente, em sua
amizade com Clessi. <br /><br />Inconformada com as convenções sociais
repressoras da mulher, Alaíde não consegue em vida opor-se a elas, mas
consegue manipular as pessoas com seu poder de sedução. Perto da morte,
seu desejo de transgressão toma corpo e salta aos olhos nas cenas em que
se torna amiga da prostituta e consegue inclusive matar, com a maior
frieza, o marido traidor. <br /><br /><br />Os imortais <br /><br />Ninguém
presta, nesta peça: Alaíde é neurótica e oportunista, Pedro e Lúcia são
presumidos assassinos e hipocritamente se casam, com o consentimento dos
pais de Lúcia e da inexpressiva mãe de Pedro. <br /><br />Alaíde é a
protagonista de Vestido de Noiva. É uma mulher insatisfeita e
inconformada com a condição feminina. Seduz os namorados da irmã como
uma tentativa de auto-afirmação, que a faz parecer melhor aos próprios
olhos. É como ela diz a Lúcia, em tom de provocação: "Eu sou muito mais
mulher do que você - sempre fui! Após conquistar Pedro, que se torna seu
marido, demonstra um certo desinteresse e frustração pela vida de
casada, ao mesmo tempo em que se sente ameaçada de morte por Pedro e
Lúcia. O atropelamento é um desfecho trágico da tensão dos últimos dias
da protagonista, e tanto pode ser suicídio como acaso ou assassinato. Em
seu delírio e lembranças, reconstrói no subconsciente as injustiças de
que se julga vítima e revela seu fascínio pela vida marginal de Madame
Clessi. <br /><br />Lúcia, irmã de Alaíde, aparece em quase toda a peça como
Mulher de Véu. É uma pessoa também insatisfeita, incompleta, que vive
atormentada pelo sentimento de ter sido passada para trás pela irmã.
Parece ter conseguido uma grande vitória com a morte de Alaíde e seu
casamento com Pedro, mas as cenas finais sugere que ela não estará
melhor em seu casamento do que Alaíde em seu túmulo. <br /><br />Pedro é o
elemento dominador, é quem manipula as mulheres para conseguir o que
quer. Namora Lúcia inicialmente, deixa-se seduzir por Alaíde, com quem
se casa pela primeira vez, e depois concebe um plano macabro de eliminar
a esposa para retornar aos braços da irmã. É o industrial bem sucedido,
que representa o bom partido para as moças casadoiras que conseguirem
fisgá-lo, mesmo sabendo que viveram à mercê do macho opressor. <br /><br />Madame
Clessi é a prostituta do início do século que povoa a mente de Alaíde,
desejosa de viver um mundo de sensações picantes. Ela havia residido na
casa de Alaíde décadas atrás, e os pais da protagonista resolvem queimar
seus pertences, alguns dos quais são salvos, inclusive o diário. Clessi
representa (para Alaíde) o ideal de mulher liberada, que agride a
sociedade hipócrita que Alaíde nega, mas na qual ela transita. <br /><br />Os
demais personagens desempenham papéis secundários, como o namoradinho
adolescente de Clessi, que a assassina com uma navalhada, e os pais de
Alaíde e Lúcia e a mãe de Pedro, que representam a classe média
conformada e deslumbrada com as convenções sociais, que devem ser
preservadas. <br /><br /><br />Temática e símbolos <br /><br />Partindo do
princípio de que as relações sociais são perversas, todas as atitudes
das pessoas revelam a hipocrisia, a competição desleal, os desejos
proibidos, o conformismo imbecilizado ou o inconformismo agressivo,
enfim, é um universo de obsessivo pessimismo. <br /><br />Todas as imagens e
símbolos que emergem da peça convergem para essa amarga concepção da
existência, sem nenhuma surpresa, com pouca sutileza, de maneira bem
clara, em que pese a manifesta intenção de ironizar símbolos sagrados à
cultura judaico-cristã. Assim Vestido de Noiva que deveria simbolizar a
virgindade, a ingenuidade de sentimentos, a paixão pelo noivo com o qual
ocorrerá a união sob a benção de Deus e dos homens, nos mostra um
cenário completamente a este apenas descrito e acaba dessacralizando a
pureza e a castidade para se tornar a representação das discórdia, da
competição, e, a considerar o inequívoco desfecho da peça, em que a
marcha fúnebre se sobrepõe à marcha nupcial, termina por adquirir a
conotação de mortalha. <br /><br />As outras imagens também convergem para o
mesmo universo simbólico, como o bouquet, espécie de troféu às avessas e
metáfora de um casamento destinado ao fracasso, e a aliança - "grossa
ou fina, tanto faz" nas palavras de uma prostituta -, ao invés de
celebrar a união do casal, funciona como índice de disputa, rivalidade,
ameaça de morte. <br /><br />A mulher de véu também se constitui numa imagem
de pessimismo. É a mulher que não se revela, mas está sempre pronta a
dar o bote, em seu desejo de vingança. É a retaliação sempre presente,
que Alaíde só consegue identificar claramente ao final do segundo ato.
Provavelmente será a próxima vítima do marido. <br /><br />(...) <br /><br />Madame Clessi: Quer falar comigo? <br /><br />Alaíde (aproximando-se, fascinada): Quero, sim. Queria... <br /><br />Madame Clessi: Vou botar um disco. (Dirige-se para a invisível vitrola, com Alaíde atrás) <br /><br />Alaíde: A senhora não morreu? <br /><br />Madame
Clessi: Vou botar um samba. Esse aqui não é muito bom. Mas vai assim
mesmo. (Samba surdinando) Está vendo como estou gorda, velha, cheia de
varizes e de dinheiro? <br /><br />Alaíde: Li o seu diário. <br /><br />Madame Clessi (cética): Leu? Duvido! Onde? <br /><br />Alaíde (afirmativa): Li, sim. Quero morrer agora mesmo, se não é verdade! <br /><br />Madame Clessi: Então diga como é que começa. (Clessi fala de costas para Alaíde) <br /><br />Alaíde (recordando): Quer ver? É assim... (Ligeira pausa) "Ontem, fui com Paulo a Paineiras"... (feliz) É assim que começa. <br /><br />Madame Clessi (evocativa): Assim mesmo. É. <br /><br />Alaíde (perturbada): Não sei como a senhora pôde escrever aquilo! Como teve coragem! Eu não tinha! <br /><br />Madame Clessi (à vontade): Mas não é só aquilo. Tem outras coisas. <br /><br />Alaíde
(excitada): Eu sei. Tem muito mais. Fiquei!... (Inquieta) Meu Deus! Não
sei o que é que eu tenho. É uma coisa – não sei. Por que é que eu estou
aqui? <br /><br />Madame Clessi; É a mim que você pergunta? <br /><br />(...)<br /><br /><br />Disponível em :http://www.saturei.com/resumos/vestido_de_noiva.php acessado em janeiro de 2008<br />
FONTE: http://franciscomuriel.blogspot.com/2008/08/noces-de-vestido-de-noiva.htmlLITERATURAhttp://www.blogger.com/profile/13323491515933595802noreply@blogger.com0